Alice Guy-Blaché (Saint-Mandé, 1 de julho de 1873 — Wayne, 24 de março de 1968)
Alice Guy-Blaché | |
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Alice Guy-Blaché no final do século XIX | |
Nome completo | Alice Ida Antoinette Guy |
Nascimento | 1 de julho de 1873 Saint-Mandé, França |
Nacionalidade | francesa |
Morte | 24 de março de 1968 (94 anos) Wayne, Nova Jersey, Estados Unidos |
Ocupação | Cineasta Produtora Roteirista Atriz |
Atividade | 1894-1922 |
Cônjuge | Herbert Blaché |
Alice Guy-Blaché (Saint-Mandé, 1 de julho de 1873 — Wayne, 24 de março de 1968) foi uma pioneira no cinema francês. É comumente reverenciada como a primeira cineasta e roteirista de filmes ficcionais, vista como uma visionária no uso do cronofone de Gaumont para a sincronização de som, colorização, elenco interracial e uso de efeitos especiais.[1] Alice dirigiu mais de mil filmes durante vinte anos de carreira, administrou seu próprio estúdio e serviu de inspiração para vários artistas, como Alfred Hitchcock e Barbra Streisand.[2]
Vida pessoal
Alice nasceu em Saint-Mandé, em 1873. Seu pai, Emile Guy, era dono de uma rede de livrarias e de uma editora no Chile e sua mãe era Marie Clotilde Franceline Aubert. O casal mudou-se para Santiago, no Chile, logo após o casamento. Em uma viagem de vários meses a Saint-Mandé, nasceu Alice.[3] Seu pai retornou ao Chile logo após o nascimento de Alice, com sua mãe seguindo-o pouco depois. Alice ficou com os avós em Carouge, na Suíça, até os quatro anos de idade. Ela então foi enviada ao Chile para morar com os pais, onde aprendeu a falar espanhol com a governanta da casa, Conchita.[3][4]
Aos 6 anos, Alice foi mandada para a França para estudar no Colégio do Sagrado Coração, na fronteira com a Suíça, junto de seus irmãos. Na época, o sentimento comum entre os franceses era que as escolas jesuítas eram as únicas que forneciam educação de qualidade. Mas seu pai decretou falência, obrigando que Alice e os irmãos tivessem que ir para uma escola mais barata. Pouco depois disso, seu irmão mais velho morreu, aos dezessete anos. Seu pai viria a morrer em 1893, desgastado pelas condições financeiras e de saúde.[3][4]
Após a morte de seu pai, Alice treinou como estenógrafa e datilógrafa, campos novos na época, para poder sustentar à mãe e a si mesma. Ela conseguiu seu primeiro emprego em uma fábrica de verniz. Um ano depois, em 1894, começou a trabalhar com Léon Gaumont na Comptoir général de la photographie.[4]
O trabalho com Gaumont
Em 1894, Alice foi contratada por Gaumont para trabalhar na empresa de fotografia como secretária.[3] A empresa logo ruiria, mas Gaumont comprou o inventário e começou sua própria empresa, que logo se tornaria uma potência pioneira na indústria de cinema da França. Alice decidiu continuar com Gaumont em sua empresa nova, a "Gaumont Film Company", decisão que a levaria a se tornar pioneira.[5]
Logo, Alice veria como era o trabalho com filmagens e começou a aprender o negócio com clientes e funcionários. Assim, ela também conheceria Georges Demenÿ e os irmãos Auguste e Louis Lumière.[4] Em 22 de março de 1895, Alice e Gaumont foram à exibição surpresa dos Lumière, onde eles demonstraram o uso de um projetor de filme, um desafio que tanto Gaumont, como Thomas Edison e os Lumière vinham tentando solucionar. Eles exibiram um dos primeiros filmes já feitos, La Sortie de l'usine Lumière à Lyon, que consistia em uma cena mostrando trabalhadores no estúdio dos irmãos, em Lion.[4][5]
