quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Raimundo Rolón Villasanti (Paraguarí, 14 de março de 1903 — Assunção, 17 de novembro de 1981)

 Raimundo Rolón Villasanti (Paraguarí14 de março de 1903 — Assunção17 de novembro de 1981


Raimundo Rolón Villasanti
Retrato oficial de Raimundo Rolón
Presidente do Paraguai
Período30 de janeiro de 1949 a 26 de fevereiro de 1949
Antecessor(a)Juan Natalicio González
Sucessor(a)Felipe Molas López
Dados pessoais
Nascimento15 de março de 1903
ParaguaríParaguai
Morte17 de novembro de 1981 (78 anos)
AssunçãoParaguai
Nacionalidade Paraguai
Alma materEscola Militar
EsposaGuillermina Rolón Teixeira
FilhosEdmundo e María Victoria Rolón
PartidoPartido Colorado
ReligiãoCatólico
ProfissãoMilitar e político
Serviço militar
Lealdade Paraguai
Serviço/ramoExército Paraguaio
Anos de serviço1929-1949
GraduaçãoGeneral de brigada
Brigadeiro-general
ConflitosGuerra do Chaco
CondecoraçõesCruz del Chaco

Raimundo Rolón Villasanti (Paraguarí14 de março de 1903 — Assunção17 de novembro de 1981) foi um militar e político paraguaio, presidente da República de 30 de janeiro de 1949 até 26 de fevereiro de 1949.[1]

Juventude

Raimundo Rolón Villasanti nasceu em 15 de março de 1903, em Paraguarí, no departamento homônimo. Sua vida foi marcada por sua total dedicação à atividade militar e à educação de futuros membros do exército. Ele acreditava, a partir de sua formação profissional, como outros militares de sua geração, que as obrigações das Forças Armadas deveriam se limitar à manutenção da soberania e ordem públicas.

A possibilidade de lhe corresponder exercer no futuro, atividades nas quais ele poderia realizar sem o uniforme militar, não lhe passou pela cabeça.

Vida militar

Ele se formou na Escola Militar como o melhor aluno, uma instituição na qual mais tarde serviria como professor.

Ele continuou sua carreira regularmente, sendo capitão em 1929, atuando no Grupo de Artilharia Nº 2 "Capitão Roa". Se tornou major em 1933, em plena Guerra do Chaco e depois tenente-coronel. Em fevereiro daquele ano, ele atuou como chefe de operações do Estado Maior de Comando do Chaco.

Uma ordem geral do exército em campanha, que leva o número 456, de 12 de maio de 1935, cita o tenente-coronel Don Raimundo Rolón "na qualidade de chefe do departamento de operações do estado-maior do comandante em chefe, enfatizando que o mesmo fez um trabalho organizacional extraordinário. Grande capacidade de trabalho, inteligência robusta e clara. Grande vontade disciplinada. Consagração total e altruísta às suas obrigações". No final, a assinatura do general e comandante em chefeJosé Félix Estigarribia.

Após a guerra, em 1939, ele foi promovido a coronel e brigadeiro-general em 1947, durante a Guerra Civil Paraguaia. Condecorado com a Cruz del Chaco, ele assumiu o comando das Forças Armadas.

Vida política

Apesar de seus altos princípios de lealdade profissional como militar institucionalista, o general Rolón se deixou envolver pela mesquinhez da política e pelas intrigas do quartel, resultando na extinção de seus sonhos de profissionalização das Forças Armadas e em seu confinamento no exército, com a prisão de Peña Hermosa em fevereiro de 1936.

Em 1941, ele aderiu à linha antipartidária chamada Movimento Nacionalista Revolucionário, criada por Higinio Morínigo, que foi criado no Palacio de los López, logo após a um trágico acidente aéreo que tirou a vida do general Estigarribia e sua esposa.

Na vida de cidadão, foi chefe de polícia da capital Assunção, embaixador no Brasil e inspetor de Alfândegas e Portos.

Presidente do Paraguai

Em 1948, Rolón assumiu o Ministério da Defesa no mandato do presidente Juan Manuel Frutos e manteve o cargo na mesma pasta no governo de Juan Natalicio González até a derrubada deste em 30 de janeiro de 1949.[1]

A vaga da cadeira presidencial foi ocupada pelo general Raimundo Rolón, que sem aviso foi impelido a servir como a primeira magistratura.

A administração do cargo supremo foi realizada dentro de uma série caótica de turbulência, causada por conflitos confusos entre militares e políticos que marcaram os primeiros anos da estruturação política do coloradanismo. O golpe de 26 de fevereiro determinou o fim do curto governo de Rolón. Ele foi preso em sua própria cidade natal e demitido.

Obras escritas

O general Raimundo Rolón deixou um rico legado de depoimento em suas publicações, todas referentes a tópicos de sua especialidade, como:

  • La batalla general de Zenteno-Gondra
  • Nanawa y la rendición de Campo Vía
  • Historia de la Guerra del Chaco (dois volumes)

Em 1961, ele publicou o primeiro volume do estudo detalhado de 415 páginas chamado La Guerra del Chaco. Campaña de 1934. Después de Campo Vía hasta el Parapití. A obra, enriquecida com cartas e diagramas, que afirma ser uma "mensagem dos ex-combatentes antes da chamada pela Pátria", é dedicada à esposa do autor, Dona Guillermina Rolón Texeira de Rolón, e a seus filhos Edmundo e María Victoria. Ele também foi pai de outro filho, o senhor Agapito Arsenio Rolón Pratt, filho de Maximina Pratt.

Morte e legado

Raimundo Rolón morreu em Assunção em 17 de novembro de 1981, aos 78 anos.

Pela portaria 26/95, a rua do bairro Pinozá foi designada com o nome de General Raimundo Rolón, que começa na 1811 a noroeste e se estende até a Avenida General Maximo Santos a sudeste, paralela à Avenida Eusebio Ayala ao sul, com dois quarteirões. Depois ela entra na avenida General Santos com a rua 11 de Diciembre.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b Nohlen, Dieter; Nohlen, Professor of Political Science Dieter (2005). Elections in the Americas: A Data Handbook (em inglês). 2. Oxford: OUP Oxford. p. 440. ISBN 9780199283583

Bibliografia

  • “Los presidentes del Paraguay”. R. Amaral
  • “Forjadores del Paraguay”. R. Amaral
  • “El drama del 47”. Alcibiades González Delvalle
  • “Asunción y sus calles”. Osvaldo Kallsen

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