quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Juan Bautista Sacasa (León, 21 de dezembro de 1874 - Los Angeles, 17 de abril de 1946)

 Juan Bautista Sacasa (León21 de dezembro de 1874 - Los Angeles17 de abril de 1946)

Juan Bautista Sacasa Sacasa
Juan Bautista Sacasa Sacasa
40.º  Presidente da Nicarágua
Período14 de novembro de 1926 a 1 de janeiro de 1929
Antecessor(a)Adolfo Díaz
Sucessor(a)José María Moncada Tapia
42.º  Presidente da Nicarágua
Período1 de janeiro de 1933 a 9 de junho de 1936
Antecessor(a)José María Moncada
Sucessor(a)Juan Iriás Sandres
Dados pessoais
Nascimento21 de dezembro de 1874
LeónNicarágua
Morte17 de abril de 1946 (71 anos)
Los AngelesCalifórniaEstados Unidos
Primeira-damaMaría Argüello Manning
PartidoPartido Liberal
Profissãomédico e político

Juan Bautista Sacasa (León21 de dezembro de 1874 - Los Angeles17 de abril de 1946) foi um político e presidente da Nicarágua de 1933 a 1936.[1] Nascido na cidade de León, Sacasa estudou nos Estados Unidos de 1889 a 1901, recebendo um diploma de M.D. pela Universidade de Columbia. Trabalhou como professor e decano na Universidade Nacional de León, e apoiou o regime Liberal de José Santos Zelaya. Em 1924, Sacasa tornou-se vice-presidente, como parte de uma coalizão política liderada pelo conservador moderado Carlos Solórzano. Pouco tempo depois, o destacamento de Marines que permaneceu na Nicaragua por trinta anos se retirou, seguindo a Política de Boa Vizinhança. Em outubro de 1925, o governo de Solórzano foi derrubado em um golpe, liderado pelo antigo presidente, General Emiliano Chamorro, que não obteve reconhecimento dos EUA e consequentemente renunciou em favor de Adolfo Díaz. Nesse meio tempo, Sacasa fugiu para o México.

Seguindo um levante de soldados Liberais em Puerto Cabezas, na costa caribenha, Sacasa retornou à Nicarágua em 1926. Declarando-se presidente constitucional, estabeleceu um governo na mesma cidade. Suprido de armas e munição pelo México, os rebeldes Liberais, sob o comando do General José María Moncada, quase conseguiram capturar Manágua. Entretanto, os EUA forçaram as duas partes a negociar, o que resultou no pacto do Espino Negro, que obrigava ambas as partesa se desarmar, e permitia que Díaz terminasse seu mandato. Sacasa relutou mas aceitou os termos e retirou sua demanda pela presidência. Pelos seis anos seguintes, um General Liberal até então desconhecido, chamado Augusto César Sandino lideraria uma guerrilha contra os Marines, que permaneceram no país para garantir o cumprimento do pacto.

Em 1932, Sacasa foi eleito presidente, tomando posse em 1º de janeiro de 1933, um dia após a data marcada para a partida dos Marines. Devido à insistência do embaixador estadunidense, Anastasio Somoza García, que era casado com uma de suas sobrinhas, foi nomeado como comandante da Guardia Nacional Nicaraguense. No mês seguinte, Sacasa encontrou-se com o líder rebelde Sandino, o qual comprometeu-se a ser leal ao novo governo, em troca de anistia e terra para seus seguidores. Sandino continuamente pediu o desmonte da Guardia Nacional e, em fevereiro de 1934, ele foi assassinado por ordem de Somoza. Apesar da desaprovação por parte de Sacasa, este não pode conter o crescente poder de Somoza e da Guardia Nacional. Sua popularidade continuou a cair enquanto a frágil economa da Nicarágua sofria o colapso dos preços do café, devido à Grande Depressão e às alegações de fraude gezeralizada nas eleições para o congresso em 1934. Durante esse período, o poder de Somoza continuou a crescer, e ele criou relações com os antigos presidentes Moncada e Chamorro. No início de 1936, Somoza usou a Guardia Nacional para destituir oficiais locais leais ao presidente e substituí-los por seus aliados. Em 6 de junho, ele forçou Sacasa a renunciar, apontando vários presidentes de fachada até assumir a presidência no ano seguinte. Sacasa exilou-se então nos EUA, na cidade de Los Angeles, vivendo lá até sua morte, dez anos depois.

Referências

  1.  Nohlen, Dieter (2005). Elections in the Americas A Data Handbook: North America, Central America, and the Caribbean (em inglês). 1. Oxford: OUP Oxford. p. 504. ISBN 9780191557934

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