quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Dom Pedro II


https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTihcsOIQfj5RZgyHLhde3T33DrBswdIUEVgYfsNHVCZf6uJuR_Dom Pedro II (1825-1891) foi o segundo e último Imperador do Brasil. Tornou-se príncipe regente aos seis anos de idade, quando seu pai Dom Pedro I, abdicou do trono. José Bonifácio de Andrada e Silva foi nomeado seu tutor e depois foi substituído por Manuel Inácio de Andrade Souto Maior Pinto Coelho. Aos 15 anos foi declarado maior e coroado Imperador do Brasil.
Dom Pedro II (1825-1891) nasceu no Palácio da Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, Brasil, no dia 02 de dezembro de 1825. Filho do Imperador Dom Pedro I e da Imperatriz Dona Maria Leopoldina. Ficou órfão de mãe com apenas um ano de idade. Com nove anos perdeu também seu pai. Era o sétimo filho, mas tornou-se herdeiro do trono brasileiro, com a morte de seus irmãos mais velhos. Cresceu aos cuidados da camareira-mor Dona Mariana Carlota de Verna Magalhães Coutinho, mais tarde condessa de Belmonte.
No dia 2 de agosto de 1826, Dom Pedro foi reconhecido como herdeiro da coroa do império brasileiro. No dia 7 de abril de 1831, seu pai Dom Pedro I, que vinha enfrentando severa oposição política, acusado de favorecer os interesses portugueses no Brasil independente, abdica do trono e embarca de volta a Portugal, deixando Pedro como regente, com apenas seis anos de idade. Para tutor de Pedro, seu pai nomeou José Bonifácio de Andrada e Silva.
Com a abdicação e a menoridade do herdeiro do trono, foi eleita pela Assembléia, obedecendo à Constituição, uma Regência Trina até a maioridade de Dom Pedro. Estando o Senado e a Câmara de férias, foi eleita uma Regência Trina Provisória, que permaneceu de 7 de abril a 17 de junho de 1831. Em seguida foi eleita a Regência Trina Permanente, entre 1831 e 1835. A Regência Una de Feijó governou entre 1835 e 1837. E a Regência Una de Araújo Lima governou entre 1838 e 1840.
Durante a menoridade, Dom Pedro teve aulas com diversos mestre ilustres, escolhidos por seu tutor José Bonifácio. Estudou caligrafia, literatura, francês, inglês, alemão, geografia, ciências naturais, pintura, música, dança, esgrima e equitação.
Os liberais moderados governavam o País com dificuldades, enfrentando os que preferiam a República. Outro grupo queria a volta de Dom Pedro I. As crises se acumulavam. Em 1840 os conservadores mantinham a maioria parlamentar e fizeram aprovar a Lei de Interpretação do Ato Adicional que reduzia as conquistas feitas pelos liberais. Esses, inconformados começaram a luta pela maioridade do imperador, então com 15 anos. No dia 22 de julho, indagado, Dom Pedro aceita assumir o Governo do Império brasileiro. No dia 23 de julho de 1840, Dom Pedro II é coroado Imperador. O ato ficou conhecido como o Golpe da Maioridade.
Os primeiros anos de reinado de Dom Pedro II foram de aprendizado político. Aplicava-se inteiramente aos negócios de Estado, exercia a risca a Constituição. Aos poucos o país se pacificava. No dia 3 de setembro de 1843, Dom Pedro II esperava no porto, sua esposa Teresa Cristina de Bourbon. O casamento era um arranjo político com Francisco I, rei das Duas Sicílias. Tiveram quatro filhos, mas só sobreviveram Isabel e Leopoldina. A vida na corte era calma. As portas do Palácio Isabel, hoje Palácio Guanabara, era abertas quatro vezes por ano, ao corpo diplomático e à nobreza.
No início de seu governo, Dom Pedro I fez viagens diplomáticas às províncias mais conflituadas. Em 1850, Dom Pedro II ainda não completara 25 anos , mas seu império já estava consolidado. A constituição de 1824, com as modificações introduzidas pelo Ato Adicional, dava ao Imperador um Governo quase autocrático. Mas Pedro II optou, sempre, pela moderação. Os partidos políticos do Império representavam a aristocracia rural e a técnica política do Imperador era revezar os partidos no poder. Essa política sobreviveu por quase vinte anos.
Dom Pedro era acusado de dedicar mais tempo aos livros do que às questões políticas. O império que gozava de certa prosperidade econômica, começou a perder o equilíbrio, com as guerras na região do rio da Prata. As forças imperiais lutaram em 1850, contra Rosas e Oribe e em 1864 contra Aguirre. Em 1865, teve inicio a Guerra do Paraguai, que durou cinco anos e finalmente o Paraguai foi vencido. Ao terminar a guerra, o movimento abolicionista tomava impulso e no Rio de Janeiro fundava-se em 1870, o Partido Republicano.
Na década de 70, Dom Pedro II viajou duas vezes à Europa, deixando sua filha a Princesa isabel como Regente. Em ambos os momentos a princesa resolveu causas difíceis. Em 1871, assinou a lei do Ventre Livre e em 1875 foi resolvida a Questão Religiosa. Em 1886, Dom Pedro adoece e parte novamente para a Europa. No dia 13 de maio de 1888, com a Regência da Princesa Isabel, é assinado o decreto que acaba com a escravidão no Brasil.
O ideal republicano que surgiu no Brasil em vários movimentos, como na Guerra dos Farrapos e na Revolução Praieira, foi só após a Guerra do Paraguai que ressurgiu e se fortaleceu. No dia 15 de novembro de 1889, resultado da conjugação de interesses políticos, o governo imperial foi derrubado. Estava proclamada a República no Brasil. No dia seguinte organizou-se um governo provisório, que deu 24 horas para Dom Pedro deixar o país.
Dom Pedro de Alcântara embarca com a família para Portugal, era 17 de novembro de 1889, dois dias após a proclamação da República. Chegando em Lisboa no dia 7 de dezembro e seguindo para o Porto, onde a imperatriz morreu no dia 28 do mesmo mês. Pedro, com 67 anos, segue sozinho para Paris, onde fica hospedado no Hotel Bedford, onde passava o dia lendo e estudando. As visitas à Biblioteca Nacional era seu refúgio. Em novembro de 1891, doente não saia mais do quarto.
Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança, morre no dia 5 de dezembro de 1891, em consequência de uma pneumonia. Seus restos mortais são transladados para Lisboa, e depositado no convento de São Vicente de Fora, junto aos da esposa. Quando revogada a lei do banimento em 1920, os despojos dos imperadores foram trazidos para o Brasil e depositados na catedral do Rio de Janeiro em 1921. Em 1925, foram transferidos para Petrópolis.

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