quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Juan Domingo Perón (Lobos, 8 de outubro de 1895 – Buenos Aires, 1 de julho de 1974)

 Juan Domingo Perón (Lobos8 de outubro de 1895 –  Buenos Aires1 de julho de 1974


Juan Domingo Perón
Juan Domingo Perón
26.° e 37.° Presidente da Argentina
Período4 de junho de 1946
21 de setembro de 1955
Vice-presidenteHortensio Quijano
Antecessor(a)Edelmiro Julián Farrell
Sucessor(a)José Domingo Molina Gómez
37.º  Presidente da Argentina
Período12 de outubro de 1973
1 de julho de 1974
Vice-presidenteMaría Estela Martínez de Perón
Antecessor(a)Raúl Alberto Lastiri
Sucessor(a)María Estela Martínez de Perón
20.º Vice-presidente da Argentina
Período8 de julho de 1944
10 de outubro de 1945
PresidenteEdelmiro Julián Farrell
Antecessor(a)Edelmiro Julián Farrell
Sucessor(a)Juan Pistarini
1.º Presidente do Partido Justicialista
Período21 de novembro de 1946
1 de julho de 1974
Antecessor(a)cargo criado
Sucessor(a)María Estela Martínez de Perón
Secretário de Trabalho e Previsão da Argentina
Período1 de dezembro de 1943
10 de outubro de 1945
PresidentePedro Pablo Ramírez
Edelmiro Julián Farrell
Antecessor(a)Cargo criado
Sucessor(a)Domingo Mercante
Ministro da Guerra da Argentina
Período26 de dezembro de 1944
8 de outubro de 1945
PresidenteEdelmiro Julián Farrell
Antecessor(a)Edelmiro Julián Farrell
Sucessor(a)Eduardo Ávalos
Dados pessoais
Nascimento8 de outubro de 1895
LobosArgentina
Morte1 de julho de 1974 (78 anos)
OlivosArgentina
Nacionalidadeargentino
CônjugeAurelia Tizón (c. 1929; m. 1938)
Eva Duarte (c. 1945; m. 1952)
Isabel Martínez Cartas (c. 1961; m. 1974)
PartidoPartido Trabalhista (1945-1946)
Partido Justicialista (1946-1974)
Religiãocatólico
Profissãomilitar
AssinaturaAssinatura de Juan Domingo Perón
Serviço militar
Lealdade Argentina
Serviço/ramoExército Argentino
Anos de serviço1916–1945
GraduaçãoTenente-general

Juan Domingo Perón (Lobos8 de outubro de 1895 – Buenos Aires1 de julho de 1974) foi um militar e político argentino,[1] e presidente da Argentina por três mandatos: de 1946 a 1952,[2] de 1952 a 1955[3] e de 1973 a 1974.[4]

Infância e juventude

Filho de Mario Tomás Perón, pequeno fazendeiro e Juana Sosa, e neto de um dos médicos mais famosos do seu tempo, Professor Thomas L. Peron, Juan Domingo Perón provém de família parte sarda, parte espanhola.

Sua infância e juventude viveu nos pampas de Buenos Aires e nas planícies do sul da Patagônia argentina, para onde seus pais se mudaram em 1899 em busca de trabalho.[carece de fontes]

Perón quis ser médico como seu avô, mas em 1911 ingressou no Colégio Militar Nacional, localizado perto de Buenos Aires, graduando-se como segundo tenente de infantaria em 1913.[5]

Vida militar

Como um jovem oficial que ocupou várias atribuições militares no país, enquanto ascendia em sua carreira. Dada a patente de capitão escreveu vários artigos: "Militar Moral"," Higiene Militar", "Campanha de Alto Peru", "A Frente Leste da Primeira Guerra Mundial de 1914" e "Estudos Estratégicos", que foram adotados como livros didáticos nas escolas do Exército.

