Marieta Severo da Costa OMC (Rio de Janeiro, 2 de novembro de 1946)
Marieta Severo OMC | |
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Marieta em 2019 | |
Nome completo | Marieta Severo da Costa |
Nascimento | 2 de novembro de 1946 (76 anos) Rio de Janeiro, DF, Brasil |
Nacionalidade | brasileira |
Parentesco | Clara Buarque (neta) |
Cônjuge |
|
Filho(a)(s) | Sílvia Buarque |
Ocupação | |
Período de atividade | 1964–presente |
Prêmios | ver lista |
Marieta Severo da Costa OMC (Rio de Janeiro, 2 de novembro de 1946) é uma atriz, roteirista e produtora teatral brasileira. Ela é conhecida pelos diversos trabalhos no cinema, televisão e teatro, sendo uma das atrizes mais premiadas do país, já tendo ganhado quatro estatuetas da APCA, três Prêmios Guarani, um Kikito, dois prêmios Shell e dois Molières, além de receber duas indicações ao Grande Otelo.[2] Em 2012, foi agraciada com a Ordem do Mérito Cultural por sua contribuição à cultura nacional.[3]
Marieta iniciou sua carreira teatral em 1965 e estreou na televisão no ano seguinte, na telenovela O Sheik de Agadir, exibida pela Rede Globo. A partir daí, atuou em diversas telenovelas e programas da emissora - sobretudo interpretando vilãs em telenovelas como Vereda Tropical (1984–85), Deus Nos Acuda (1992), Laços de Família (2000–01), Verdades Secretas (2015) e O Outro Lado do Paraíso (2017–18). Ela também ficou conhecida por interpretar a divertida Irene "Dona Nenê" Silva no seriado A Grande Família (2001–14), papel que lhe rendeu diversos prêmios e elogios da crítica e público. No cinema atuou em diversas produções, como Com Licença, Eu Vou à Luta (1986), O Corpo, Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (1995), Castelo Rá-Tim-Bum, o Filme (1999), As Três Marias, A Dona da História (2004), Cazuza - O Tempo Não Para (2004), e Vendo ou Alugo (2013), A Voz do Silêncio (2018) e Noites de Alface (2021).
Foi casada por 33 anos com o cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda, com quem teve três filhas: Sílvia, Helena, e Luísa. Em 2005, fundou, ao lado da amiga Andrea Beltrão, o Teatro Poeira no Rio de Janeiro.
Família e educação
Descendente remota de açorianos,[4] Marieta Severo nasceu em 2 de novembro de 1946, no Rio de Janeiro. Só foi registrada no dia 3, pois seu pai Luís Antonio Severo da Costa não queria que houvesse comemoração no Dia dos Mortos.[5] Filha de um advogado e de uma professora de inglês chamada Lígia Paixão[6], sonhava em ser bailarina e estudou balé clássico durante muitos anos, mas mantinha os pés no chão.[7] Sem ter ninguém do meio artístico para lhe servir de exemplo na família, não pensava seriamente em seguir a carreira artística.[8] Formou-se professora normalista no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro[9], mas ao conhecer o Tablado, de Maria Clara Machado, decidiu investir na carreira de atriz.[10]
“ | Eu era a contadora de histórias oficial da escola. Quando faltava uma professora em outra turma, falavam: 'Chama a Marietinha para contar história!' O que eu fazia naquela época tem a ver com o que faço hoje: contar histórias.[11] | ” |
Em 1964, Severo casou-se com seu primeiro namorado, o artista plástico Carlos Vergara, mas após um ano juntos, divorciaram-se.[12] Logo depois começou um relacionamento com o compositor Chico Buarque. Casaram-se em 1966. O matrimônio de 33 anos gerou três filhas: Helena, Luísa e a atriz Sílvia Buarque. Em 1999, optaram pelo divórcio.[13][14]
Após outros relacionamentos, conheceu o diretor teatral Aderbal Freire Filho, e iniciaram um namoro. Casaram-se em 2004, e até hoje estão juntos.[15][16]
Em junho de 2020, Aderbal Freire Filho teve um acidente vascular cerebral (AVC). Desde então, ficou internado em um hospital do Rio de Janeiro e Marieta passou o maior tempo possível ao lado do marido.[17] A relação matrimonial com Aderbal durou até 9 de agosto de 2023, data em que ele faleceu.