Alice logo percebeu o potencial dos filmes. Ela acreditava que filmagens não deveriam servir apenas para propósitos científicos ou com o objetivo de vender câmeras, mas que era possível incorporar elementos ficcionais em filmes.[2] Ela perguntou então a Gaumont se teria a permissão de fazer seu próprio filme em seu tempo livre e ele permitiu, que não se sabe ao certo quando foi feito.[4] Alguns fatores foram importantes para a permissão de Gaumont: ele sabia que Alice era uma ótima profissional, o potencial comercial imprevisto do filme e a fraca compreensão de Gaumont sobre o verdadeiro potencial da narrativa visual levaram a esse "sim" e à prolífica carreira de Alice.[2][3]
O primeiro filme de Alice, a primeira produção no mundo com uma narrativa cinematográfica, chama-se La Fée aux choux (A Fada do Repolho) e foi feito provavelmente em 1896, baseado em um antigo conto francês. A produção provou a Gaumont a visão pioneira e criatividade de Alice. De 1896 a 1906, ela foi chefe de produção do estúdio de Gaumont e provavelmente a única mulher diretora de cinema neste período.[6] Seus primeiros filmes tinham temas e características semelhantes aos colegas Lumière e Méliès. Fazia filmes de viagens, de shows de dança, às vezes combinando os dois temas, tendo filmado na Espanha os filmes Le Bolero (1905) e Tango (1905).[3][4]
Em 1906, ela filmou The Life of Christ, uma grande produção para a época, com trezentos figurantes. Foi pioneira no uso de gravações de áudio junto das imagens na tela, utilizando o cronofone de Gaumont. Também aplicou os primeiros efeitos especiais, usando dupla exposição da película, técnicas de máscara e até rodando o filme ao contrário.[4][5]
Solax Company
Em 1907, Alice casou-se com Herbert Blaché, logo encarregado de produção nas operações de Gaumont nos Estados Unidos. Após trabalhar com o marido nos Estados Unidos, os dois resolveram criar sua própria empresa, em 1910, com George A. Magie, surgindo assim a Solax Company, o maior estúdio de cinema antes de Hollywood,[4] sendo Alice a primeira mulher a dirigir um estúdio, ou uma das primeiras.[5]
Estabelecida no Queens, em Nova York, o casal se dedicou a trabalhar em diversas produções. Herbert era diretor de produção e fotografia, enquanto Alice era diretora de muitos dos lançamentos da empresa. Em dois anos, eles prosperaram tanto que conseguiram investir mais de cem mil dólares em um novo e mais moderno estúdio, em Fort Lee, Nova Jersey.[7][8][9]
Vários anos depois, Alice e Herbert se divorciaram e com o declínio na indústria cinematográfica na costa leste, que migrava para a costa oeste, estabelecendo as bases da indústria de Hollywood, a parceria entre os dois acabou.[3][4]
Pós-Solax
Seu casamento com Herbert pôs um fim à sua parceria com Gaumont e seu trabalho em seu estúdio. Alice deu à luz sua filha Simone, em Nova York, em 1908. Dois anos depois, nasceria seu segundo filho, o que não a parou de trabalhar em pelo menos três filmes por semana. Para focar apenas em roteirizar e dirigir, ela passou a presidência da Solax para Herbert.[3][4][10]
