Valeri Fiodorovich Bykovski (em russo: Валерий Фёдорович Быковский) (Pavlovsky Posad, 2 de agosto de 1934 — Moscou, 27 de março de 2019)
Valeri Bykovski | |
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Valeri Bykovski | |
Nascimento | 2 de agosto de 1934 Pavlovsky Posad, Oblast de Moscou, Rússia , URSS |
Morte | 27 de março de 2019 (84 anos) Cidade das Estrelas, Rússia[1] |
Nacionalidade | soviético |
Ocupação | Militar e Cosmonauta |
Carreira espacial | |
Cosmonauta da URSS | |
Tempo no espaço | 20d 17h 48m[1] |
Seleção | 1960[1] |
Missões | |
Insígnia da missão | |
Aposentadoria | 1982[1] |
Prêmios | Herói da União Soviética |
Valeri Fiodorovich Bykovski (em russo: Валерий Фёдорович Быковский) (Pavlovsky Posad, 2 de agosto de 1934 — Moscou, 27 de março de 2019)[2] foi um ex-cosmonauta soviético veterano de três missões espaciais nas naves Vostok V, Soyuz 22 e Soyuz 31.
Carreira
Serviu na Força Aérea Soviética entre 1955 e 1960. Fazendo parte do corpo de cosmonautas da Roscosmos desde 1960, Bykovski marcou um recorde de permanência no espaço quando passou cinco dias em órbita a bordo da Vostok V em junho de 1963, durante seu primeiro voo espacial;[3] este recorde já foi largamente ultrapassado no correr do tempo, porém ele ainda mantém o recorde do maior tempo no espaço em um voo individual. Esta foi a primeira missão soviética que colocou duas espaçonaves ao mesmo tempo em órbita. Na outra espaçonave, a Vostok VI, estava a cosmonauta Valentina Tereshkova, a primeira mulher a ir ao espaço.[4]
Em 1967, ele deveria voltar ao espaço no comando da Soyuz 2, em companhia de mais dois cosmonautas, mas sua missão foi abortada devido à morte de Vladimir Komarov ao fim da missão Soyuz 1, que paralisou por um ano e meio o programa espacial soviético. Bykovski teve sua vida salva por uma forte chuva em Baikonur, que impediu a decolagem da nave no dia estipulado. Ele e os cosmonautas Yevgeny Khrunov e Aleksei Yeliseyev estavam designados para partir no dia seguinte do lançamento de Komarov na Soyuz 1, quando tentariam fazer a primeira caminhada espacial com troca de tripulações no espaço. Khrunov e Yeliseyev deveriam passar para a Soyuz 1 de Komarov após o encontro das duas naves em órbita, enquanto Bykovski desceria sozinho na Soyuz 2.[5]
Em órbita, a nave de Komarov começou a apresentar sérios problemas de estabilidade, eletricidade e falha na abertura dos painéis solares. Com o adiamento da partida da Soyuz 2, o comandante decidiu retornar. Durante a reentrada na atmosfera, o paraquedas da Soyuz 1 não abriu e Komarov morreu no choque com o chão. Depois do acidente, o sistema de paraquedas da Soyuz 2 foi verificado e encontrado o mesmo problema. Se a chuva não tivesse impedido o lançamento, os mortos teriam sido quatro ao invés de um.[5] Bykovski só retornou ao espaço em 1976, na Soyuz 22.[6]
Muitos de seus anos no programa espacial estiveram voltados à promoção e organização do programa Intercosmos nas nações socialistas. Foi durante a vigência deste programa que ele fez seu terceiro voo, comandando a Soyuz 31, em setembro de 1978, levando ao espaço consigo o primeiro cosmonauta alemão, Sigmund Jahn, da então Alemanha Oriental.[3]
Ele se aposentou em 1988 e passou os três anos seguintes como diretor da Casa da Cultura e Ciência Soviética em Berlim. Recebeu a condecoração de Herói da União Soviética, a Ordem de Lenin e a Ordem da Estrela Vermelha, além de uma série de outras honrarias.[3]
Ver também
Referências
- ↑ ab c d «Cosmonaut Biography: Valeri Bykovski». 3 de abril de 2019. Consultado em 22 de outubro de 2021
- ↑ «Morre Valery Bykovsky, um dos primeiros cosmonautas da União Soviética». noticias.uol.com.br. 27 de março de 2019. Consultado em 27 de março de 2019
- ↑ ab c «Bykovsky». astronautix. Consultado em 12 de dezembro de 2013
- ↑ «Tereshkova». astronautix. Consultado em 12 de dezembro de 2013
- ↑ ab «Soyuz 2A». astronautix3. Consultado em 12 de dezembro de 2013
- ↑ «Soyuz 22». astronautix. Consultado em 12 de dezembro de 2013
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