quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Victor Ferreira do Amaral e Silva

Victor Ferreira do Amaral e Silva


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Victor Ferreira do Amaral e Silva
Victor Ferreira do Amaral e Silva
Médico e fundador da UFPR
Deputado e vice-governador
Dados pessoais
Nascimento9 de dezembro de 1862 Lapa
Lapa
Morte2 de fevereiro de 1953 (90 anos)
Curitiba
Victor Ferreira do Amaral e Silva (Lapa9 de dezembro de 1862 – Curitiba2 de fevereiro de 1953) foi um médicoeducador e político brasileiroNascido no ano de 1862, Victor era filho de fazendeiros na cidade da Lapa, interior do estado do Paraná.[3] Em 1871 transferiu-se para Curitiba para iniciar sua educação primária e secundária. Aos 12 anos nova mudança, agora para a cidade do Rio de Janeiro aonde vai estudar no Colégio Abílio da Corte, tradicional escola carioca.[4] No Rio de Janeiro iniciou o curso de Humanidades e na conclusão deste, recebeu, diretamente das mãos de D. Pedro II, o diploma e uma medalha de honra[1].
Em 1884 defendeu tese na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde recebeu o diploma de Doutor em Medicina, com especialização em ginecologia e obstetrícia.
Retornou para Curitiba para clinicar. Trabalhou na Santa Casa de Misericórdia por sete anos sem remuneração e em sua clínica atendia pobres e ricos, sem distinção[1].
Além da medicina, ao longo da vida, dedicou-se a várias funções e atividades, atuando paralelamente ou em separado, como: em 1890 foi intendente Municipal em Curitiba; em 1892 fundou a Sociedade de Agricultura do Paraná; de 1893 a 1894 exerceu o cargo de Superintendente do Ensino Público; foi chefe de enfermaria do hospital militar na revolução de 1894 e atuou como médico-adjunto do exército em 1895; em 1897 foi médico-legista; foi redator-chefe e um dos fundadores do Diário do Paraná e da Gazeta Médica[1], além de fundador da Associação Médica; fundou, em 1913 a primeira maternidade do estado, com o nome de Maternidade Paraná e em 1930 foi o responsável pela reforma e nova edificação deste estabelecimento, sendo renomeada para Maternidade Victor Ferreira do Amaral; foi diretor da Saúde Pública no governo de Caetano Munhoz da Rocha; escreveu diversos artigos médicos e obras que defendiam a questão de limites com Santa Catarina.
Também participou ativamente da política paranaense sendo eleito deputado estadual em 1892[1] e neste cargo ajudou a elaborar a Constituição do Paraná, deu o nome ao município de Araucária e criou o município de Clevelândia. Também foi deputado federal. Entre os anos de 1900 a 1904, exerceu o cargo de vice-governador do Paraná quando Xavier da Silva ocupava o cargo máximo no estado.
Largou da política para se dedicar ao sonho de criar uma universidade em Curitiba, sonho este compartilhado pelo colega de medicina, Dr. Nilo Cairo. Após anos de empenho o sonho foi concretizado em 1912 quando foi fundada a Universidade do Paraná que anos depois seria federalizada, tornando-se Universidade Federal do Paraná, primeira universidade brasileira.
Na universidade foi professor, diretor da Faculdade de Medicina e em 1946 tornou-se o primeiro reitor quando a instituição foi federalizada.[2]

Falecimento e homenagens[editar | editar código-fonte]

Victor Ferreira do Amaral faleceu em Curitiba, na segunda-feira, dia 2 de fevereiro de 1953 aos 90 anos e 01 mês. O laudo do colega que o atendeu no momento de sua morte consta a frase: “Morreu de tanto viver. Uma trajetória intensa e plena. A lamparina do candeeiro já estava terminando”[1].
As honras e homenagens a Victor Ferreira do Amaral são inúmeras, principalmente em sua terra natal. Ainda em vida seu nome foi dado ao hospital que fundou e preservou: Maternidade Victor Ferreira do Amaral. Na capital paranaense, uma das principais vias da cidade leva o nome deste ilustre brasileiro e ativo paranaense: Avenida Victor Ferreira do Amaral.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e f Abdalla, Sharon. «Casarão centenário abriga a primeira maternidade do Paraná». Gazeta do Povo. Consultado em 5 de abril de 2015
  2. ↑ Ir para:a b «O humanista que apostou no sonho da 1.ª universidade»Gazeta do Povo. 27 de dezembro de 2008. Consultado em 26 de agosto de 2015
  3.  «Quem foi: Victor Ferreira do Amaral». Curitiba Space. Consultado em 26 de agosto de 2015
  4.  Névio de Campos (março de 2011). «Victor Ferreira do Amaral e Silva: do Oikos a Scholé (1862-1878)» (PDF). Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.41, p. 72-87. Consultado em 26 de agosto de 2015

