terça-feira, 22 de novembro de 2022

Franjo Tuđman (Veliko Trgovišće, 14 de maio de 1922 — Zagreb, 10 de dezembro de 1999)

 Franjo Tuđman (Veliko Trgovišće,  14 de maio de 1922 — Zagreb10 de dezembro de  1999


Franjo Tuđman
Franjo Tuđman
1.°  Presidente da Croácia
Período30 de maio de 1990
10 de dezembro de 1999
Sucessor(a) Vlatko Pavletić
Dados pessoais
Nascimento14 de maio de 1922
Veliko Trgovišće, Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos
Morte10 de dezembro de 1999 (77 anos)
ZagrebCroácia
Cônjuge Ankica Tuđman
PartidoUnião Democrática Croata (HDZ)

Franjo Tuđman (Veliko Trgovišće, 14 de maio de 1922 — Zagreb10 de dezembro de 1999) foi um historiador, escritor e político croata. Foi o primeiro presidente da Croácia após a independência do país de 1990 até 1999, ano de sua morte. O presidente sérvio, Slobodan Milošević e Franjo Tudjman da Croácia, foram os principais arquitetos da dissolução da Iugoslávia e o ressurgimento do nacionalismo nos Bálcãs.[1] Governou de 1990 até à sua morte, em 10 de dezembro de 1999. Por suas contribuições para a independência da Croácia é chamado de o "Pai da Croácia".[2]

Biografia

Aos 19 anos ingressou na guerrilha antifascista de Josip Broz Tito, depois da guerra, foi o mais jovem general do Exército Popular da Iugoslávia com apenas 23 anos. Defendia posições croatas ultranacionalistas após a morte de Tito (1980) e, em 1990 e liderou um partido chamado Hrvatska Demokratska Zajednica - HDZ (União Democrática Croata) - que por sua vez, era a ponta do movimento de independência da Croácia no final século XX. A HDZ conseguiu reunir a maioria do povo croata da Croácia e na Bósnia e Herzegovina, nas primeiras eleições democráticas, logo após a queda do comunismo na República Socialista Federativa da Iugoslávia. Seu objetivo é cristalizado em 30 de maio de 1990 através de um referendo nacional para a independência da Croácia.

Antes de reaparecer no cenário político da antiga Iugoslávia como líder da HDZ, era um dissidente político para suas ideias nacionalistas.

O túmulo de Tudjman, outubro de 2005

Suas posições nacionalistas e separatistas o levou à presidência da Croácia e a independência desse país. Parou habilmente o exército iugoslavo (JNA), na Croácia, que era muito superior em armas, com a combinação de armistício e de defesa do território do país. Depois que as forças internacionais da UNPROFOR finalmente interpuseram-se entre o Estado auto-proclamado sérvio na Croácia e as forças da Croácia, Franjo Tudjman decidiu organizar e armar o Exército Croata (HV), preparando-se para as operações Bljesak y Oluja de 1995, com a qual recuperou a integridade territorial do país. Foi investigado por crimes contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia acusado de limpeza étnica contra a população sérvia da Krajina.

Segundo o historiador belga Michel Collon, Tudjman era "um racista que ativamente espalhou o ódio étnico e pregou a fragmentação da Iugoslávia".[3] Seus detratores, como seu sucessor a presidente da Croácia, Stjepan Mesić, acusou-o de não entender a situação na Bósnia e Herzegovina e a situação nacional dos bósnios muçulmanos. Parece que Tudjman contava este grupo como parte integrante do povo croata, considerando-os "croatas da religião islâmica", como aconteceu durante o mandato na Bósnia pelos Ustashas durante a Segunda Guerra Mundial. Estes e outros erros de cálculo de sua parte causaram uma guerra entre os bósnios croatas dirigidos a partir de Zagreb (os croatas da Bósnia e Herzegovina) e os bósnios durante a Guerra da Bósnia. Os bósnios muçulmanos não queriam que nenhuma parte da Bósnia e Herzegovina fosse separada e anexada à Croácia. Outros o acusam de ter negociado diretamente com Slobodan Milošević, através do Acordo Karadjordjevo, a divisão da Bósnia e Herzegovina entre a Croácia e a Sérvia, com base em alguns documentos visuais.[4]

Morreu de câncer em 1999. Com sua morte, se produziu a ascensão ao poder de posturas mais moderadas, benéficas para a integração étnica e celebradas pelo resto dos estados balcânicos.[5]

Ver também

Referências

  1.  Encyclopédie Universalis 2008 aricle Franjo tudjman
  2.  http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/294990.stm
  3.  nodo50 «Las mentiras de la guerra de Yugoslavia Arquivado em 29 de dezembro de 2010, no Wayback Machine.» Consultado em 5 de agosto de 2010
  4.  El Mundo. El triunfo del Estado-nación.
  5.  Instituto del Tercer Mundo. Guía del mundo: el mundo visto desde el Sur. IEPALA Editorial, 2001. ISBN 9974574307, pág. 154

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