sexta-feira, 18 de novembro de 2022

José María Dionisio Melo y Ortiz (Chaparral, 9 de outubro de 1800 – La Trinitaria, 1 de junho de 1860)

 José María Dionisio Melo y Ortiz (Chaparral 9 de outubro de 1800 – La Trinitaria1 de junho de 1860)


José María Melo
José María Melo
Presidente da Flag of New Granada.svg  República de Nova Granada
Período17 de abril de 1854 - 4 de dezembro de 1854
Antecessor(a) José María Obando
Sucessor(a)José de Obaldía
Dados pessoais
Nascimento9 de outubro de 1800
ChaparralColômbia
Morte1 de junho de 1860 (59 anos)
La Trinitaria México
Primeira-damaJuliana Granados
PartidoPartido Liberal
ProfissãoPolítico
Militar

José María Dionisio Melo y Ortiz (Chaparral9 de outubro de 1800 – La Trinitaria1 de junho de 1860) foi um político colombiano.[1]  Ocupou o cargo de presidente de seu país entre 17 de abril de 1854 e 4 de dezembro de 1854.[2][3][4]

Bolivariano

Melo era de ascendencia indígena. Ingressou no Exercito Libertador em 1819; participou na Batalha de Ayacucho. Em 1830 com outros militares partidarios de Bolívar foi deportado a Venezuela.[5] Em 1835 participou com vários oficiales venezuelanos na Revolução das Reformas, para exigir a reconstituição da Grã-Colômbia. Desterrado novamente, este na Europa e estudou na Academia Militar de Bremen. Se interessou pelas ideias socialistas. Retornou à Nova Granada em 1840 pela amnistia aos oficiais bolivarianos. Em 27 de maio de 1847 foi reincorporado ao Novo Exército de Granada novamente no posto de Coronel.[4]

Sociedades Democráticas

Participou da fundação das Sociedades Democráticas organizadas pelos artesãos e por intelectuais socialistas influenciados por Saint-Simon e Fourier e Louis Blanc, opostas al Tratado de Paz, Amizade, Navegação e Comércio com os Estados Unidos, assinado e aprovado durante o governo de Tomás Cipriano de Mosquera, e que apoiaram em 1849 a candidatura presidencial de José Hilario López, que foi eleito presidente.[6][7]

Debido a abolição da escravidão pela lei em 1851, os escravistas e conservadores dirigidos por Julio Arboleda declararam a guerra civil. López chamou Melo, e o promoveu a general, encontrando grande aceitação nas tropas, organizou com os artesãos três mil voluntários das Milícias Democráticas para fortalecer a Guarda Nacional e conseguiu derrotar os rebeldes da Guasca,[8] em quanto as tropas de José María Obando os derrotou em Pasto,[9] com ainda das milicias dos artesãos de Cali.[10]

As Sociedades Democráticas apoiaram a candidatura de Obando à presidencia e também venceu, mas seus opositores liberais "gólgotas"e conservadores conseguiram maioria no Congresso e bloquearam o governo. Em janeiro de 1854 os artesãos conformaram a Junta Democrático Central, presidida por Francisco Antonio Obregón,[11] e da que era integrante Melo, para coordenar a mobilização de todas as Sociedades Democráticas do país..[12] Apresentaram em março um projeto de lei para a criação de um banco Nacional de promoção da indústria, para a criação de uma Oficina Nacional e para proteger o trabalho dos artesõ ãos, mas não foi aprovado.

Guerra civil de 1854

Em 17 de abril de 1854, os artesãos mobilizados e organizados em milícias exigiam que Obando fechasse o Congresso, diante do comportamento dos deputados, e convocasse uma Assembleia Constituinte. Obando preferiu renunciar, porem as Sociedades Democráticas nomearam a Melo, que era comandante das Forças Armadas de Cundinamarca e integrante da Junta Central Democrática, como presidente e como jefe supremo do Governo Provisorio, encarregado de convocar a Constituinte.

