segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

João Tamagnini de Sousa Barbosa ComC • OA • ComA • GOA (Macau, 30 de dezembro de 1883 — Lisboa, 15 de dezembro de 1948)

 João Tamagnini de Sousa Barbosa ComC • OA • ComA • GOA (Macau30 de dezembro de 1883 — Lisboa15 de dezembro de 1948)


João Tamagnini Barbosa
Presidente do Ministério de Portugal
Período23 de dezembro de 1918
até 30 de novembro de 1915
PresidenteJoão do Canto Castro
Antecessor(a)João do Canto Castro
Sucessor(a)José Relvas
Dados pessoais
Nome completoJoão Tamagnini de Sousa Barbosa
Nascimento30 de dezembro de 1883
Macau
Morte15 de dezembro de 1948 (64 anos)
Lisboa
Alma materAcademia Militar
Prêmio(s)Comendador da Ordem Militar de Cristo
Grande-Oficial da Ordem Militar de Avis
Comendador da Ordem Militar de Avis
Oficial da Ordem Militar de Avis
Profissãooficial, político, dirigente desportivo
Serviço militar
Serviço/ramoExército Português
GraduaçãoBrigadeiro

João Tamagnini de Sousa Barbosa ComC • OA • ComA • GOA (Macau30 de dezembro de 1883 — Lisboa15 de dezembro de 1948) foi um militar do Exército Português, habilitado com o curso de engenharia militar, que concluiu com distinção, que exerceu diversas funções políticas, entre as quais as de ministro do governo da República Nova e de presidente do conselho de ministros após o assassinato de Sidónio Pais. Foi também dirigente desportivo, ligado ao Sport Lisboa e Benfica.[1][2]

Biografia

Nasceu em Santo António, Macau, a 30 de Dezembro de 1883, filho de Artur da Mota Tamagnini Barbosa e de Fátima Carolina Correia de Sousa. O pai esteve em Macau a partir de 1877 como 2.º oficial da administração de fazenda militar, fazendo parte do 3.º Batalhão do Regimento de Infantaria do Ultramar, onde exercia as funções de quartel-mestre. Em 1879 passou a contador interino da Junta de Fazenda de Macau e Timor. Voltou ao Reino em 1880, mas regressou a Macau e 1882, tendo sido nomeado em 1884 inspector da fazendo provincial. Foi irmão de Artur Tamagnini de Sousa Barbosa (1881-1940), que governaria Macau por 3 vezes.[3]

Oficial do Exército da arma de Engenharia, de convicções republicanas, durante o Sidonismo integrou o Governo ocupando diferentes pastas. Foi ministro das Colónias, do Interior, das Finanças e por fim, assumiu, mesmo, já depois da morte de Sidónio Pais, a presidência do Ministério entre 23 de dezembro de 1918 e 26 de janeiro de 1919.

Foi Ministro do Interior, das Colónias e das Finanças da «República Nova», nos governos de Sidónio Pais e de João do Canto e Castro, entre 12 de dezembro de 1917 e 14 de dezembro de 1918, tendo colaborado na Gazeta das colónias[4] (1924-1926).

Para além da sua passagem pelo Governo, foi deputado, presidente da Câmara Municipal de Lourenço Marques, engenheiro-chefe em diversas repartições públicas de Moçambique, director do Instituto dos Pupilos do Exército, comandante militar da ilha Terceira, administrador das Companhias Reunidas de Gás e Electricidade e da Companhia de Carris de Ferro de Lisboa.[5]

Foi presidente do Ministério (atual primeiro-ministro) da I República, após o assassínio de Sidónio Pais, de 23 de dezembro de 1918 a 27 de janeiro de 1919. A 15 de fevereiro de 1919 foi feito Comendador da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo.[6]

a 31 de dezembro de 1920 foi feito Oficial da Ordem Militar de São Bento de Avis, tendo sido elevado a Comendador da mesma Ordem a 5 de outubro de 1926 e a Grande-Oficial a 20 de junho de 1941.[6]

Foi eleito presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica para os anos de 1946/1947, no terceiro período de vigência de Manuel da Conceição Afonso como presidente da direcção. Pela demissão deste, a 30 de julho de 1946, passou para o cargo máximo do clube, o de presidente, tendo tomado posse no dia 25 de janeiro de 1947. Manteria o cargo até o dia do seu abrupto falecimento. Tentou encontrar uma solução rápida para o clube voltar às vitórias futebolísticas, e, para que isso tornasse uma realidade, despediu Janus Biri, contratando primeiro Lippo Hertzca, depois Ted Smith. Não chegaria a presenciar em vida, contudo, os resultados desejados, mas esta decisão abriu caminho não só para quebrar o ciclo negativo do clube a nível nacional como também para o levar a conquistar o seu primeiro grande troféu do futebol europeu: a Taça Latina. Deu por findo o seu mandato em 1948.

a 19 de julho de 1946 foi feito Comendador Honorário da Excelentíssima Ordem do Império Britânico.[7]

Atingiu o posto de Brigadeiro.

Casou com Maria Luísa da Cunha e Silva, com descendência.

Fez parte da Maçonaria, tendo sido iniciado em 1911 na Loja Pátria e Liberdade, com o nome simbólico de Wagner.[8] Foi também grão mestre da Maçonaria do rito escocês em 1933.[9]

Ver também

Referências

  1.  «João Tamagnini Barbosa». www.zerozero.pt.
  2.  «João Tamagnini Barbosa - 19º Presidente do Benfica (25/1/47 a 15/12/1948)» (PDF). www.benficauniversal.com. Consultado em 17 de dezembro de 2017. Arquivado do original (PDF) em 15 de junho de 2018.
  3.  «João Tamagnini Barbosa». nenotavaiconta.wordpress.com.
  4.  Pedro Mesquita (12 de junho de 2014). «Ficha histórica: Gazeta das colonias : semanario de propaganda e defesa das colonias (1924-1926)» (PDF)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 28 de outubro de 2014
  5.  «Biografias // Barbosa, João Tamagnini de Sousa (1883-1948)». ihc.fcsh.unl.pt[ligação inativa].
  6. ↑ Ir para:a b «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "João Tamagnini de Sousa Barbosa". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 5 de janeiro de 2014
  7.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras». Resultado da busca de "João Tamagnini de Sousa Barbosa". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 18 de abril de 2015
  8.  Oliveira Marques, A. H. de (1985). Dicionário de Maçonaria Portuguesa. Lisboa: Delta. p. 150
  9.  «Respublica: Barbosa, João Tamagnini de Sousa». maltez.info.

Ligações externas

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