quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Álvaro Obregón Salido (Navojoa, Sonora, 19 de fevereiro de 1880 – Cidade do México, 17 de julho de 1928)

 Álvaro Obregón Salido (NavojoaSonora19 de fevereiro de 1880 – Cidade do México17 de julho de 1928)


Álvaro Obregón Salido
Álvaro Obregón Salido
46.º Presidente do México
Período1 de dezembro de 1920 -  30 de novembro de 1924
Antecessor(a)Adolfo de la Huerta
Sucessor(a)Plutarco Elías Calles
Dados pessoais
Nascimento19 de fevereiro de 1880
NavojoaSonoraMéxico
Morte17 de julho de 1928 (48 anos)
Cidade do MéxicoMéxico
Primeira-damaMaría del Refugio Urrea
María Claudia Tapia Monteverde
PartidoPartido Laborista Mexicano - PLM
Profissãomilitar e político

Álvaro Obregón Salido (NavojoaSonora19 de fevereiro de 1880 – Cidade do México17 de julho de 1928) foi presidente do México entre 1920 e 1924.[1] Nascido na Hacienda de Siquisiva, em NavojoaSonora, iniciou a sua carreira política como presidente do município de Huatabampo.[1] Nesta altura, apoiou o presidente Francisco Madero contra uma revolta liderada por Pascual Orozco.[1] Quando Madero foi deposto e assassinado durante uma revolta liderada por Félix Díaz e Victoriano Huerta (e apoiada pelo embaixador dos Estados Unidos no MéxicoHenry Lane Wilson), Obregón juntou-se a Venustiano Carranza na revolta contra o novo governo de Huerta que levaria à renúncia deste em 14 de Julho de 1914.[1]

Carreira militar

Como chefe militar, Obregón foi um grande apoiante de Carranza quando este subiu ao poder, ajudando-o, como Ministro da Guerra e da Marinha, a repelir as forças comandadas por Pancho Villa e Emiliano Zapata.[1] Os exércitos de Obregón e de Villa enfrentaram-se em quatro batalhas. A primeira ocorreu em 6 e 7 de abril de 1915, terminando com a retirada das forças villistas. A segunda, em CelayaGuanajuato, teve lugar de 13 a 15 de abril, durante a qual o ataque de Villa à cidade de Celaya foi repelido. A terceira foi a longa e decisiva batalha de posições de Trinidad e Santa Ana del Conde, que decorreu entre 29 de abril e 5 de junho. Villa foi novamente derrotado por Obregón (que perdeu o seu braço direito durante os combates). Villa fez uma derradeira tentativa para deter o exército de Obregón em Aguascalientes, em 10 de julho, mas sem sucesso.

Estas quatro batalhas são coletivamente conhecidas como a Batalha de Celaya, o maior confronto militar na história da América Latina até à guerra das Malvinas de 1982. Obregón distinguiu-se nesta campanha ao ser um dos primeiros mexicanos a compreender que a introdução de modernas peças de artilharia e, sobretudo, das metralhadoras, havia movido a vantagem no campo de batalha para as forças em posição defensiva. De facto, enquanto Obregón estudava esta mudança e a utilizava na defesa de Celaya, os generais nas trincheiras europeias durante a Primeira Guerra Mundial ainda advogavam o recurso a sangrentas, e quase sempre mal sucedidas, cargas maciças de infantaria.

Carreira política

Obregón regressou à política em 1920, esperando suceder a Carranza como presidente.[1] Quando se tornou evidente que Carranza desejava assegurar-se que seria Ignacio Bonillas a suceder-lhe, Obregón organizou uma revolta militar contra o presidente (plano de Agua Prieta1920).[1] As suas forças foram incrementadas pelo general Benjamín Hill e várias facções zapatistas como a liderada por Genovevo de la O. A revolta liderada por Obregón foi bem sucedida e Carranza foi deposto.[1] Carranza seria morto no estado de Puebla durante uma emboscada liderada pelo general Rudolfo Herrera, enquanto tentava abandonar da Cidade do México em direcção a Veracruz a cavalo.[1] Nos seis meses seguintes à deposição de Carranza, Adolfo de la Huerta foi presidente provisional, até que fossem convocadas eleições, das quais Obregón sairia vitorioso.[1]

Os quatro anos de governo de Álvaro Obregón ficaram conhecidos pelas reformas agrária e anticlerical[1] e pelo estabelecimento de boas relações diplomáticas com os Estados Unidos, baseadas na venda de petróleo mexicano no mercado dos Estados Unidos. O maior incómodo durante o seu mandato foi uma revolta liderada por Adolfo de la Huerta, que se via como seu sucessor natural, enquanto que Obregón preferia Plutarco Elías Calles, o qual seria efectivamente eleito presidente, sucedendo a Obregón.[1]

Em 1928, Obregón candidatou-se novamente à presidência do México, conseguindo a vitória numa eleição duramente disputada.[1] Após regressar à Cidade do México para comemorar a sua vitória eleitoral, foi assassinado por José de León Toral (um seminarista que se opunha às suas políticas anticlericais), num restaurante, em 17 de julho de 1928.[1]

Curiosidades

  • A ele é atribuída a frase: "Não tema os inimigos que te atacam; tenha medo dos amigos que te bajulam".

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e f g h i j k l m n Beller, Susan Provost (2008). The Aftermath of the Mexican Revolution (em inglês). Minneapolis: Twenty-First Century Books. pp. 131–132

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