Muito se especula se o fim do estúdio se deveu à competição de Herbert com sua esposa e na necessidade de promover a si mesmo às custas do trabalho dela.[4] Alguns estudiosos de cinema argumentam que foram os maus investimentos de Herbert que levaram às dificuldades financeiras da família, obrigando-os a buscar empréstimos junto a bancos para poderem se manter. Um dos requisitos para o investimento era o de tornar Catherine Calvert em uma estrela, mas tão logo ela chegou ao estúdio da Solax, tornou-se amante de Herbert.[10]
O casal tentou manter uma parceria por algum tempo, mas o relacionamento durou pouco. Herbert deixou a esposa e os filhos para tentar carreira em Hollywood com outra atriz.[10] Alice dirigiu seu último filme em 1920, quase morrendo durante a produção devido à gripe. Em 1922, Alice e Herbert estavam oficialmente divorciados, obrigando-a a leiloar seu estúdio devido à falência. Após perder seu estúdio, ela retornou à França e nunca mais dirigiu ou produziu outro filme.[4][10]
Ela ainda tentaria mais uma vez retomar o trabalho nos Estados Unidos, em 1927, mas não teve sucesso.[10]
Morte
Alice Guy-Blaché nunca se casou novamente e em 1964 retornou ao Estados Unidos para morar com uma de suas filhas. Em 24 de março de 1968, Alice morreu, aos noventa e quatro anos, enquanto morava em um asilo. Ela foi enterrada no Cemitério Maryrest, em Mahwah, Nova Jersey.[11]
Memória
No final dos anos 1940, Alice escreveu sua biografia e em 1976 a publicou em francês.[4] Foi traduzida para o inglês em 1986 com a ajuda de sua filha, Simone, e de sua cunhada, Roberta Blaché, com o auxílio do escritor de cinema Anthony Slide. Ela também se preocupava com a inexplicável ausência de seu nome nos registros históricos da indústria do cinema. Esteve em contato constante com vários colegas e historiadores de cinema para corrigir fatos da indústria e de sua carreira. Ela criou listas com seus filmes na esperança de ser devidamente creditada por eles.[10]
Legado
Alice Guy-Blaché foi a primeira mulher a fazer filmes, sendo a primeira, ou uma das primeiras, a criar filmes com narrativa.[4] Em vinte e quatro anos de carreira dirigindo, roteirizando e produzindo filmes, ela teve mais sucesso do que muitos diretores atuais. De 1896 a 1920, ela dirigiu mais de mil filmes, mas apenas uns trezentos e cinquenta sobreviveram aos dias atuais, sendo vinte e dois deles longa-metragens.[10][12]
Alice também foi uma das primeiras mulheres, junto de Lois Weber, a ter seu próprio estúdio. Alguns de seus filmes vem sendo recuperados depois do sucesso do documentário Be Natural: The Untold Story of Alice Guy-Blaché.[13] Em 2010, o serviço de arquivo da Academia de Artes Dramáticas restaurou um curta, "The Girl in the Arm-Chair".[14]
O único marco histórico do trabalho de Alice nos Estados Unidos era o estúdio da Solax Company, em Nova Jersey. A comissão de cinema de Fort Lee, em 2008 criou então o "Alice Award", entregue anualmente, em memória de Alice Guy-Blaché.[15] Em 2012, no centenário de fundação da Solax Company, em Fort Lee, a comissão de cinema arrecadou fundos para trocar a lápide de seu túmulo no Cemitério Maryrest.[2][3][16] A nova lápide inclui o logo dos estúdios Solax e descreve seu pioneirismo no cinema. O "Golden Door Film Festival" também tem um prêmio em sua homenagem, o "Women in Film-Alice Guy Blache Award".[17]
Em 2011, FLIGHT,[18] produção da Broadway retratou uma visão ficcional da vida de Alice Guy-Blaché. No mesmo ano, a comissão de cinema de Fort Lee entrou com uma petição na Directors Guild of America para aceitar Alice como membro póstumo.[19]
Filmografia
