domingo, 20 de novembro de 2022

Marien Ngouabi (Ombellé, 31 de dezembro de 1938 - Brazzaville, 18 de março de 1977)

 Marien Ngouabi ( Ombellé31 de dezembro de 1938 -  Brazzaville18 de março de 1977)


Marien Ngouabi
4º Presidente da República do Congo
Período1 de janeiro de 1969
18 de março de 1977
Antecessor(a)Alfred Raoul
Sucessor(a)Joachim Yhombi-Opango
Dados pessoais
Nome completoMarien Ngouabi
Nascimento31 de dezembro de 1938
OmbelléFlag of France.svg África Equatorial Francesa
Morte18 de março de 1977 (38 anos)
BrazzavilleRepública do Congo
PartidoPCT
ProfissãoMilitar e político

Marien Ngouabi (Ombellé31 de dezembro de 1938 - Brazzaville18 de março de 1977) foi um político e militar congolês, que foi o quarto presidente da República do Congo (também chamada Congo-Brazzaville). Governou o país entre 1969 e 1977, quando morreu.

Biografia

Filho de camponeses, Ngouabi estudou na escola primária de Owando e, em 1953, ingressou na École des Enfants de Troupes Général Leclerc, na capital Brazzaville.

Serviu no Exército de Camarões entre 1958 e 1960, quando foi para a Escola Militar Obrigatória de Estrasburgo, na França,[1] voltando ao Congo em 1962. No ano seguinte, foi promovido a tenente.

Chegada ao poder

Em 1968, Ngouabi, que fora rebaixado a soldado de segunda classe 3 anos antes, lidera um golpe de Estado que resulta na queda do presidente Alphonse Massamba-Délbat. Cria, em agosto, o Conselho Nacional Revolucionário, tendo Alfred Raoul como presidente-interino. Em janeiro de 1969, Ngouabi, aos trinta anos de idade, assume o poder[2] e, no ano seguinte, muda o nome oficial do país, que passaria a se chamar República Popular do Congo, que seria o primeiro país comunista da África. O Partido Congolês dos Trabalhadores, criado pelo novo presidente, seria o único legalizado.

Em 1972, sufoca uma tentativa de golpe e condena o ex-tenente paraquedista Pierre Xitonga à morte juntamente com os outros integrantes da revolta. O ex-ministro da Defesa, Augustin Poignet, foi o único a escapar da pena. Falava-se de que a França, ex-metrópole colonizadora da República do Congo, pressionava o presidente Ngouabi para que anexasse a província angolana de Cabinda, rica em petróleo, mas a recusa fez com que o país perdesse o apoio financeiro francês, e seria, inclusive, um dos motivos para seu assassinato.

Morte

Em março de 1977, Ngouabi recebeu uma carta do seu antecessor, Alphonse Massamba-Délbat, pedindo para que renunciasse ao cargo, uma vez que a situação do país piorava. No dia 18, encontrava-se na Faculdade de Ciências da Universidade de Brazzaville, onde era professor do primeiro ano. De volta ao gabinete, recebeu Délbat e o cardeal Émile Biayenda.

Às 14:30 da tarde, um grupo armado inicia um tiroteio e Ngouabi, atingido por vários disparos,[3] foi levado ao Hospital Militar de Brazzaville, porém sua morte foi confirmada pouco depois. Após o falecimento do presidente, uma Junta Militar foi instalada, com Joachim Yhombi-Opango exercendo o cargo interinamente. Um dia depois, a Junta denunciou que o capitão Bartholomew Kikadidi era o responsável pelo assassinato de Ngouabi. Vários envolvidos no crime, entre eles o ex-presidente Délbat, foram condenados à morte ou prisão perpétua.

Homenagens

A maior e mais prestigiosa universidade brazavile-congolesa, a Universidade Marien Ngouabi, o homenageia.[4]

Referências

  1.  «Liste des présidents de la République du Congo Brazzaville». Consulado Geral do Congo em Túnis. Consultado em 17 de agosto de 2014
  2.  «Liste des présidents de la République du Congo Brazzaville». congagora.org. Consultado em 14 de março de 2008. Arquivado do original em 14 de março de 2008
  3.  «DOSSIER DE DIGITAL CAFE». congagora.org. Consultado em 14 de fevereiro de 2008
  4.  History. Universidade Marien Ngouabi. 2020.

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