Em 1930 já era membro do Estado Maior do Exército e Professor de "História Militar" na Escola Superior de Guerra. Ele continuou a publicar textos militares e escreveu um estudo sobre a língua dos índios araucanos originários da região da Patagônia em "Toponímia Patagônica da Etimologia Araucana" (1935).[6] Em 1936, com patente de major do Exército, foi nomeado adido militar na Embaixada da Argentina na República do Chile e no mesmo ano subiu para o posto de tenente-coronel.[carece de fontes] Em 1937 ele publicou o estudo "pensamento estratégico e operacional da ideia de San Martín na campanha da Cordilheira dos Andes." Em 1939 ele se juntou à missão de estudo no estrangeiro que o Exército argentino enviou para a Europa, com sede em Itália. Ele se especializou em infantaria em regiões de montanha. De volta em 1940, logo após a turnê Espanha, Alemanha, Hungria, França, Iugoslávia e Albânia, ele foi designado para o Centro de Treinamento em Montanha (em Mendoza) e em 1941 foi promovido a Coronel. A partir de 1943, sua vida militar começa a dar lugar à vida política, função exercida até sua morte.[carece de fontes]

Casamentos

Em 1929, Perón casou-se pela primeira vez com Aurélia Tizón [es], que morreu em 1937 ainda jovem, vítima de cancro no útero.[1][7]

O seu segundo casamento durou sete anos, de 1945 a 1952, com Eva Perón, mais conhecida como Evita. Eles também tentaram ter filhos, mas a esposa não conseguiu engravidar e, assim como Aurélia, também morreu de câncer de útero, com 33 anos.[1]

Em 1961 casou-se pela terceira vez, agora com Maria Estela Martínez, mais conhecida como Isabelita Perón. O matrimônio durou treze anos. Juan também tentou novamente ser pai, mas a esposa não conseguiu engravidar. A união durou até sua morte, em 1974. Sua esposa o sucedeu na presidência da Argentina até 1976.

Vida política

Secretário do Trabalho e Segurança Social

Em dezembro de 1943, foi nomeado Secretário do Trabalho e Segurança Social. Com o apoio do movimento sindical começou a desenvolver uma política ativa de proteção dos trabalhadores: eles criaram os tribunais trabalhistas, o decreto 33 302/43 foi aprovada estender a todos os trabalhadores verbas rescisórias, mais de dois milhões de pessoas beneficiadas para estender o sistema de aposentadoria, foi criado Hospital Policlínica para os trabalhadores da estrada de ferro, e as escolas técnicas foram estabelecidas visando trabalhadores. Aos poucos, ganhou respeito e notoriedade, aumentando sua popularidade e autoridade, especialmente pelo apoio que recebeu de trabalhadores precários chamados "descamisados".[1]

No dia 9 de outubro de 1945, Perón foi destituído do seu cargo por um golpe civil e militar que o pôs na cadeia, provocando uma crise no governo. Eva Duarte e líderes sindicalistas reuniram os trabalhadores da grande Buenos Aires e exigiram a sua libertação. Diante da enorme multidão, os militares não tiveram outra opção senão libertar Perón no dia 17 de outubro do mesmo ano.[8] Neste dia, Perón discursou para 300 mil pessoas e as suas palavras foram retransmitidas pelo rádio para todo o país. No seu discurso prometeu ao povo argentino a realização de eleições que estavam pendentes e construir uma nação forte e justa. Dias depois, casou-se com Evita (como era popularmente chamada Eva Duarte), que o ajudou a dirigir o país nos anos que se seguiram.[8]

Primeiro mandato de Perón, 1946-1952

Juan Domingo Perón na Casa Rosada.