João Cândido Ferreira

João Cândido Ferreira


João Cândido Ferreira (Lapa21 de abril de 1864 — Curitiba20 de fevereiro de 1948) foi um médico e político brasileiro. Avô do empresário Francisco Cunha Pereira Filho.
Nasceu na Fazenda Taboão, propriedade de sua família nos arredores da cidade da Lapa. Descendia de antigos troncos curitibanos e era parente próximo de Diogo Antônio Feijó, regente do império.
Formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro no ano de 1888, retornou à sua terra natal para exercer a profissão de médico, estabelecendo-se com consultório no centro daquela cidade.

Ingresso na política e o Cerco da Lapa[editar | editar código-fonte]

Ainda jovem ingressou na política local, sendo prefeito municipal da cidade da Lapa, de 1892 a 1896, durante o Cerco da Lapa, período marcado pela Revolução Federalista, ao qual foi nomeado médico diretor do hospital de sangue em 1894, quando a cidade foi ocupada durante 27 dias pelas tropas maragatas chefiadas pelo caudilho castelhano Gumercindo Saraiva, combatidas por outro lado pelo coronel Antônio Ernesto Gomes Carneiro, enviado ao Paraná pelo marechal Floriano Peixoto para conter o avanço das tropas deste rumo à capital federal, Rio de Janeiro. Sendo conhecido como um, senão o mais triste e sangrento episódio armado da história do Brasil.
No dia 7 de fevereiro de 1894, Antônio Ernesto Gomes Carneiro foi baleado por um tiro no abdômem, vindo a falecer dois dias depois, nos braços do jovem médico João Cândido Ferreira, de quem foi amigo e último confidente.
Após a revolução, pelo Partido Republicano, João Cândido foi eleito deputado estadual em 1896, em 1901 deputado federal e em 1903 vice-presidente do estado, vindo a assumir a presidência por diversas vezes na ausência do titular, Vicente Machado da Silva Lima, por motivo de tratamento médico e mais tarde por ocasião de sua morte em 1907.
Como presidente do estado, realizou importantes feitos em relação à educação e à saúde, fundando a Escola de Agronomia do Paraná e reorganizando os sistemas de saúde pública e de ensino.
Renunciou ao cargo de chefe do governo estadual pouco depois em 1908, alegando não fazer parte de seu caráter perseguir adversários políticos, e por sentir-se traído por colegas de partido que aliavam-se então à inimigos de outrora, despindo-se portanto de todas suas pretensões políticas, e entregando-se à sua gloriosa vocação de médico e professor de Clínica Médica .

Fundação da Universidade Federal do Paraná[editar | editar código-fonte]

Ousado, João Cândido fundou e sustentou junto de seu primo e cunhado o também médico Victor Ferreira do Amaral e Silva em difíceis momentos, a primeira Universidade do Paraná, contribuindo com a publicação de vasta obra bibliográfica na medicina nacional. Também foi presidente da Sociedade de Medicina do Paraná e editor do periódico Paraná-Medico.
Na década de 1920, João Cândido participou do movimento eugênico brasileiro, dialogando com as teorias neo-hipocrática e neo-lamarckistas. Junto da Faculdade de Medicina do Paraná iniciou uma luta contra a sífilis, tuberculose e alcoolismo.[1]
O Dr. João Cândido Ferreira faleceu em Curitiba em 20 de fevereiro de 1948, após a morte de um filho chamado Murilo, com quem tinha extraordinária afinidade.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • História biográfica da república no Paraná, de David Carneiro e Túlio Vargas,Genealogia Paranaense-Francisco Negrão volumes I 1926 e II 1927 -
  • PIETTA, Gerson. Medicina, Eugenia e Saúde Pública: João Candido Ferreira e um receituário para a nação (1888-1938). Dissertação (mestrado)

Baltasar Carrasco dos Reis

Baltasar Carrasco dos Reis


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Baltasar Carrasco dos Reis
Nascimento1617
São Paulo
CidadaniaBrasil
Assinatura
Assinatura Balthazar Carrasco dos Reis.JPG
Baltasar Carrasco dos Reis (São Paulo1617 — Curitiba8 de outubro de 1697) foi um bandeirante brasileiro e um dos fundadores da cidade de Curitiba, no estado brasileiro do Paraná.