- La Fée aux choux (A Fada do Repolho; 1896)
- Une nuit agitee (1897)
- Les Cambrioleurs (1897)
- Le Planton Du Colonel (1897)
- Le pêcheur dans le torrent (1897)
- Leçon de danse (1897)
- Le cocher de fiacre endormi (1897)
- L'aveugle (1897)
- Idylle interrompue (1897)
- En classe (1897)
- Danse fleur de lotus (1897)
- Coucher d'Yvette (1897)
- Chez le magnétiseur (1897)
- Ballet libella (1897)
- Baignade dans le torrent (1897)
- Au réfectoire (1897)
- France et Russie (1897)
- Scène d'escamotage (1898)
- L'utilité des rayons x (1898)
- Les farces de Jocko (1898)
- L'entrée à Jérusalem (1898)
- Le jardin des oliviers (1898)
- Leçons de boxe (1898)
- Le chemin de croix (1898)
- L'aveugle fin de siècle (1898)
- La fuite en Égypte (1898)
- Surprise d'une maison au petit jour (1898)
- La flagellation (1898)
- La crèche à Bethléem (1898)
- La cène (1898)
- Je vous y prrrrends! (1898)
- Jésus devant Pilate (1898)
- Déménagement à la cloche de bois (1898)
- Un lunch (1899)
- Transformations (1899)
- Monnaie de lapin (1899)
- Mésaventure d'un charbonnier (1899)
- Le tonnelier (1899)
- Le tondeur de chiens (1899)
- Les dangers de l'alcoolisme (1899)
- Le déjeuner des enfants (1899)
- Le crucifiement (1899)
- Le chiffonnier (1898)
- L'aveugle (1899)
- La résurrection (1899)
- La mauvaise soupe (1899)
- La descente de croix (1899)
- La bonne absinthe (1899)
- Erreur judiciaire (1899)
- Danse serpentine par Mme. Bob Walter (1899)
- Courte échelle (1899)
- Au cabaret (1899)
- Valse lente (1900)
- Une rage de dents (1900)
- Suite de la danse (1900)
- Saut humidifié de M. Plick (1900)
- Retour des champs (1900)
- Pas Japonais (1900)
- Pas du poignard (1900)
- Pas des éventails (1900)
- Pas de grâce (1900)
- Mort d'Adonis (1900)
- L'Habanera (1900)
- Le sang d'Adonis donnant naissance à la rose rouge (1900)
- Le Polichinelle (1900)
- Le matelot (1900)
- Le marchand de coco (1900)
- Le matelot (1900)
- Le lapin (1900)
- Le départ d'Arlequin et de Pierrette (1900)
- Le danse des saisons (1900)
- L'écossaise (1900)
- Leçon de danse (1900)
- Le bébé (1900)
- La tarentelle (1900)
- La source (1900)
- L'arléquine (1900)
- La reine des jouets (1900)
- La poupée noire (1900)
- La petite magicienne (1900)
- La paysanne (1900)
- L'angélus (1900)
- La fée aux choux, ou la naissance des enfants (1900)
- La danse du ventre (1900)
- Gavotte directoire (1900)
- Déclaration d'amour (1900)
- Dans les coulisses (1900)
- Danse serpentine (1900)
- Danse du voile (1900)
- Danse du pas des foulards par des almées (1900)
- Danse du papillon (1900)
- Dance de l'ivresse (1900)
- Coucher d'une Parisienne (1900)
- Chirurgie fin de siècle (1900)
- Chez le photographe (1900)
- Chez le Maréchal-Ferrant (1900)
- Chapellerie et charcuterie mécanique (1900)
- Bataille de boules de neige (1900)
- Badinage (1900)
- Avenue de l'opéra (1900)
- Au bal de Flore (1900)
- Arrivée de Pierette et Pierrot (1900)
- Arrivée d'Arléquin (1900)
- Tel est pris qui croyait prendre (1901)
- Scène d'ivresse (1901)
- Scène d'amour (1901)
- Pas de colombine (1901)
- Lecture quotidienne (1901)
- Lavatory moderne (1901)
- Hussards et grisettes (1901)
- Frivolité (1901)
- Danses basques (1901)
- Charmant froufrou (1901)
- A Peculiar Cabinet (1902)
- Trompé mais content (1902)
- Midwife to the Upper Classes (1902)
- Quadrille réaliste (1902)
- Pour secouer la salade (1902)
- Les malabares, acrobats (1902)
