No Outono de 1911 em Marburg, Wegener pesquisava na biblioteca da universidade quando se deparou com um artigo científico que registrava fósseis de animais e plantas idênticos encontrados em lados opostos do Atlântico. Intrigado com este fato, Wegener iniciou uma pesquisa, com sucesso, de outros casos de organismos semelhantes separados por oceanos. A comunidade científica ortodoxa da época tentou explicar esses casos afirmando que pontes terrestres, hoje submersas, em tempos ligaram os continentes. Wegener notou também que as costas de África e da América do Sul encaixavam. Poderiam então as semelhanças entre organismos dever-se não à existência de pontes terrestres, mas ao fato de os continentes em tempos terem estado ligados? Uma teoria destas, para ser aceita, necessitaria de uma grande quantidade de provas que a suportassem. Wegener descobriu então que grandes estruturas geológicas em diferentes continentes pareciam ter ligação. Por exemplo, os Apalaches na América do Norte ligavam-se à terras altas Escocesas e os estratos rochosos existentes na África do Sul eram idênticos àqueles encontrados em Santa Catarina no Brasil. O meteorologista constatou também que fósseis muitas vezes encontrados em certos locais indicavam um clima muito diferente do clima dos dias de hoje. Por exemplo, fósseis de plantas tropicais encontravam-se na ilha de Spitsbergen no Ártico. Todos estes fatos suportavam a teoria de Alfred Wegener da deriva continental Em 1915 a primeira edição de A Origem dos Continentes e Oceanos , onde Wegener explicava a sua teoria, foi publicada, sendo procedida de outras edições em 1920, 1922 e 1929. Wegener afirmava que há cerca de 300 milhões de anos os continentes formavam uma única massa, Pangéia (do grego "toda a Terra"). A Pangéia fragmentou-se e os seus fragmentos andaram "à deriva" desde então. Wegener não foi o primeiro a sugerir que os continentes estiveram em tempos ligados, mas foi o primeiro a apresentar provas extensas de vários campos de estudo. As reações à teoria de Wegener foram quase sempre hostis e muitas vezes duras. Parte do problema era que Wegener não possuía qualquer teoria convincente que explicasse o mecanismo que fazia os continentes moverem-se. Ele pensava que os continentes moviam-se na crosta terrestre como os icebergues se movem pelas camadas de gelo e que a força centrífuga e tidal eram responsáveis pelo movimento dos continentes. Outro problema eram as falhas nos dados de Wegener que o levaram a efetuar previsões erradas. Ele sugeria que a América do Norte e a Europa afastavam-se a um velocidade de 250 cm por ano (cerca de cem vezes mais rápido do que na realidade). No entanto havia cientistas que apoiavam Wegener, tal como o geólogo sul-africano Alexander Du Toit. Após a sua morte as suas teorias tiveram alguns apoiantes mas a maioria dos geólogos continuou a defender a teoria dos continentes estáticos e das pontes terrestres. Origem: www.sobiologia.com.br |
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
Alfred Lothar Wegener
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