Em 1946 a candidatura formada por Perón e Quijano ganhou as eleições de 1946 com 52,4% dos votos, exerceu o seu mandato durante 6 anos.[1] Ao início do mandato, o novo governo herdou uma grande quantidade de reservas internacionais, mas uma economia interna descapitalizada.[9] Seus objetivos eram aumentar o emprego e crescimento econômico, a soberania nacional e da justiça social. Ele nacionalizou os bancos e ferrovias, o Banco Central e algumas companhias de eletricidade, a indústria cresceu e as importações foram regularizadas.

Internacionalmente, declarou uma "terceira via" entre as potências da Guerra Fria e tinha boas relações diplomáticas com ambos os Estados Unidos e a União Soviética.[1]

No campo trabalhista, assim como Getúlio Vargas e outros líderes, concedeu vários benefícios aos trabalhadores, como por exemplo: aumento do salário mínimo, 13º salário , folgas semanais, redução da jornada de trabalho,[1] aposentadoria, férias remuneradas, seguro médico e cobertura para os acidentes de trabalho. Porém tudo sem gerar receita.[8][5] Nesse contexto, os salários aumentaram e o desemprego diminuiu. Porém o "milagre" duraria pouco.

Com o aumento no salário houve um grande aumento no consumo: as vendas de fogões aumentaram 106%, de geladeiras 218%, de calçados 133%, de discos fonográficos 200% e de rádios 600%, incentivadas por programas redistributivos do governo e de crédito barato.[1][10] Entre 1945 e 1948, a economia cresceu a um recorde de 8,5% ao ano, enquanto os salários reais cresceram 46%.

Retrato del Presidente Juan Domingo Perón y su señora esposa María Eva Duarte de Perón, obra de Numa Ayrinhac, 1948

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Em 1951, Perón anunciou que a Argentina teria descoberto uma maneira de produzir fusão nuclear, algo sem paralelo.[11][12] À época, somente os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Soviética tinham obtido êxito, e ainda assim mediante fissão nuclear.[11] O dirigente do projeto era o alemão Ronald Richter. Houve interesse manifestado na imprensa mundial, embora com ceticismo por parte dos americanos e da comunidade de físicos.[11] Após certo tempo, ficou evidente que as alegações eram espúrias, e o interesse mundial que havia sido despertado se foi.[13] Entretanto, após o aumento dos gastos públicos, o custo da previdência em 5 anos cresceu de 19% do PNB para 29%. O Estado cresceu imensamente. A inflação se descontrolou, acabaram-se as reservas de moeda do governo e a agricultura, setor exportador que sustentava o país, ficou descapitalizada com os súbitos encargos trabalhistas. Houve excessos de seus seguidores, que invadiram o Jockey Club de Buenos Aires, queimaram a biblioteca e a pinacoteca. Igrejas católicas foram destruídas.[14] Diante disso, Perón foi deposto, e o novo governo investigou Richter quanto aos custos alocados para o projeto, tendo sido ele preso ao final.[13] Documentos secretos britânicos desclassificados 30 anos após, em 1983, revelaram que Perón havia considerado invadir as ilhas Malvinas em 1951, possivelmente devido à sua confiança de que a Argentina seria o primeiro país a explorar a energia atômica para fins industriais.[13] Até hoje, não foi obtido meio de controlar a fusão nuclear para produção de energia com fins pacíficos, em escala industrial (ver bomba de hidrogênio).

Em 1952, o governo peronista decide pagar totalmente a dívida, o país devedor de $ 12 500 milhões tornou-se um credor de mais de $ 5 000 milhões.[10] Ele deu um forte impulso para a construção de novas agências e a expansão da rede ferroviária, que já contava em 1954, com mais de 120 000 km.[15]

Ele lançou o primeiro gasoduto que liga a cidade de Comodoro Rivadavia a Buenos Aires, com um comprimento de 1,6 mil km. Foi inaugurado em 29 de dezembro de 1949, o primeiro de seu tipo na América do Sul e o maior do mundo de seu tempo.[16]