História[editar | editar código-fonte]

O capitão Baltasar Carrasco dos Reis, era filho de Miguel Garcia Carrasco e de Margarida Fernandes, seu pai fidalgo de origem espanhola foi um dos signatários da aclamação de Amador Bueno da Ribeira, como Rei do Brasil, porém o mesmo não aceitou, vindo Miguel Garcia Carrasco dois dias após a assinar a aclamação de D. João IV. Tal fato se concretizado teria antecipado a Independência do Brasil de Portugal em 181 anos.
Era casado com Izabel Antunes e recebeu por carta de 29 de junho de 1661, assinada por Salvador Corrêa de Sá e Benavides, uma Sesmaria de terras na localidade de Mariguy (Barigüi) onde já morava por vários anos, localizada na Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.
Possuía grandes extensões de terra nos Campos Gerais de Curitiba, no litoral paranaense e na Villa de Sant'Anna de Parnahyba.
Segundo a Obra Clássica de Francisco Negrão publicada em 1926: "Genealogia Paranaense" às seguintes famílias: Andrade, Soares e Seixas, juntamente à do capitão Matheus Martins Leme se entrelaçaram por meio de casamento com a de Baltasar Carrasco dos Reis, formando uma grande prole, a partir de seus 8 filhos, e é tido como um dos povoadores de Curitiba, sendo que seus descendentes formaram a elite política do estado com membros ainda dominantes nos dias de hoje.

Descendentes[editar | editar código-fonte]

