Manuel Eufrásio Correia, nascido a 16 de agosto de 1839, em Paranaguá, era filho do coronel Manoel Francisco Correia e de Joaquina Assumpção Correia e tio de Ildefonso Correia, o Barão do Serro Azul. Fez os estudos primários em Paranaguá e transferiu-se para Recife, onde ingressou na Faculdade de Direito em 1858. Após a conclusão do curso, instalou-se em Curitiba onde passou a exercer a advocacia. Foi delegado de polícia, promotor público, primeiro suplente de juiz municipal em Paranaguá, inspetor do Tesouro Provincial e chefe de polícia do estado de Santa Catarina. Chefe do Partido Conservador no Paraná e colaborador do jornal Gazeta Paranaense, órgão de imprensa dos conservadores. Convidado pelo Barão de Cotegipe para ser Chefe de Gabinete Imperial, optou por ser presidente da província de Pernambuco, onde faleceu em 4 de fevereiro de 1888.
Seu nome foi dado ao antigo Campo do Schmidlin, também conhecido como Largo da Estação, em virtude da sua proximidade com a Estação Ferroviária. O local se revestiu de importância nas primeiras décadas do século XX por ser a porta de entrada para todo aquele que chegasse a Curitiba vindo de trem. A praça foi cercada, recebeu luz elétrica e sediou a exposição de produtos agrícolas de 1903. Reformulada em 1915 pelo prefeito Cândido de Abreu, a praça recebeu nova arborização, bem como luminárias em ferro fundido e um chafariz ornado por uma ninfa de bronze trazida de Paris. Todo o ambiente compreendido pela praça é composto por bens tombados: sobrados laterais, prédio da Câmara Municipal de Curitiba (Palácio Rio Branco), antigo estacionamento dos bondes, Casa Emilio Romani e Estação Ferroviária. Ao lado da Praça Carlos Gomes, a Praça Eufrásio Correia é o único espaço público reformulado por Cândido de Abreu que preserva as características de época.
Fontes:
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC)
Biobibliografia da Academia Paranaense de Letras (Túlio Vargas, Valério Hoerner Jr. E Wilson Bóia, 2006, pág. 83
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