Carreira
Em 1964, Severo foi acompanhar uma amiga em um teste para uma peça e acabou sendo convidada pelo diretor Luiz Carlos Maciel para um papel no filme Society em Baby Doll.[18] Na mesma época, estreou também no teatro com a peça Feitiços de Salém.[19] No final do mesmo ano, pisou pela primeira vez no palco num pequeno papel em As Feiticeiras de Salém, de Arthur Miller. A protagonista da peça, Eva Wilma, a indicou para um papel na novela O Sheik de Agadir, de Glória Magadan, na recém-inaugurada TV Globo.[20]
Na trama, então com 19 anos e em seu primeiro papel na televisão, interpretou a princesa árabe Éden, a antagonista da trama. No decorrer da história, misteriosos assassinatos vão acontecendo. A identidade do criminoso, conhecido pelo nome Rato, só foi revelada no final da trama. Para surpresa do público, o Rato era a princesa Éden, sua personagem.[21] Em 1967, participou da novela O Homem Proibido[22] e atuou no filme Todas as Mulheres do Mundo.[23] Em 1968, estrelou o musical Roda Viva, que criticava abertamente o regime militar, e entrou na mira dos agentes da segurança nacional.[24][25]
Época do exílio
À época dos anos de chumbo, acompanhando o marido, Chico Buarque, no lançamento de um álbum em Roma, e grávida de Sílvia, Marieta recebeu notícias de como andava a situação no Brasil e foi aconselhada a não retornar. Passou dois anos neste "autoexílio" em Roma.[26][27]
Volta ao Brasil e regresso à carreira
No final de 1970, Severo voltou ao Brasil e retomou a carreira de atriz, participando da novela E Nós, Aonde Vamos?, sob a direção de Sérgio Britto, exibida pela Rede Tupi.[28] Depois desse trabalho, afastou-se da televisão para se dedicar às três filhas, e também aos projetos de teatro e cinema.[29] Em 1978, atuou no filme Chuvas de Verão[30] e na peça Ópera do Malandro.[31] Em 1979 esteve em cartaz com o longa Bye Bye Brasil.[32]
Em 1983, após 18 anos, Severo voltou à TV Globo e trabalhou em duas produções da emissora: a minissérie Bandidos da Falange e a novela Champagne, onde interpretou a frágil Dinah, mulher hostilizada pelo marido machista Zé Brandão, vivido por Jorge Dória.[33] Demorou a se firmar como intérprete de televisão. Após a estreia em 1966, só se consagraria no meio, a partir dos anos 1980, vivendo personagens como a vilã Catarina de Vereda Tropical, em 1984.[34]
Em 1985, interpretou Suzana, a ex-mulher do costureiro Ariclenes, de Luis Gustavo, com quem vivia uma relação de amor e ódio, rendendo cenas hilárias à novela Ti Ti Ti.[35] Em 1986, foi agraciada com o prêmio de melhor atriz pelo Festival de Gramado, pela sua atuação no filme Com Licença, Eu Vou à Luta.[36] Em 1988, integrou o elenco do seriado Tarcísio & Glória, protagonizado por Tarcísio Meira e Glória Menezes.[37] Depois, em 1989, encarnou a nobre e independente Madeleine de Que Rei Sou Eu?.[38]