Affonso Alves de Camargo Netto

Affonso Alves de Camargo Netto


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Affonso Alves de Camargo Netto
Deputado federal pelo  Paraná
Período1995 - 1999(50ª Legislatura)
1999 - 2003(51ª Legislatura)
2003 - 2007(52ª Legislatura)
2007 - 2011(53ª Legislatura)
Senador do  Paraná
Período1979 - 1987
1987 - 1995
Vice-Governador do  Paraná
Período1964 - 1965
Dados pessoais
Nascimento30 de abril de 1929
Curitiba, (PR), Brasil
Morte24 de março de 2011 (81 anos)
Curitiba, (PR), Brasil
PartidoPDC (1965), MDB (1965-1973), ARENA (1973-1980), PP (1980-1981), PMDB (1981-1987), PTB (1987-1992), PPR (1992-1995), PFL (1995-2001), PSDB (2001-2011)
ProfissãoEngenheiro Civil
linkWP:PPO#Brasil
Affonso Alves de Camargo Netto (Curitiba30 de abril de 1929 — Curitiba, 24 de março de 2011) foi um engenheiro civil e político brasileiro do estado do Paraná. Filho de Pedro Alípio Alves de Camargo e Ismênia Marçallo de Camargo, neto do ex-governador do Paraná Afonso Camargo e descendente do fundador de Curitiba, bandeirante Baltasar Carrasco dos Reis.
Foi vice-governador do estado do Paraná, senador da república pelo mesmo estado, além de deputado federal, eleito em 1995, representando o povo paranaense.[1]
Camargo Netto foi Candidato a Presidente da República em 1989. Sua família paterna, formada por pecuaristas e donos de frigoríficos, fornecera quadros políticos ao antigo Partido Republicano Paranaense. Seu avô, Affonso Alves de Camargo foi deputado estadual por quatro mandatos (1898-1914), deputado federal (1921-1922), senador (1922-1927) e presidente do Estado do Paraná por duas vezes (1916-1920 e 1928-1930) durante a República Velha. Ocupava este último posto quando da eclosão da Revolução de 1930.
Affonso Camargo Netto foi casado com Gina Flores de Camargo, filha de Fernando Flores, constituinte de 1946 e deputado federal pelo Paraná entre 1946 e 1955, com quem teve cinco filhos, dos quais dois adotivos. Casou-se pela segunda vez em março de 1994 com Nadir de Santa Maria de Camargo, com quem teve um filho.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal do Paraná em 1952, trabalhou na iniciativa privada até aproximar-se do então governador Ney Braga que o nomeou sucessivamente diretor do Departamento de Água e Energia Elétrica do Paraná e Secretário de Justiça sendo eleito vice-governador em 1964. Adversário político de Paulo Pimentel, trocou o antigo PDC pelo MDB após a instituição do bipartidarismo pelos militares. Tal opção política o fez romper com Ney Braga sendo por este derrrotado na disputa ao senado em 1966.
Posteriormente Ney Braga e Paulo Pimentel romperam politicamente e Afonso Camargo recompôs sua aliança com o seu antigo padrinho político, fato que o levou à presidência do Banco do Estado do Paraná e a ser Secretário de Fazenda (1973-1974). Eleito presidente do diretório regional da ARENA em 1975 foi indicado senador biônico em 1978. Com a volta do pluripartidarismo seguiu rumo ao PP liderado por Tancredo Neves, a quem seguiu quando de seu ingresso no PMDB. Secretário-geral do partido, foi indicado Ministro dos Transportes em 1985 após a eleição de Tancredo Neves à Presidência da República e com o falecimento deste foi mantido na pasta por José Sarney. Neste período, criou o vale-transporte e assim ficou conhecido pela alcunha de "o pai do vale transporte"[2]. Após deixar o governo foi reeleito senador em 1986.
Afonso Camargo deixou o PMDB no primeiro ano de seu novo mandato e foi candidato à presidência da República em 1989, pelo PTB sem que passasse do primeiro turno. Na rodada seguinte apoiou a candidatura de Fernando Collor a quem serviu novamente como Ministro dos Transportes nos últimos meses de seu governo quando ocupou também responsável a pasta das Comunicações. Foi eleito deputado federal em 1994, 1998, 2002 e 2006 sendo que durante esse período esteve filiado ao PPR e ao PFL antes de ingressar no PSDB em 2001.

Atividades Partidárias[editar | editar código-fonte]

  • Secretário do Diretório Nacional do PDC
  • Presidente do Diretório Regional da Arena (1975)
  • Vice-Presidente da Comissão Executiva do PP (1979)
  • Vice-Líder do PP no Senado Federal (1979)
  • Secretário-Geral do PMDB
  • Vice-Líder do PSDB (2 de maio de 2006 a 3 de maio de 2006)

Atividades Profissionais e Cargos Públicos[editar | editar código-fonte]

  • Diretor de Empresa de Incorporações Imobiliárias
  • Diretor do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Paraná (1961)
  • Presidente Fundador da Companhia de Desenvolvimento do Paraná (CODEPAR), em Curitiba (1962)
  • Secretário do Interior e Justiça do Estado do Paraná (1963)
  • Presidente (1973) e Secretário de Finanças (1974) do Banco do Estado do Paraná
  • Secretário da Fazenda do Estado do Paraná (1974)
  • Ministro de Estado dos Transportes (1985-1986)
  • Ministro de Estado dos Transportes e das Comunicações (1992)

Estudos e Cursos Diversos[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  «Afonso Camargo»Câmara dos Deputados. Camara.gov.br
  2.  «Morre Affonso Camargo, ex-deputado paranaense conhecido como "pai do vale-transporte"»Portal R7. Noticias.r7.com. Consultado em 29 de março de 2011

Fonte de pesquisa[editar | editar código-fonte]

  • ALMANAQUE ABRIL 1986. 12. ed. São Paulo: Abril, 1985.

Precedido por
Cloraldino Soares Severo
Ministro dos Transportes do Brasil
1985 — 1986
Sucedido por
José Reinaldo Carneiro Tavares
Precedido por
João Eduardo Cerdeira de Santana
Ministro dos Transportes do Brasil
1992
Sucedido por
Alberto Goldman
Precedido por
João Eduardo Cerdeira de Santana
Ministro das Comunicações do Brasil
1992
Sucedido por
Hugo Napoleão do Rego Neto