- Sage-femme de première classe (First Class Midwife) (1902)
- Les clowns (1902)
- Les chiens savants (1902)
- L'équilibriste (1902)
- Le pommier (1902)
- Le marchand de ballons (1902)
- Le lion savant (1902)
- La première gamelle (1902)
- La gigue (1902)
- La fiole enchantée (1902)
- La dent recalcitrante (1902)
- La cour des miracles (1902)
- Intervention malencontreuse (1902)
- Farces de cuisinière (1902)
- En faction (1902)
- Danse mauresque (1902)
- Danse fantaisiste (1902)
- Danse excentrique (1902)
- Bonsoir m'sieurs dames (1902)
- Fruits de saison (1902)
- Service précipité (1903)
- Secours aux naufragés (1903)
- Répétition dans un cirque (1903)
- Potage indigeste (1903)
- Nos bons étudiants (1903)
- Ne bougeons plus (1903)
- Modelage express (1903)
- Lutteurs américains (1903)
- Le voleur sacrilège (1903)
- Les surprises de l'affichage (1903)
- Les braconniers (1903)
- Les aventures d'un voyageur trop pressé (1903)
- Les apaches pas veinards (1903)
- Le liqueur du couvent (1903)
- Le fiancé ensorcelé (1903)
- La valise enchantée (1903)
- La poule fantaisiste (1903)
- La main du professeur Hamilton ou le roi des dollars (1903)
- La chasse au cambrioleur (1903)
- Jocko musicien (1903)
- Illusionniste renversant (1903)
- Faust et Méphistophélès (1903)
- Enlèvement en automobile et mariage précipité (1903)
- Compagnons de voyage encombrants (1903)
- Comme on fait son lit on se couche (1903)
- How Monsieur Takes His Bath (1903)
- Cake-walk de la pendule (1903)
- Paris la nuit (1904)
- L'oiseau envolé (1904)
- Les enfants du miracle (1904)
- Les deux rivaux (1904)
- Le pompon malencontreux (1904)
- Le crime de la Rue du Temple (1904)
- L'assassinat du courrier de Lyon (1904)
- La leçon de pipeau (1904)
- La gavotte de la reine (1904)
- Comment on disperse les foules (1904)
- Après la fête (1904)
- Pierrot, Murderer (1904)
- La première cigarette (1904)
- V'la le rétameur (1905)
- Viens, poupoule (1905)
- Valsons (1905)
- Si ça t'va (1905)
- Saharet, boléro (1905)
- Réhabilitation (1905)
- Polin, l'anatomie du conscrit (1905)
- Miss Helyett: Air du portrait (1905)
- Lilas blanc (1905)
- Dranem Performs 'The True Jiu-Jitsu' (1905)
- My Quay's Hole (1905)
- Le tango (1905)
- Les p'tits pois (1905)
- Les maçons (1905)
- Le rire du nègre (1905)
- Le petit panier (1905)
- Le petit Grégoire (1905)
- L'enfant du cordonnier (1905)
- Le coq dressé de Cook et Rilly (1905)
- Le boléro cosmopolite (1905)
- La statue (1905)
- La polka des trottins (1905)
- La paimpolaise (1905)
- La mattchiche (1905)
- La malagueña et le torero (1905)
- La fifille à sa mère (1905)
- La charité du prestidigitateur (1905)
- Jeune homme et le trottin (1905)
- Five O'Clock Tea (1905)
- Être légume (1905)
- Espagne (1905)
- Cucurbitacée (1905)
- Clown, chien et ballon (1905)
- Chez le dentiste (1905)
- C'est une ingénue (1905)
- Cake-walk nègre (1905)
- Allumeur-Marche (1905)
- À la cabane bambou (1905)
- Un soulier pour un jambon (1906)
- Une histoire roulante (1906)
- Une course d'obstacle (1906)
- Un cas de divorce (1906)
- Questions indiscrètes (1906)
- Mireille (1906)
- The Consequences of Feminism (1906)
- Le songe du pêcheur (1906)
- Le Noël de Monsieur le curé (1906)
- Le fils du garde-chasse (1906)
- Le cochon de lait (1906)
- The Birth, the Life and the Death of Christ (1906)
- La vérité sur l'homme-singe (1906)
- La hiérarchie dans l'amour (1906)
- The Irresistible Piano (1907)