Em 1992, Severo mais uma vez desponta como a antagonista principal de uma novela ao dar vida a perversa secretária Elvira, a grande vilã de Deus Nos Acuda.[39] Em 1994 fez parte do elenco da novela Pátria Minha, dando vida a vilã Loretta.[40] Entre 1995 e 1997, participou de alguns episódios da série A Comédia da Vida Privada.[41] Também em 1995, foi protagonista do filme Carlota Joaquina, Princesa do Brazil.[42] Posteriormente, em 2000, voltou as novelas interpretando mais uma vilã, a sofisticada Alma Flora, de Laços de Família[43], personagem que lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).[44]
No filme As Três Marias, de 2002, Severo faz uma mulher forte que tem seu marido e dois filhos brutalmente assassinados. Ela convoca então as três filhas para cada uma delas procurar um matador e vingar o pai.[45] Foi nesse ano, que a atriz recebeu o prêmio Oscarito, do Festival de Gramado, pelos 37 anos de carreira dedicados ao cinema brasileiro.[46] Em seguida, no ano de 2004, filmou Cazuza - O Tempo Não Para, onde interpretou Lucinha Araújo, mãe do cantor Cazuza.[47] Também em 2004, protagonizou o longa A Dona da História, baseado na peça de João Falcão.[48]
Dona Nenê
De 2001 a 2014, Severo trabalhou no seriado A Grande Família, exibido pela Rede Globo, no qual interpretou a dona-de-casa Dona Nenê, ao lado de Marco Nanini.[49]
Teatro Poeira
Em 2005, ao lado da amiga Andréa Beltrão, Severo inaugurou o Teatro Poeira, em Botafogo, Rio de Janeiro.[50] O empreendimento era um sonho antigo das atrizes.[51] Em 2007, as duas estrearam o espetáculo As Centenárias e, no mesmo ano, estavam na versão cinematográfica de A Grande Família.[52]
Fim da Grande Família e regresso às novelas
Severo foi convidada para interpretar a presidente Dilma Rousseff no filme homônimo baseado na obra A 1ª Presidenta, do escritor e jornalista Helder Caldeira, que seria rodado em 2012, mas recusou o convite alegando outros compromissos profissionais.[53] Em 2015, voltou as novelas para interpretar a cafetina Fanny Richard, a vilã da novela Verdades Secretas. Por sua atuação venceu o Prêmio Extra de Televisão, na categoria de melhor atriz.[54] Em 2017, voltou ao horário nobre, retornando sua parceria com Walcyr Carrasco e interpretando a diabólica vilã Sophia, a matriarca autoritária e grande vilã em O Outro Lado do Paraíso.[55] Em 2020, retornaria ao horário nobre, integrada no elenco do folhetim de Lícia Manzo, intitulado Um Lugar ao Sol, onde interpreta a avó da protagonista Lara (Andreia Horta). A produção foi, contudo, interrompida por conta da pandemia de COVID-19 e só estreou em novembro de 2021.[56]
Filmografia
Televisão
Ano | Título | Personagem | Nota |
---|---|---|---|
1966 | O Sheik de Agadir | Éden de Bassora | |
1967 | Anastácia, a Mulher sem Destino | ||
O Homem Proibido | Thana | ||
1970 | E Nós, Aonde Vamos? | Rachel | |
1983 | Bandidos da Falange | Denise[57] | |
Champagne | Dinah Mercadante Brandão | ||
1984 | Vereda Tropical | Catarina de Oliva Salgado | |
1985 | Ti Ti Ti | Suzana Azevedo | |
1987 | Armação Ilimitada | Governanta[58] | Episódio: "O Pai do Bacana" |
Canção de Todas as Crianças | Cordélia[59] | Especial de fim de ano | |
1988 | Tarcísio & Glória | Carmem Oswalt | |
