quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Edelmiro Julián Farrell (Avellaneda, 12 de agosto de 1887 — Buenos Aires, 31 de outubro de 1980)

 Edelmiro Julián Farrell (Avellaneda12 de agosto de 1887 — Buenos Aires31 de outubro de 1980)


Edelmiro Julián Farrell
Edelmiro Julián Farrell
25° Presidente da Argentina
Período25 de fevereiro de 1944
4 de junho de 1946
Vice-presidente Juan Domingo Perón
Juan Pistarini [nota 1]
Antecessor(a)Pedro Pablo Ramírez
Sucessor(a)Juan Domingo Perón
19.º  Vice-presidente da Argentina
Período15 de outubro de 1943
25 de fevereiro de 1944
Presidente Pedro Pablo Ramírez
Antecessor(a)Sabá H. Sueyro
Sucessor(a)Juan Domingo Perón
Ministro da Guerra da Argentina
Período7 de julho de 1943
24 de fevereiro de 1944
PresidentePedro Pablo Ramírez
Antecessor(a)Pedro Pablo Ramírez
Sucessor(a)Juan Domingo Perón
Dados pessoais
Nome completoEdelmiro Julián Farrell Plaul[1]
Nascimento12 de agosto de 1887
AvellanedaProvíncia de Buenos AiresArgentina
Morte31 de outubro de 1980 (93 anos)
Buenos AiresArgentina
NacionalidadeArgentino
Primeira-damaConrada Victoria Torni Carpani[1]
ProfissãoMilitar

Edelmiro Julián Farrell (Avellaneda12 de agosto de 1887 — Buenos Aires31 de outubro de 1980),[1] militar, foi presidente de facto da Argentina entre 25 de fevereiro de 1944 e 4 de junho de 1946.[2]

Enfraquecimento político

No início de seu mandato Juan Domingo Perón é nomeado seu Ministro da Guerra e em 7 de junho de 1944, é nomeado vice-presidente, acumulando ambas as funções. Farrell mantém a participação dos nacionalistas no governo, gerando oposição dos partidos tradicionais, jornais, universidades e da comunidade empresarial. Pressionado pelos Estados Unidos, declara guerra à Alemanha e ao Japão em fevereiro de 1945.

Seu governo fica enfraquecido e Farrell é pressionado a convocar novas eleições. O vice-presidente Perón fica em evidência e estabelece diálogo com várias forças políticas, sociais e econômicas, citando em seus discursos uma maior justiça social e um militarismo menos moralista. Cria a Justiça do Trabalho, unificando o sistema de pensões e estabelecendo bônus para os trabalhadores.[2]

Início do "Peronismo"

Em meados de 1945, os acontecimentos políticos são precipitados. É nomeado um novo embaixador dos Estados Unidos, Spruille Braden, que fortalece a opinião liberal no país. No entanto, setores do Exército contrários às ideias liberais de Perón, o obrigam a renunciar em 9 de outubro de 1945, assumindo a vice-presidência Juan Pistarini. Perón é detido e levado para a Ilha Martín García, onde fica até 17 de outubro. Nesse período acontece na Argentina uma das maiores manifestações na história na Praça de Maio, quando milhares de trabalhadores mobilizam-se para exigir a liberdade de Perón. Este evento ficaria conhecido como o "Dia da Lealdade", dando origem ao peronismo.[3] Os eventos culminam com a saída de Perón do Hospital Militar para a Casa Rosada onde, a partir de seus balcões, dirige-se à multidão que clamou por sua libertação.

Nas eleições de 24 de fevereiro de 1946, Peron e seu vice Juan Hortensio Quijano vencem com ampla vantagem os candidatos da União Democrática formados por radicais, socialistas, democratas, conservadores e comunistas. Farrell deixou a presidência oficialmente em 4 de junho de 1946, quando Perón assumiu o cargo.[2]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c «Edelmiro Julián Farrell Plaul» (em espanhol). Genealogía Familiar. Consultado em 17 de agosto de 2015
  2. ↑ Ir para:a b c «Galeria de presidentes» (em espanhol). Presidencia de la Nación Argentina. Consultado em 4 de abril de 2015
  3.  «Dia da Lealdade, na Argentina» (em espanhol). Voces del Sur. Consultado em 17 de agosto de 2015

Notas

  1.  Assumiu a vice-presidência depois da renúncia e prisão de Perón em 9 de outubro de 1945

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