René Garcia Préval (Porto Príncipe, 17 de janeiro de 1943 – 3 de março de 2017)
René Préval | |
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43.º Presidente do Haiti | |
Período |
14 de maio de 2006 a 14 de maio de 2011 |
Antecessor(a) | Boniface Alexandre |
Sucessor(a) | Michel Martelly |
Primeiro-ministro do Haiti | |
Período |
13 de fevereiro de 1991 a 11 de outubro de 1991 |
Antecessor(a) | Martial Célestin |
Sucessor(a) | Jean-Jacques Honorat |
Dados pessoais | |
Nascimento | 17 de janeiro de 1943 Cabo Haitiano |
Morte | 3 de março de 2017 (74 anos)[1] Porto Príncipe |
Primeira-dama | Elisabeth Delatour Préval |
Partido | Lespwa |
René Garcia Préval (Porto Príncipe, 17 de janeiro de 1943 – 3 de março de 2017) foi o presidente da República do Haiti de 7 de fevereiro de 1996 até 1 de fevereiro de 2001, e também entre 14 de maio de 2006 até 14 de maio de 2011. Foi o único chefe de estado haitiano eleito democraticamente que terminou o mandato e entregou voluntariamente o poder. É um dos líderes políticos mais destacados da história atual do Haiti.
Preval venceu as eleições presidenciais haitianas de 1995 com 87,9% dos votos.
Carreira política
Era pai de duas filhas e cursou Agronomia nas universidades de Gembloux e Lovaine, na Bélgica, e Ciências Geotérmicas na Universidade de Pisa.[2] Foi exilado com sua família por oposição ao satanismo teísta de François Duvalier, chamado também "Papa Doc".[2] Viveu durante cinco anos em Nova York, retornando a seu país participando dos Comitês Cívicos de Resistência da ditadura de Baby Doc (Jean-Claude Duvalier), filho de Papa Doc. Após a queda do ditador passou a trabalhar no instituto nacional para os recursos minerais.[3]
Fundou o grupo "Honra e Respeito pela Constituição", que empolgavam intelectuais de esquerda. De 1987 a 1991, presidiu o Comité Pa Bliyé, centrado na investigação do paradeiro dos desaparecidos durante o regime de Papa Doc e Baby Doc.
Em sua meteórica ascensão política, Preval militou na associação de caridade "La Fanmi Selavi" (ou "La Famille c'est la Vie", "A Família é a Vida), o Comitê de Ação Democrática, e depois passou a integrar o partido Lavalas, cujo líder máximo é Jean-Bertrand Aristide.[3]
Préval conseguiu de maneira democrática mediante eleições o cargo de primeiro-ministro, na chapa de Jean Bertrand Aristide como presidente em 1991 desde 13 de fevereiro até 11 de outubro de 1991. Teve de retornar ao exílio após o golpe de estado desse mesmo ano contra seu governo e nele se impôs a força militar de Raoul Cedras.[2]
Voltou novamente a seu país depois de denunciar o governo militar de fato que se instaurara após a queda de seu governo e depois de conseguir que a comunidade internacional pressionasse a restituição do poder a ele e a Aristide.[3]
Sua popularidade e seus êxitos econômicos levaram-no a ser eleito para um mandato de cinco anos, após ganhar o pleito de 1996 com 88% dos votos. Foi o segundo governo democrático em 200 anos.[2]
Como presidente, Préval instituiu numerosas reformas. Entre estas, as privatizações de várias estatais. Alguns analistas sugeriram que isto foi ocasionado pela spressões de órgãos internacionais como o FMI, graças à grave situação econômica hatitiana, que precisa do auxílio desses organismos. O índice de desemprego baixou em seu governo de maneira sensível, embora permanecesse alto.[carece de fontes]
Préval decidiu lançar-se às eleições presidenciais do Haiti em 2006, desta vez fora do partido de Aristide. Conseguiu novamente ser eleito presidente do Haiti, em primeiro turno.[2]
Referências
- ↑ «Morre ex-presidente do Haiti René Preval». Estado de Minas. 3 de março de 2017. Consultado em 3 de março de 2017
- ↑ ab c d e «René Garcia Préval, Président de la République d'Haiti» (em inglês). Embassy of the Republic of Haiti. Cópia arquivada em 14 de setembro de 2007
- ↑ ab c Robert A. Maguire. «René Préval PRESIDENT OF HAITI». Encyclopædia Britannica (em inglês). Consultado em 4 de março de 2017
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