terça-feira, 8 de novembro de 2022

Domingo Faustino Sarmiento Albarracín (15 de fevereiro de 1811, San Juan - 11 de setembro de 1888, Assunção)

 Domingo Faustino Sarmiento Albarracín (15 de fevereiro de 1811 San Juan - 11 de setembro de 1888Assunção


Domingo Faustino Sarmiento Albarracín
Domingo Faustino Sarmiento Albarracín
 Presidente da Argentina
Período12 de outubro de 1868
12 de outubro de 1874
Vice-presidente Adolfo Alsina
Antecessor(a)Bartolomé Mitre
Sucessor(a)Nicolás Avellaneda
Embaixador da Argentina nos Estados Unidos
Período1863 - 1868
PresidenteBartolomé Mitre
Antecessor(a)Emilio de Alvear
Sucessor(a)Manuel Rafael García Aguirre
Ministro das Relações Exteriores da Argentina
Período6 de setembro
9 de outubro de 1879
PresidenteNicolás Avellaneda
Antecessor(a)Manuel Augusto Montes de Oca
Sucessor(a)Lucas González
Ministro do Interior da Argentina
Período29 de agosto
9 de outubro de 1879
PresidenteNicolás Avellaneda
Antecessor(a)Bernardo de Irigoyen
Sucessor(a)Benjamín Zorrilla
Senador da Argentina por San Luis
Período12 de outubro de 1875
9 de outubro de 1879
Governador de San Luis
Período3 de janeiro de 1862
9 de abril de 1864
Antecessor(a)Francisco Díaz
Sucessor(a)Santiago Lloveras
Dados pessoais
Nascimento15 de fevereiro de 1811
San JuanProvíncia de San JuanArgentina
Morte11 de setembro de 1888 (77 anos)
AsunciónParaguai
NacionalidadeArgentino
Primeira-damaMaría Jesus del Canto
Benita Martínez Pastoriza
PartidoPartido Liberal
Profissãojornalistaescritor e político

Domingo Faustino Sarmiento Albarracín (15 de fevereiro de 1811San Juan - 11 de setembro de 1888Assunção) foi um jornalistaescritor e Presidente da Argentina.[1]

História

Vindo de uma família pobre, porém com antepassados ilustres, sua infância e formação foram profundamente influenciados por sua mãe Paula Albarracín. Sarmiento foi um autodidata e suas experiências daquela época estão publicadas em seu livro "Recuerdos de Provincia".

Durante a década de 1840, devido à sua oposição ao regime de Juan Manuel de Rosas, Sarmiento padeceu o exílio no Chile, onde ele escreveu seu livro mais famoso: "Facundo o Civilización y Barbarie", publicado em 1845, uma biografia do caudilho argentino Facundo Quiroga. Sarmiento, porém, usando Quiroga como pretexto, realizou neste livro um profundo estudo do fenômeno do Caudilhismo e um verdadeiro libelo contra Rosas e seu regime.[2] No Chile, Sarmiento esteve sob a proteção de Manuel Montt, então ministro do interior, que o encarregou de aprimorar o sistema de educação pública chilena. Sarmiento assim, viajou pela Europa e pelos Estados Unidos, estudando seus sistemas educacionais. Seus relatos de viagem foram publicados em seu livro "Viajes".

Domingo F. Sarmiento é apontado como um dos maiores expoentes do romantismo argentino, devido ao seu papel relevante na chamada Geração de 1837. Porém, em seus escritos, vê-se profundas influências neoclássicas. Nos últimos anos de sua vida, ele aproximou-se do positivismo, como bem atesta seu último e mais polêmico livro: "Conflictos y armonías de las Razas de América".

Sarmiento após a batalha de Caseros (1852).

Sarmiento integrou o chamado Grande Exército que derrubou Rosas em 1852, sob a liderança de Justo José de Urquiza, porém Sarmiento logo rompeu com este. Na década de 1860, tornou-se governador de sua província natal, San Juan e depois, embaixador da Argentina junto aos Estados Unidos. Enquanto exercia tal função, foi eleito presidente da Argentina para o período 1868-1874.

Tomou posse em 12 de outubro de 1868, sucedendo Bartolomé Mitre. Em seu governo, Sarmiento duplicou o número de escolas públicas na Argentina e construiu por volta de 100 bibliotecas públicas.[3] A imigração européia também foi incentivada.

Durante sua presidência, concluiu-se a Guerra do Paraguai, na qual a Argentina anexou às custas do Paraguai, o território que hoje corresponde à província argentina de Formosa. Em 1870, Justo José de Urquiza foi assassinado durante uma revolta contra o governo central. Em 1874, Sarmiento entregou a presidência ao seu sucessor, Nicolás Avellaneda. Posteriormente, Sarmiento iria se opor ao regime conservador e excludente liderado pelo general Julio Argentino Roca e seus últimos anos de vida foram de contestação política e intelectual, a famosa "La Vejez de Sarmiento".