1989 | Que Rei Sou Eu? | Madeleine Bouchet | |
1990 | Delegacia de Mulheres | Jandira[60] | Episódio: "Raios e Trovões" |
1992 | As Noivas de Copacabana | Promotora | |
Deus Nos Acuda | Elvira Ferreira Bismark | ||
1994 | Pátria Minha | Loretta Ramos Pellegrini Vilela | |
Confissões de Adolescente | Helena | Episódio: "Mamãe Noel" | |
1995 | A Farsa da Boa Preguiça | Clarabela Caracão | Telefilme |
Brasil Legal | Selma[61] | Episódio: "Brasileiro Perfeito" | |
A Comédia da Vida Privada | Regina | Episódio: "Mãe é Mãe" | |
1996 | Bia | Episódio: "Drama" | |
Maria Tereza | Episódio: "Parece Que Foi Ontem" | ||
1997 | Helena | Episódio: "A Grande Noite" | |
2000 | Laços de Família | Alma Flora Pirajá de Albuquerque | |
2001–14 | A Grande Família | Irene Souza Silva (Dona Nenê)[62] | |
2004 | Sitcom.br | Mulher com insônia[63] | Episódio: "Insônia" |
2015 | Verdades Secretas | Fanny Richard / Rita de Cássia[64] | Temporada 1 |
2017 | O Outro Lado do Paraíso | Sophia Montserrat | |
2019 | O Álbum da Grande Família | Dona Nenê (narradora) | |
As Vilãs que Amamos | Ela mesma[65] | Episódio: "8" | |
2021 | Mulheres Fantásticas | Narradora[66] | Episódio: "Tu Youyou" |
Um Lugar ao Sol | Ana Maria Moreira Bastos (Noca)[67] | ||
2022 | Pacto Brutal - O Assassinato de Daniella Perez | Ela mesma |
Cinema
Ano | Filme | Personagem | Nota |
---|---|---|---|
1965 | Society em Baby-Doll | ||
1966 | Todas as Mulheres do Mundo | Dorinha | |
1970 | Quatro Contra o Mundo | ||
1972 | Roleta Russa | Maria[68] | |
1976 | Crueldade Mortal | Jurema | |
1977 | Gente Fina É Outra Coisa | Elsa | |
Chuvas de Verão | Dodora | ||
1979 | Bye Bye Brasil | Assistente social | |
1980 | Certas Palavras | Ela mesma[69] | Documentário |
1986 | Sonho Sem Fim | Lola | |
Com Licença, Eu Vou à Luta | Eunice | Também roteirista | |
A Espera | Narradora | Curta-metragem | |
O Homem da Capa Preta | Zina | ||
1987 | Leila Diniz | Srª. Diniz | |
Por Dúvida das Vias | Vesga | Curta-metragem | |
Sonhos de Menina-Moça | Suely[70] | ||
1988 | Mistério no Colégio Brasil | Patrícia | |
1989 | Faca de Dois Gumes | Sônia J. Amado | |
A Porta Aberta | Curta-metragem | ||
1991 | O Corpo | Carmen | |
Vai Trabalhar, Vagabundo II: a Volta | Carmen, a "Dama de Copas" | ||
1993 | Diário Noturno | Funcionária pública | Curta-metragem |
1995 | Carlota Joaquina, Princesa do Brazil | Carlota Joaquina de Bourbon | |
1997 | Guerra de Canudos | Penha | |
1999 | Castelo Rá-Tim-Bum, o Filme | Losângela Stradivarius / Madame Wandete | |
Um Copo de Cólera | |||
Outras Estórias | Nathiaga[71] | ||
2000 | A Nova Onda do Imperador | Yzma (voz) | Dublagem |
Villa-Lobos - Uma Vida de Paixão | Noêmia | ||
2001 | Janela da Alma | Ela mesma | Documentário |
2002 | As Três Marias | Filomena Capadócio | |
2004 | A Dona da História | Carolina | |
Cazuza - O Tempo Não Para | Lucinha Araújo | ||
Quase Dois Irmãos | Helena | ||
2006 | Irma Vap - O Retorno | Ela mesma | |
2007 | A Grande Família: O Filme | Dona Nenê | |
Pequenas Histórias | Maria Contadora-de-Histórias | ||
