Francisco Rufino das Virgens ou Unjibemin[1], (Nigéria, ? - Salvador, 1894) foi um ex-escravo no Brasil.
Segundo a tradição oral do Candomblé Unjibemin chegou ao Brasil por volta de mais ou menos 1810 em Pernambuco com seus irmãos carnais Ogi ôlade, Odé Obalatan, Yra Obalajô e Oba Obarain apenas Odé Obalatan e Yra Obalajô não ficaram em Pernambuco, pois Unjibemin e Oba Obarain foram vendidos a outros senhores, desta forma chegaram em Salvador-Bahia, por volta de 1835 como escravos e diziam ser da etnia Eketu descendente de Óyo proveniente de uma região dedicada ao culto do Vodun Obaluaiyê e de Xangô, localizada na fronteira da Nigéria com o reino do Dahomei porém com as as guerras os povos e tribos levarão ele seus irmãos e descendentes migrarem para as margens de Abeokutá onde com permissão de yemonjá ogum té e juntos com descendentes de Oyó ,Ifé e Egbas que fundaram Abeokutá criaram uma tribo chamada Iniyawurá onde os patriarcas são: xango , obaluyae , oxolufã e a matriarca é yemanja ogum té e o guardião Ogum, já que a cidade de Abeokuta é a capital do estado de Ogun
Batizado mais tarde no catolicismo, como era exigido dos negros escravos, com o nome de Francisco Rufino das Virgens, em homenagem ao seu primeiro “senhor” e à Maria, Nossa Senhora, santa de grande devoção.
Teve vários filhos, entre eles Regino José das Virgens, filho de Ogum e responsável pela guarda dos axés da família. Regino se uniu à escrava africana Josefa Valentina, filha do orixá Oxum, e desta união nasceu, entre outros, em 13 de janeiro de 1884, Hilário Remídio das Virgens em uma senzala localizada na Freguesia de Santo Antônio, região da antiga Salvador.
Este negro escravo iniciou seu culto ao Orixá Obaluaiyê ainda numa senzala, mas logo conseguiu comprar sua liberdade e se tornou alforriado. Constituiu família e estabeleceu casa de culto Terreiro na Freguesia de Santo Antônio. Além de zelador de Orixá (babalorixá), era Babalawo, com excelente jogo de búzios e Opelê-Ifá.
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