sexta-feira, 6 de abril de 2018

Nilo Cairo (1874-1928)

Nascido em Paranaguá a 12 de novembro de 1874, Nilo Cairo da Silva mudou-se cedo para a cidade do Rio de Janeiro, onde se incorporou ao Exército. Graduado em engenharia militar, trabalhou nessa seara entre os anos de 1891 e 1904, quando foi vítima de um incidente que lhe custou o rompimento dos tímpanos. Transferido para a reserva, Nilo Cairo se dedicou a estudos diversos obtendo o bacharelado em medicina, ciências físicas e matemática.
Em 1906, mudou-se para Curitiba onde abriu uma clínica especializada em medicina homeopática. Cairo se tornou um entusiasta do tema, tendo publicado várias obras a respeito. Sua mais significativa contribuição enquanto pessoa pública foi a luta em prol do desenvolvimento da Universidade do Paraná, ideia gestada ainda no século XIX por intelectuais como Rocha Pombo. O grupo conseguiu concretizar o projeto e a universidade foi inaugurada em 19 de Dezembro de 1912. Após essa iniciativa, Cairo lecionou disciplinas diversas nos cursos de Medicina, Odontologia e Engenharia. Em 1925 afastou-se das atividades profissionais.
Segundo Wilson Bóia, Nilo Cairo era "dono de risadas homéricas, de piadas mordazes, às vezes irritadiço, caminhava célere, afobado, cumprimentando bruscamente amigos e conhecidos, acenando-lhes com a mão. Impulsivo e franco, arregimentou inimigos e indiferentes. Mostrava-se irônico e impiedoso contra os que se antepunham a ses projetos. Enciclopédico, cérebro privilegiado, casado por três vezes, faleceu no Rio de Janeiro em 6 de junho de 1928". Seus restos mortais encontram-se junto ao seu busto na Praça Santos Andrade, em frente à sede da Universidade federal do Paraná. 

Fontes:
Hoerner, Valério Júnior; Bóia, Wilson e Vargas, Túlio. Academia Paranaense de Letras - Biobibliografias (1936-2006). Ed Posigraf. Curitiba, 2001. Página 263.

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