O Governo Provisorio, impulsionado pelas demandas dos artesãos, conseguiu permanecer no poder entre 17 de abril e 4 de dezembro de 1854. Com a ajuda das Sociedades Democráticas, organizou suas forças no chamado "Exército Regenerador", convocando serviço a todos os civis integrantes da Guarda Nacional Auxiliar e aos veteranos que lutaram na guerra civil de 1851. Em meados de maio já havia dobrado o número de suas tropas.[13] No entanto, Tomás Cipriano de Mosquera organizou, financiou e dirigiu o exército do Norte contra Melo que marchou desde Barranquilla. José Hilario López comandou o exército do sul, que derrotou os artesãos em Cali e viajou de Cauca, e Huila, e Joaquín París Ricaurte comandou a divisão Alta Magdalena que com tropas de Antioqueña cruzou o rio Magdalena por Honda (Tolima) e se juntou às tropas de Julio Arboleda, que ocupavam a região de Guaduas. Os três exércitos se juntaram vencedores em Bogotá.

Em Centroamérica e México

Melo foi desterrado a Panamá, mas viajou a Nicarágua a apoiar as tropas Centroamericanas contra a invasão estadounidense. Depois de trabalhar em El Salvador, decidiu ir como voluntário à Guerra da Reforma no México, onde lutou em defesa do governo de Benito Juárez. Em 1 de junho de 1860, quando um destacamento juarista repousava na fazenda Juncaná, em Chiapas, foi surpreendido e atacado, resultando ferido. Foi fusilado.[4][5][14]

Referências

  1.  Ortiz Vidales, Darío 1980: José María Melo: la razón de un rebelde. Tercera Edición, Editorial Producciones Géminis, Ibagué, 2002
  2.  Lucía Sala de Touron, "Democracia en America Latina: liberales, radicales y artesanos a mediados del siglo XIX," Secuencia 61(2005), 63
  3.  Vargas Martínez, Gustavo 1972: Colombia 1854: Melo, los Artesanos y el Socialismo. Editorial Oveja Negra. Bogotá
  4. ↑ Ir para:a b c Melo Salazar, Antonio (2020) «José María Dionisio Melo y Ortiz Una lucha que trasciende épocas». Tolimenses que dejan huella 6: 13-33. Universidad de Ibagué.
  5. ↑ Ir para:a b Tinjacá, Pedro Pablo. «El general José María Dionisio Melo y Ortiz»Academia Huilense de Historia. Consultado em 30 de novembro de 2021
  6.  Sowell, David (1999). «La Sociedad Democrática de Artesanos de Bogotá, 1847- 1854». In: Germán Mejía. Colombia en el siglo XIX. Bogotá: Planeta. pp. 189 a 216
  7.  Jaramillo Uribe, Jaime (1976). «Las sociedades democráticas de artesanos y la coyuntura política y social colombiana de 1848». Anuario Colombiano de Historia Social y de la Cultura 8: 5-18.
  8.  Gaviria Liévano, Enrique (2002). El liberalismo y la insurrección de los artesanos contra el librecambio. Bogotá: Universidad Jorge Tadeo Lozano. p. 164-165. ISBN 958-9029-49-3
  9.  Loaiza Cano, Gilberto (2011). Sociabilidad, religión y política en la definición de la nación Colombia, 1820-1886. Bogotá: Universidad Externado de Colombia
  10.  Jurado Jurado, Juan Carlos (2011). «La participación del pueblo liberal en la guerra civil de 1851: La ciudadanía en armas». Análisis Político24 (71). Bogotá: Instituto de Estudios Políticos y Relaciones Internacionales (IEPRI), Universidad Nacional de Colombia. pp. 3–28. ISSN 0121-4705
  11.  «Francisco Antonio Obregón Muñoz»Gran Enciclopedia de Colombia del Círculo de Lectores. Consultado em 23 de novembro de 2021
  12.  Fals Borda, Orlando (1981). «Con el general Melo. La contrarrevolución». Historia doble de la Costa. II El presidente Nieto. Bogotá: Valencia Editores. pp. 117A–119A. ISBN 84-8277-032-2
  13.  Restrepo, José Manuel (1954) Diario político y militar Bogotá: Imprenta Nacional, páginas: 391, 394.
  14.  Vargas Martínez, Gustavo (1991). «El asesinato de José María Melo en 1860»Credencial Historia14

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