Ernst Röhm
Ernst Röhm | |
---|---|
Röhm em 1933. | |
Stabschef da Sturmabteilung | |
Período | 5 de janeiro de 1931 – 1 de julho de 1934 |
Líder | Adolf Hitler |
Antecessor | Otto Wagener |
Sucessor | Viktor Lutze |
Dados pessoais | |
Nascimento | 28 de novembro de 1887 Munique, Império Alemão |
Morte | 2 de julho de 1934 (46 anos) Prisão de Stadelheim, Munique, Alemanha Nazista |
Nacionalidade | alemão |
Partido | NSDAP |
Ocupação | Militar |
Serviço militar | |
Lealdade | Império Alemão Alemanha Nazista |
Serviço/ramo | Exército da Baviera Reichswehr Exército Boliviano Sturmabteilung |
Anos de serviço | 1906–1923 |
Graduação | Hauptmann (capitão) Stabschef (Chefe do Estado-Maior) |
Conflitos | Primeira Guerra Mundial |
Ernst Röhm (ou Roehm) (Munique, 28 de Novembro de 1887; Munique, prisão de Stadelheim, 2 de Julho de 1934), foi um oficial alemão, co-fundador das Sturmabteilung (SA) nazis, "Tropa" ou Divisão de Assalto do Partido Nazista (NSDAP). As SA precederam a Schutzstaffel, Esquadra de Proteção do Partido Nazista. As SA eram integradas por "arruaceiros".
Segundo Gordon Williamson, "Ernst Röhm tinha real interesse no NSDAP e, efetivamente, aderiu ao movimento, reconhecendo em Hitler as qualidades de alguém que poderia incitar as massas com sua oratória hipnótica. A intenção de Ernst Röhm, contudo, nunca foi tornar-se um seguidor de Hitler, mas, em vez disso, utilizar o NSDAP para alimentar suas próprias ambições pelo poder político e militar".[1]
Seu rosto era coberto de feridas, algumas adquiridas no campo de batalha. Foi assassinado um dia após a Noite das Facas Longas na cela de sua prisão em Munique após recusar matar-se como forma de confessar seus supostos planos para levar a SA ao controle do Reich. Ernst Röhm teve papel preponderante na formação das SA como o braço armado do então crescente movimento nazista. De acordo com muitos historiadores, teria sido ele o homem que induziu Hitler a seguir carreira política, ao ver um discurso exaltado do Führer num bar de Munique. Por sua participação e lealdade a Hitler no Putsch da Cervejaria, foi posteriormente nomeado Stabschef (comandante-em-chefe) das SA, a primeira milícia nazista.
Sob Röhm, a SA muitas vezes tomava o partido dos trabalhadores em greves e outras disputas trabalhistas, atacando os antigrevistas e apoiando as linhas de piquete. A intimidação da SA contribuiu para a ascensão dos nazistas e a violenta repressão durante campanhas eleitorais, mas sua reputação de violência nas ruas e excesso de bebida era um obstáculo, assim como a homossexualidade aberta de Röhm[2][3][4] e de outros líderes da SA como Edmund Heines.[5] Tal fato foi exposto a sociedade por um jornal a partir de cartas enviadas de Röhm para possíveis amantes, o mesmo chegou a aderir a um movimento de direitos humanos, porém Hitler dizia que a mesma não era uma associação moral e sim uma "agremiação de lutadores".
Röhm teve muitos inimigos. Entre seus desafetos estavam muitos altos oficiais da Reichswehr, o Exército alemão do período entre-guerras (Röhm também tinha planos ambiciosos de transformar as SA no cerne do futuro Exército alemão, no que era sustentado pelo numeroso contingente destas - 2 milhões de membros quando da Noite das Longas Facas, em 1934), além de figurões dentro do Partido Nazista. Embora Hitler o estimasse por sua capacidade administrativa e lealdade à causa nazista, não tardou muito em considerá-lo como um obstáculo ao poder, devido à sua alta rejeição.
Na madrugada de 30 de junho de 1934, foi preso pessoalmente por Hitler num hotel nos arredores de Munique e, resistindo à prisão, foi levado à força ao cárcere de Stadelhein. Em 2 de julho de 1934, em Stadelhein,seguindo ordens diretas de Hitler, Theodor Eicke (construtor do Campo de Concentração de Dachau) e um oficial da SS o visitaram em uma cela, entregando-lhe uma pistola com uma bala e 10 minutos para se matar, se não fizesse eles mesmos o executariam. Röhm se recusou dizendo: "Se vou ser morto, deixe o Sr. Adolf fazer isso." Eicke e o oficial se retiraram, retornando após 10 minutos. Encontraram Röhm de pé e de peito nu. Sem entender o motivo para isso, mas obedecendo às ordens recebidas, executaram-no com tiro à queima-roupa.
Röhm e as SA tornaram-se também um obstáculo para os planos de Heinrich Himmler e Reinhard Heydrich. Röhm era amigo de Heydrich e padrinho de seu filho mais velho, Klaus. Röhm, Himmler e Heydrich foram aliados e amigos nos meses que se seguiram à indicação de Hitler como Chanceler da Alemanha, o que não impediu o fim das "indisciplinadas" SA e a conspiração consciente que destruiu suas lideranças e o próprio Röhm[6].
Nenhum comentário:
Postar um comentário