- L'enfant de la barricade (1907)
- Le ballon dirigeable 'Le patrie' (1907)
- Fanfan la Tulipe (1907)
- Une héroïne de quatre ans (1907)
- One Touch of Nature (1908)
- The Sergeant's Daughter (1910)
- A Child's Sacrifice (1910)
- A Fateful Gift (1910)
- A Widow and Her Child (1910)
- Her Father's Sin (1910)
- What Is to Be, Will Be (1910)
- Lady Betty's Strategy (1910)
- Two Suits (1910)
- The Pawnshop (1910)
- The Nightcap (1911)
- The Girl and the Burglar (1911)
- A Reporter's Romance (1911)
- His Best Friend (1911)
- Ring of Love (1911)
- Mixed Pets (1911)
- Corinne in Dollyland (1911)
- Love's Test (1911)
- A Costly Pledge (1911)
- Out of the Arctic (1911)
- Put Out (1911)
- Greater Love Hath No Man (1911)
- La Esméralda (1905) (based on the Victor Hugo novel, The Hunchback of Notre Dame)
- A Fool and His Money (1912)
- Algie the Miner (1912)
- Falling Leaves (1912)
- Making an American Citizen (1912)
- A House Divided (1913)
- The Pit and the Pendulum (1913)
- Shadows of the Moulin Rouge (1913)
- Matrimony's Speed Limit (1913)
- The Monster and the Girl (1914)[20]
- The Woman of Mystery (1914)
- The Tigress (1914)
- The Lure (1914)
- My Madonna (1915)
- The Shooting of Dan McGrew (1915)
- The Vampire (1915)
- The Ocean Waif (1916)
- House of Cards (1917)
- Behind the Mask (1917)
- House of Cards (1917)
- A Man and a Woman (1917)
- The Great Adventure (1918)
- A Soul Adrift (1919)
- Vampire (1920)
- Tarnished Reputations (1920)
Referências
- ↑ Biography.com (ed.). «Alice Guy-Blaché». A&E Television Networks. Consultado em 27 de março de 2017
- ↑ ab c d Película Criativa (ed.). «Conheça a história de Alice Guy-Blaché: a primeira cineasta do mundo». Película Criativa. Consultado em 27 de março de 2017. Arquivado do original em 27 de março de 2017
- ↑ ab c d e f g h i Blaché, Roberta e Simone (1996). The Memoirs of Alice Guy Blaché (The Scarecrow Filmmakers Series). França: Scarecrow Press. p. 212. ISBN B00DZMYCBI Verifique
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(ajuda) - ↑ ab c d e f g h i j k l m n o McMahan, Alison (2003). Alice Guy Blaché: Lost Visionary of the Cinema. Londres: Bloomsbury Academic. p. 408. ISBN 978-0826451576
- ↑ ab c d Nfb.ca (ed.). «The Lost Garden: The Life and Cinema of Alice Guy-Blaché». Nfb.ca. Consultado em 27 de março de 2017
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- ↑ «Flight». Pacific Performance Project East. 2012. Consultado em 27 de março de 2017. Arquivado do original em 28 de dezembro de 2013
- ↑ Svetlana Shkolnikova. «North.Jersey.com». NorthJersey.com. Consultado em 27 de março de 2017
- ↑ Alice Guy The Monster and The Girl
Ligações externas
- Reel Women Media
- Alice Guy Blaché, visionária esquecida do Cinema
- Alice Guy-Blaché. no IMDb.
- Alice Guy Blaché no Women Film Pioneers Project
- Literatura sobre Alice Guy-Blaché
- The Lost Garden: The Life and Cinema of Alice Guy-Blaché no Departamento Nacional de Cinema, do Canadá
- Women Make Movies site de The Lost Garden: The Life and Cinema of Guy-Blaché
- Eventos importantes na vida de Alice Guy-Blaché
- Os filmes de Alice Guy-Blaché
- Alice Guy na KinoTV
https://curitibaeparanaemfotosantigas.blogspot.com/
https://estudoumbandaespiritismoecandomble.blogspot.com/
https://caminhoesdomundotododetodososmodelos.blogspot.com/
https://famososefamosasdetodososramos.blogspot.com/
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