quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Shukri al-Quwatli (1891 – 30 de Junho de 1967; em árabe: شكري القوتلي, em turco: Şükrü el Kuvvetli)

 Shukri al-Quwatli (1891 – 30 de Junho de 1967; em árabeشكري القوتلي, em turcoŞükrü el Kuvvetli


Shukri al-Quwatli
شكري القوتلي
1.º  Presidente da Síria
Período17 de Agosto de 1943
a 22 de Fevereiro de 1958
Antecessor(a)Hashim al-Atassi
Sucessor(a)Gamal Abdel Nasser (República Árabe Unida)
Período6 de Setembro de 1955
a 22 de Fevereiro de 1958
Dados pessoais
Nascimento1891
DamascoVilayet da SíriaImpério Otomano
Morte30 de junho de 1967 (76 anos)
BeiruteLíbano
PartidoBloco Nacional (até 1947)
Partido Nacional (a partir de 1947)
ReligiãoSunismo

Shukri al-Quwatli (1891 – 30 de Junho de 1967; em árabeشكري القوتلي, em turcoŞükrü el Kuvvetli) foi o primeiro presidente da Síria a seguir à independência.[1][2] Iniciou a sua carreira como dissidente e defendendo a unidade e a independência dos territórios árabes do Império Otomano, sendo preso e torturado pelo seu activismo. Quando o Reino da Síria foi estabelecido, Quwatli tornou-se oficial do governo, apesar de estar desiludido com a monarquia, e ajudou a fundar o Partido Independente republicano. Quwatli foi de imediato condenado à morte pelos franceses que tomaram o controlo da Síria em 1920. Depois, foi viver para o Cairo onde foi como embaixador-chefe do Congresso Sírio-Palestiniano, estabelecendo fortes relações com a Arábia Saudita. Utilizou estas ligações para ajudar a financiar a Grande Revolta Síria (1925–1927). Em 1930, as autoridades francesas perdoaram Quwatli e, daí para a frente, regressou à Síria, onde, de forma gradual, se foi tornando um dos líderes principais do Bloco Nacional. Shukri al-Quwatli foi eleito Presidente da Síria em 1943 e supervisionou a independência do país três anos mais tarde.

Quwatli foi reeleito em 1948, mas foi derrubado por um golpe militar em 1949. Passou então para o exílio no Egipto, só regressando à Síria em 1955 para participar nas eleições presidenciais, as quais ganhou. Com presidência conservadora em simultâneo com um governo de tendência esquerdista, Quwatli adoptou oficialmente uma posição neutra durante a Guerra Fria. Após o seu pedido de ajuda aos Estados Unidos ter sido recusado, aproximou-se do Bloco do Leste. Quwatli também iniciou conversações com o Egipto e a Arábia Saudita com vista ao estabelecimento de um acordo de defesa, para fazer frente ao Pacto de Bagdad. Em 1957, Quwatli, o qual os Estados Unidos e os países do Pacto tentaram derrubar, tentou conter a maré esquerdista na Síria, mas sem sucesso. Por esta altura, a sua autoridade política estava em baixa pois os militares passaram por cima da jurisdição de Quwatli ao, de forma independente, entrarem em diálogo directo com o antigo aliado de Quwatli, o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser.

Após meses de conversações, em 1958, Quwatli fundiu a Síria com o Egipto para formar a República Árabe Unida e abdicou do cargo de presidente para dar o lugar a Nasser. Como agradecimento, Nasser entregou a Quwatli o título honorário de "Primeiro Cidadão Árabe". Contudo, Quwatli tornou-se crescentemente descontente com a união, crendo que a Síria passou a ser um Estado policial subordinado ao Egipto. Em 1961, apoiou a sucessão da Síria, mas os planos para ele completar a sua presidência não se materializaram. Quwatli deixou a Síria na sequeência do golpe de Estado de 1963, e morreu de ataque cardíaco, no Líbano, semanas depois da derrota da Síria na Guerra dos Seis Dias em 1967. Foi sepultado em Damasco no dia 1 de Julho.

Referências

Bibliografia

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