Morreu em 1888, em Assunção, capital do Paraguai, e hoje encontra-se sepultado no Cemitério da RecoletaBuenos Aires.

Apesar de sua história estar relacionada ao racismo,[4] sua efígie está estampada nas atuais notas de 50 pesos argentinos e não há cidade argentina que não tenha um logradouro público com seu nome.

Principais Obras

[5]

  • Mi defensa
  • Facundo - Civilización y Barbarie - Vida de Juan Facundo Quiroga (1845)
  • Viajes (1849)
  • Recuerdos de Provincia (1850)
  • Campaña del Ejército Grande (1852)
  • Conflicto y armonías de las razas en América
  • De la Educación Popular

Bibliografia

  • Bunkley, Allison Williams (1969) [1952], The Life of SarmientoISBN 0837123925, New York: Greenwood Press.
  • Crowley, Francis G. (1972), Domingo Faustino Sarmiento, New York: Twayne.
  • Galvani, Victoria, ed. (1990), Domingo Faustino SarmientoISBN 84-7232-577-6 (em Spanish), Madrid: Institución de Cooperación Iberoamericana.
  • Halperín Donghi, Tulio (1994), «Sarmiento's Place in Postrevolutionary Argentina», in: Halperin Donghi, Tulio; Jaksic, Ivan; Kirkpatrick, Gwen; Masiello, Francine, Sarmiento: Author of a Nation, ??: University of California Press, pp. 19–30.
  • Katra, William H. (1993), Sarmiento de frente y perfilISBN 0-8204-2044-1 (em Spanish), New York: Peter Lang.
  • Katra, William H. (1994), «Reading Viajes», in: Halperin Donghi, Tulio; Jaksic, Ivan; Kirkpatrick, Gwen; Masiello, Francine, Sarmiento: Author of a Nation, ??: University of California Press, pp. 73–100.
  • Katra, William H. (1996), The Argentine Generation of 1837: Echeverría, Alberti, Sarmiento, MitreISBN 0-8386-3599-7/96 Verifique |isbn= (ajuda), London: Associated University Presses.
  • Kirkpatrick, Gwen; Masiello, Francine (1994), «Introduction: Sarmiento between History and Fiction», in: Halperin Donghi, Tulio; Jaksic, Ivan; Kirkpatrick, Gwen; Masiello, Francine, Sarmiento: Author of a Nation, ??: University of California Press, pp. 1–18.
  • Mann, Mary Tyler Peabody (2001), "My Dear Sir: Mary Mann's Letters to Sarmiento, 1865-1881ISBN 987-98659-0-1Edited by Barry L. Velleman. There is a Spanish translation of these letters, Buenos Aires: Instituto Cultural Argentino Norteamericano"
  • Mi estimado señor": Cartas de Mary Mann a Sarmiento (1865–1881). Buenos Aires: Icana y Victoria Ocampo, 2005. Edited by Barry L. Velleman. Translated by Marcela Solá. ISBN 987-1198-03-5.
  • Molloy, Sylvia (1991), At Face Value: Autobiographical Writing in Spanish AmericaISBN 0521331951, Cambridge: Cambridge University Press
  • Moss, Joyce; Valestuk, Lorraine (1999), «Facundo: Domingo F. Sarmiento», Latin American Literature and Its TimesISBN 0787637262, World Literature and Its Times: Profiles of Notable Literary Works and the Historical Events That Influenced Them, Detroit: Gale Group, pp. 171–180
  • Penn, Dorothy (1946), «Sarmiento--"School Master President" of Argentina», American Association of Teachers of Spanish and Portuguese, Hispania29 (3): 386–389, JSTOR 10.2307/333368doi:10.2307/333368, consultado em 26 de março de 2008.
  • Rock, David (1985), Argentina, 1516–1982: From Spanish Colonization to the Falklands WarISBN 0-520-05189-0, Berkeley: University of California Press.
  • Ross, Kathleen (2003), «Translator's Introduction», in: Domingo Faustino Sarmiento, Facundo: Civilization and Barbarism, Berkeley, CA: University of California Press, pp. 17–26.
  • Sarmiento, Domingo Faustino (2005), Recollections of a Provincial PastISBN 0-19-511369-1, ??: Library of Latin America, Oxford University Press. Trans. by Elizabeth Garrels and Asa Zatz.
  • Sarmiento, Domingo Faustino (2003), Facundo: Civilization and BarbarismISBN 0520239806, Berkeley, CA: University of California Press (publicado em 1845)

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