domingo, 3 de novembro de 2019

David Randolph Scott (San Antonio, 6 de junho de 1932) é um ex-astronauta e piloto norte-americano, veterano de três missões espaciais. Integrante dos programas Gemini e Apollo da NASA, ele foi o comandante da missão Apollo 15 e o sétimo homem a pisar na superfície da Lua.

David Randolph Scott (San Antonio6 de junho de 1932) é um ex-astronauta e piloto norte-americano, veterano de três missões espaciais. Integrante dos programas Gemini e Apollo da NASA, ele foi o comandante da missão Apollo 15 e o sétimo homem a pisar na superfície da Lua.


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David Scott
Nome completoDavid Randolph Scott
Nascimento6 de junho de 1932 (87 anos)
San AntonioEstados Unidos
NacionalidadeEstados Unidos norte-americano
ProgenitoresMãe: Marian Davis
Pai: Tom William Scott
CônjugeAnn Ott
Margaret Black
Filho(s)
  • Tracy
  • Douglas
Alma materUniversidade de Michigan
Academia Militar dos Estados Unidos
Instituto de Tecnologia de Massachusetts
Ocupação
Serviço militar
ServiçoForça Aérea dos Estados Unidos
Anos de serviço1954–1975
Patentecoronel
Carreira espacial
Astronauta da NASA
Tempo no espaço22d 18h 53min
SeleçãoGrupo 3 da NASA 1963
Tempo de AEV20h 46min
Missões
Insígnia da missãoGe08Patch orig.png Apollo-9-patch.png Apollo 15-insignia.png
Aposentadoria30 de setembro de 1977
PrêmiosMedalha de Serviço
Distinto da NASA
 (2)
David Randolph Scott (San Antonio6 de junho de 1932) é um ex-astronauta e piloto norte-americano, veterano de três missões espaciais. Integrante dos programas Gemini e Apollo da NASA, ele foi o comandante da missão Apollo 15 e o sétimo homem a pisar na superfície da Lua. É um dos únicos quatro sobreviventes, e o único comandante, entre os homens que pisaram na Lua, junto com Edwin "Buzz" AldrinHarrison Schmitt e Charles Duke, todos com mais de 80 anos

Biografia[editar | editar código-fonte]

Scott se formou na Academia Militar dos Estados Unidos em 1954 e entrou para a Força Aérea, servindo como piloto de caça na Europa. Cursou a Escola Experimental de Pilotos de Teste da Força Aérea em 1963 e passou a trabalhar como piloto de teste, alcançando a patente de coronel e acumulando mais de cinco mil horas de voo em diferentes aeronaves de última geração.[2]
Selecionado astronauta em 1963 como parte do Grupo 3 da NASA, suas primeiras funções no programa espacial foram como CAPCOM, reserva e titular, das missões Gemini IV e Gemini V.[3][4] Após o encerramento desta missão ele foi designado para a tripulação da Gemini VIII, com Neil Armstrong, tornando-se titular de um voo sem nunca ter sido reserva de outro, sendo um astronauta bastante elogiado pelos colegas por suas credenciais e capacidade de pilotagem. Foi para o espaço pela primeira vez em março de 1966 na Gemini VIII, missão planejada para durar três dias mas abortada após dez horas por problemas nos propulsores da cápsula espacial, após a acoplagem da nave com um foguete Agena. A caminhada espacial que Scott faria acabou cancelada.[5]
Designado para o programa Apollo, ele participou da equipe que redesenhou completamente os esquemas de segurança das escoltilha de escape da espaçonave, depois da tragédia da Apollo 1, que matou três astronautas durante um incêndio na basa de lançamentos de Cabo Kennedy.[6] Seu voo seguinte foi em 3 de março de 1969 na Apollo 9, uma missão de dez dias junto com James McDivitt e Russell Schweickart, realizando vários testes na espaçonave e no módulo de comando, do qual era o piloto, em órbita terrestre. Esta missão também testou o módulo lunar, a ser usado pela Apollo 11 para o pouso na Lua. Com os astronautas James McDivitt e Russell Schweikart em seu interior, ele separou-se por mais de 160 km do módulo de comando, pilotado por Scott, e retornou.[7]
Depois de treinar como comandante-reserva da Apollo 12, seu terceiro e último voo espacial foi no comando da Apollo 15, lançado em 26 de julho de 1971, ao lado de Alfred Worden e James Irwin, permanecendo três dias na superfície da Lua realizando experimentos científicos e colhendo amostras geológicas em Hadley–Apennine.[2] Durante a missão ele demonstrou a validade de uma das teorias de Galileu Galilei de 1589, séculos antes, de que no vácuo todo os objetos independente do peso caem na mesma velocidade, ou seja, que a massa de um objeto não afeta a força gravitacional, deixando cair das mãos um martelo e uma pena que chegaram ao chão ao mesmo tempo.[8]
A Apollo 15 foi considerada um grande sucesso, porém a imagem dos três astronautas foi manchada após seu retorno quando foi descoberto que eles tinham levado quatrocentos cartões postais não-autorizados para a Lua, para venda posterior por US$7000 dólares para cada astronauta,[9][10] segundo ele para garantir os estudos dos filhos. Scott os carregou para o módulo de comando dentro de seu traje espacial e durante o voo os transferiu para o módulo lunar, levando-os à superfície.[11] Essa postura, feita sem conhecimento da direção da agência, era contrária a todas as regras da NASA; Scott, Worden e Irwin foram repreendidos e nunca mais voaram para o espaço, sendo removidos da função de reservas da Apollo 17. Scott depois disso foi assistente-especial do projeto Apollo-Soyuz, o voo conjunto entre americanos e soviéticos e tornou-se diretor do Centro de Pesquisa de Voo Dryden entre 1973 e 1977, até se aposentar da NASA.[2]
Desde então ele trabalhou em vários projetos e corporações relacionadas com o espaço, fundando a Scott Science and Technology, Inc. e também atuando como consultor em algumas obras de ficção sobre o programa espacial dos Estados Unidos. Foi consultor especial do filme Apollo 13 e da minissérie da HBO From the Earth to the Moon.[12] Em 2006, escreveu junto com o cosmonauta soviético Alexei Leonov o livro Two Sides of the Moon: Our Story of the Cold War Space Race, com prefácios de Tom Hanks e Neil Armstrong.[12]
Em 2015, outro assunto relativo aos artefatos levados na missão da Apollo 15 veio à tona e foi parar nos tribunais. Scott havia levado um relógio de pulso e um cronômetro da marca Bulova para a Lua sem autorização de Donald Slayton, o chefe do departamento de astronautas,[13] usando o relógio de pulso na terceira AEV depois que seu relógio anterior fornecido pela NASA perdeu o cristal. Naquele ano ele vendeu o relógio numa audição por US$1,625 milhão de dólares[14] e, com a publicidade do assunto, a empresa se aproveitou do fato para fazer marketing de peças similares citando Scott e a Apollo 15. Ele processou a Bulova e a joalheria responsável nas cortes federais em 2017 e no ano seguinte um juiz federal autorizou que ele prosseguisse em algumas de suas reclamações de uso indevido de imagem contra as duas empresas

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