O Tablado e Maria Clara Machado | Ela mesma[72] | Documentário | |
2010 | Sonhos Roubados | Dolores | |
Quincas Berro D'Água | Manuela | ||
2012 | Vendo ou Alugo | Maria Alice | Também produtora |
2017 | Todos os Paulos do Mundo | Ela mesma[73] | Documentário |
Os Transgressores[74] | |||
2018 | A Voz do Silêncio | Maria Cláudia[75] | |
2021 | Noites de Alface | Ada[76] | |
Duetto | Lúcia[77] | ||
2022 | Aos Nossos Filhos | Vera[78] [79] |
Internet
Ano | Título | Personagem | Nota |
---|---|---|---|
2010 | Super Nice | Lúcia[80] | Websérie |
Teatro
Ano | Título | Papel |
---|---|---|
1965 | As Feitiçeiras de Salém | Suzanna Walcott |
Um Menino Bem | Carmen | |
O Labirinto | ||
1966 | Se Correr o Bicho Pega e Se Ficar o Bicho Come | Mocinha |
Viagem a Três | Zaina | |
1967 | Onde Canta o Sabiá | |
1968 | Roda Viva | Juliana |
1970 | Jorginho o Machão | |
1972 | O Segredo do Velho Mudo | |
Bordel da Salvação | ||
1973 | Desgraças de Uma Criança | Rita |
1974 | O Casamento do Pequeno-Burguês | |
1975 | Titus Andronicus | |
1977 | Os Saltimbancos | Gata |
1978 | Ópera do Malandro | Terezinha |
1979 | Sinal de Vida | |
1980 | No Natal A Gente Vem Te Buscar | Solteirona |
1982 | Amadeus | |
Musical dos Musicais | ||
Aurora da Minha Vida | ||
1985 | Um Beijo, Um Abraço, Um Aperto de Mão | |
1987 | Ligações Perigosas | |
1988 | Cenas de Outono | |
1989 | A Estrela do Lar | Mãe |
1992 | Antígona | Antígona |
1995 | Torre de Babel | Duquesa Latídia de Teran |
1998 | A Dona da História | Carolina |
2000 | Quem Tem Medo de Virgínia Woolf | Martha |
2002 | Os Solitários | Phyllis |
2005 | Sonata de Outono | Charlotte |
2007–11 | As Centenárias | Socorro |
2013–17 | Incêndios | Nawal Marwan[81] |
2022 | O Espectador | Advogado/Juíz/Testemunha[82] |
Prêmios e indicações
Severo é reconhecida pela crítica como uma das mais competentes atrizes em todos os segmentos de atuação: o palco, o cinema e a TV. Segundo o diretor Newton Moreno: "Ela se tornou um fomento para uma nova dramaturgia nacional, encomendando ou dando visibilidade a muitos textos. Assim, nestes 50 anos [de carreira], Marieta ajudou o Brasil a se ver em cena. Seja um Brasil suburbano, periférico, sertanejo, trágico ou festivo."[83][84]
Referências
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Ligações externas
Precedida por Débora Duarte por Terra Nostra | Troféu APCA de Melhor Atriz de Televisão por Laços de Família 2000 | Sucedida por Christiane Torloni por Um Anjo Caiu do Céu |
Precedida por – | Prêmio Guarani de Melhor Atriz por Carlota Joaquina, Princesa do Brazil 1996 | Sucedida por Marisa Orth por Doces Poderes |
Precedida por Marília Pêra por Tieta do Agreste | Prêmio Guarani de Melhor Atriz Coadjuvante por Guerra de Canudos 1998 | Sucedida por Clarice Niskier por Amores |
Precedida por Fernanda Montenegro por Traição | Prêmio Guarani de Melhor Atriz Coadjuvante por Castelo Rá-Tim-Bum, o Filme 2001 | Sucedida por Irene Ravache por Amores Possíveis |
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