Após as eleições de 1946, Evita começou a abrir a campanha para o sufrágio das mulheres, por meio de manifestações de mulheres e endereços de rádio. O projeto foi apresentado logo após Perón (1 de maio, 1946) assumir o governo. Em 1947, a lei foi aprovada reconhecendo o sufrágio das mulheres, e estabeleceu-se a igualdade de direitos políticos entre homens e mulheres.[17]

A política de saúde foi enfatizada, tornando-se obrigatória a vacinação. Em 1942, antes de assumir o governo, cerca de 6,5 milhões de pessoas tinham execução de abastecimento de 4 milhões de serviços de saneamento de água, e em 1955 os beneficiários eram 10 milhões e 5,5 milhões, respectivamente.

Segundo mandato de Perón, 1952-1955

Perón com a faixa presidencial argentina.

Perón foi reeleito em 1951, ganhou com 62% dos votos, momento em que modificou algumas de suas políticas. O segundo governo peronista foi caracterizada por um aprofundamento de políticas distributivas que caracterizaram o primeiro governo, dando maior ênfase à melhoria da educação e da saúde pública: a mortalidade infantil era de 80,1 por mil em 1943, caiu para 66,5 por mil em 1953 e a expectativa de vida aumentou de 61,7 anos para 66,5 anos em 1953. Lançou um programa de obras públicas, em 1952, cerca de 6,5 milhões de pessoas tinham abastecimento de água corrente e 4 milhões de serviços de esgoto, e em 1955 os beneficiários eram 10 milhões e 5,5 milhões, respectivamente.[carece de fontes] Evita morreu devido a um câncer de útero, aos 33 anos, em 1952. Em 1954 o Congresso aprovou uma emenda ao Código Civil que autoriza o divórcio, eliminando isenções fiscais para as instituições religiosas, a igualdade jurídica entre o homem e a mulher.

A 16 de junho de 1955 ocorreu um ataque das forças militares contra a Casa Rosada, que ficou conhecido como o Bombardeio da Praça de Maio. Forças da aviação naval e da aeronáutica bombardearam a sede do governo e a Praça de Mayo, onde aconteciam manifestações populares em apoio a Perón, causando a morte de mais de trezentas pessoas e ferimentos em cerca de oitocentas. Perón saiu ileso, pois não se encontrava na sede do governo no momento dos ataques.[18][19]

No dia 16 de setembro de 1955, teve início uma rebelião militar em Córdoba que resultou, ao meio-dia do dia 19, na renúncia de Perón. Perón teve que se exilar, fixando-se na Espanha — e mesmo no exílio continuou sendo popular para os argentinos.[20]

Exílio de Perón, 1955-1973

Em seguida, Perón se estabelece em Madrid, onde, em 1961, se casou novamente, com María Estela Martínez de Perón. Durante os seus 18 anos de exílio, Perón manteve sua influência política na Argentina. O regime militar do General Alejandro Lanusse (que tomou o poder em março de 1971) proclamou sua intenção de restaurar a democracia (no final de 1973) e permitir o restabelecimento dos partidos políticos, incluindo o partido peronista. O governo militar, liderado pelo general Lanusse, convocou eleições presidenciais para 11 de março de 1973, mas Perón não podia concorrer. O movimento peronista ganhou as eleições, com 49,59% dos votos, com a candidatura de Héctor José Cámpora a presidente e Vicente Solano Lima a vice-presidente, designados por Perón.[1] Perón regressa à Argentina, em 1973.

Terceiro mandato de Perón, 1973-1974

Uma vez no gabinete do presidente, Héctor Cámpora e o seu vice-presidente, Vicente Solano Lima, renunciaram e pediram novas eleições presidenciais, sem proibições, para 23 de setembro de 1973.[5] A candidatura do Movimento Peronista foi a do casal Perón-Perón (Juan Domingo Perón e a sua esposa, Isabel Martínez de Perón) ficando com a vitória, com mais de 60% dos votos.

Sua terceira gestão foi curta, Perón faleceu no dia 1º de julho de 1974. Isabel Perón - a quem os argentinos não tinham afeição - assumiu a presidência, mas foi destituída pelos militares em 1976. Seu corpo encontra-se sepultado no Museu Quinta 17 de OutubroBuenos Aires na Argentina.[21]


Precedido por
Edelmiro Julián Farrell
Presidente da Argentina
1946 - 1955
Sucedido por
José Domingo Molina Gómez
de facto
Precedido por
Raúl Alberto Lastiri
Presidente da Argentina
1973 - 1974
Sucedido por
Isabelita Perón

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e f g h i Christopher Minster. «Biography of Juan Peron». About.com. Consultado em 1 de julho de 2012
  2.  JUAN DOMINGO PERÓN-I (1946 - 1952)
  3.  JUAN DOMINGO PERÓN-II (1952 - 1955)
  4.  JUAN DOMINGO PERÓN (1973 - 1974)
  5. ↑ Ir para:a b c «Juan Domingo Perón - Biografia». Algo Sobre. Consultado em 1 de julho de 2012
  6.  «INSTITUTO NACIONAL JUAN DOMINGO PERON»www.jdperon.gov.ar. Consultado em 4 de janeiro de 2017
  7.  Thais Pacievitch (18 de julho de 2012). «Juan Domingo Perón». InfoEscola. Consultado em 1 de julho de 2012
  8. ↑ Ir para:a b c Thais Pacievitch (18 de julho de 2012). «Juan Domingo Perón». InfoEscola. Consultado em 1 de julho de 2012
  9.  Dias Fantinel, Vinícius (2009). «Argentina no Século XX: De Peron a Frondizi» (PDF). Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Consultado em 4 de janeiro de 2017
  10. ↑ Ir para:a b Gerchunoff, Pablo; Alejandro, Carlos Díaz (1 de janeiro de 1989). «Peronist Economic Policies, 1946–55». Palgrave Macmillan UK. The Political Economy of Argentina, 1946–83 (em inglês): 59–88. doi:10.1007/978-1-349-09511-7_4
  11. ↑ Ir para:a b c CRONICA DE UMA GUERRA SECRETA. NAZISMO NA AMERICA: A CONEXAO ARGENTINA - Sergio Correa da Costa - Livro. [S.l.: s.n.]
  12.  Um charlatão encanta o presidente: a lição argentina
  13. ↑ Ir para:a b c Information, Reed Business (3 de fevereiro de 1983). New Scientist (em inglês). [S.l.]: Reed Business Information
  14.  JOHNSON, Paul. "Tempos Modernos", 1994.
  15.  Ortiz, Ricardo M. (1 de janeiro de 1955). Historia económica de la Argentina, 1850-1930 (em espanhol). [S.l.]: Editorial Raigal
  16.  «Soldados Digital » El gran gasoducto»www.soldadosdigital.com. Consultado em 4 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 12 de janeiro de 2010
  17.  «Por qué se celebra hoy el Día Del Voto Femenino en Argentina»Terra
  18.  «Bombardeo del 16 de junio de 1955» (PDF) (em espanhol). Secretaría de Derechos Humanos. 2015. ISBN 9789871407880
  19.  «El Historiador :: Artículos :: 16 de septiembre de 1955 - Golpe autodenominado "Revolución Libertadora"»www.elhistoriador.com.ar. Consultado em 4 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 3 de maio de 2012
  20.  «El golpe del '55 en Mendoza»www.losandes.com.ar. 13 de setembro de 2015. Consultado em 4 de janeiro de 2017
  21.  «Juan Domingo Perón (1895 - 1974) - Find A Grave Memorial»www.findagrave.com. Consultado em 4 de janeiro de 2017

Bibliografia

  • da Costa, Sérgio Corrêa. "Crônica de uma guerra secreta. Nazismo na América: A conexão argentina". Editora Record, 2004.

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