sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Fernanda Montenegro

Fernanda Montenegro


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Fernanda Montenegro
ONM
Fernanda Montenegro em 2015
Nome completoArlette Pinheiro da Silva Torres
Nascimento16 de outubro de 1929 (90 anos)
Rio de JaneiroRJ
NacionalidadeBrasileira
OcupaçãoAtriz
Atividade1950–presente
CônjugeFernando Torres (c. 1952–2008)
Filho(s)Cláudio Torres (n. 1962)
Fernanda Torres (n. 1965)
Emmys
Emmy Internacional de Melhor Atriz
2013 - Doce de Mãe
Festival de Berlim
Urso de Prata de Melhor Atriz
1998 - Central do Brasil
Prémios National Board of Review
Melhor Atriz
1998 - Central do Brasil
Indicações
Oscar de Melhor Atriz
1999 - Central do Brasil
Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme Dramático
1999 - Central do Brasil
Emmy Internacional de Melhor Atriz
2015 - Doce de Mãe
entre outras
Fernanda Montenegro ONMnome artístico de Arlette Pinheiro da Silva Torres (Rio de Janeiro16 de outubro de 1929), é uma atrizlocutoraradialista e apresentadora brasileira. Considerada uma das melhores atrizes, é frequentemente referenciada como a grande dama do cinema e da dramaturgia do Brasil.[1][2] Ela foi a primeira latino-americana e a única brasileira já indicada ao Oscar de Melhor Atriz. É também a única atriz indicada ao Oscar por uma atuação em língua portuguesa,[3][4] sendo nomeada por seu trabalho em Central do Brasil (1998).[5][6][7][8] Além disso, foi a primeira brasileira a ganhar o Emmy Internacional na categoria de melhor atriz pela atuação em Doce de Mãe (2013).[9]
Dentre os inúmeros prêmios nacionais e internacionais que recebeu em seus mais de setenta anos de carreira, em 1999, foi condecorada com a maior comenda civil do país, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito, "pelo reconhecimento ao destacado trabalho nas artes cênicas brasileiras", entregue pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.[10] Além de ter sido cinco vezes galardoada com o Prêmio Molière,[11] ter recebido três vezes o Prêmio Governador do Estado de São Paulo,[11] ganhou ainda o Urso de Prata no Festival de Berlim de 1998 pela interpretação de "Dora" no filme Central do Brasil de Walter Salles,[12] o que valeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz[5] em 1999 e ao Globo de Ouro[5] de melhor atriz em filme dramático. Recebeu também vários prêmios da crítica americana, no mesmo ano.[13] Em 2013, foi eleita a 15ª celebridade mais influente do Brasil pela revista Forbes.[14] Durante a Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, Fernanda leu o poema "A flor e a náusea", de Carlos Drummond de Andrade, dublado em inglês por Judi Dench.
Na televisão, foi a primeira atriz contratada pela TV Tupi, em 1951, onde estrelou centenas de teleteatros, que na direção revezavam-se Fernando TorresSérgio Britto e Flávio Rangel. Estreou nas telenovelas, em 1954, com A Muralha, na RecordTV, onde participou de outras produções.[15] Realizou trabalhos na maioria das emissoras produtoras de teledramaturgia, como BandTV CulturaRecordTV e Rede Globo – onde permanece desde 1981 –, além das extintas TV ExcelsiorTV Rio e a própria TV Tupi

Biografia[editar | editar código-fonte]

Infância, juventude e formação[editar | editar código-fonte]

Nascida Arlette Pinheiro da Silva,[18] é filha de Vitório Esteves da Silva, marceneiro, filho de portugueses dos Açores,[18] e de Carmen Nieddu Pinheiro da Silva, dona de casa, filha de italianos da Sardenha.[19] A pequena Arlette nasceu em casa, com o auxílio de uma parteira, na Rua Alaíde, em Campinho, no subúrbio carioca.[20] Seus pais tiveram três filhas, sendo a atriz a mais velha. A irmã do meio, ainda é viva, e se chama Aída, já a mais jovem, Áurea, faleceu há alguns anos. Seu avô materno, Pietro Nieddu, a quem a atriz não conheceu, construiu junto de outros imigrantes, o Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Fernanda cresceu neste ambiente feliz, de união familiar, frequentando colégios públicos[21] e o sítio dos seus avós em Jacarepaguá.
Com doze anos de idade, conclui seu primário e dedica-se a formação para o trabalho, matriculando-se no curso de secretariado Berlitz, que compreendia inglês, francês, português, estenografia e datilografia. Frequentava ainda o curso de madureza à noite, conseguindo concluir o equivalente ao ginasial em dois anos.[22] Aos quinze anos, porém, Fernanda, ainda no terceiro ano do curso técnico de secretariado, inscreveu-se num concurso como locutora na Rádio MEC, fator que foi decisivo para a sua carreira. O concurso, chamado "Teatro da Mocidade", era voltado a despertar jovens talentos para o radialismo.Ser locutora de rádio foi seu primeiro emprego.[22] Localizada na Praça da República (Campo de Santana), a Rádio MEC fica ao lado da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, na qual funcionava um grupo de teatro amador dos alunos da faculdade, coordenado pelo professor Adauto Filho. Ligada a Magalhães Graça e Valquíria Brangatz (também chamada artisticamente de "Neli Rodrigues"), alunos da Faculdade e colegas na Rádio, Fernanda passa a integrar o grupo de teatro, ao participar da peça "Nuestra Natascha" interpreta sua primeira personagem, Cassona.[23] Posteriormente, foi levada pelo professor Adauto para participar de atividades no Teatro Ginástico.
Seu primeiro papel como radioatriz foi numa obra de Cláudio Fornari, que, na época, era um autor muito importante, chamada "Sinhá Moça Chorou", na qual fez o papel da Manuela, que era uma jovem - o segundo papel feminino - que se apaixonou pelo Garibaldi.[23] Fernanda permaneceu na Rádio por dez anos, inicialmente como locutora e depois como atriz. Foi lá que Fernanda, ao começar a escrever, adotou o pseudônimo "Fernanda Montenegro". Fernanda em homenagem a literatura francesa, por ser um nome comum representado nessas obras, nos livros que lia, e Montenegro em homenagem ao Doutor Montenegro, médico que cuidava pessoalmente de sua família. [24] Paralelamente, a atriz passou a lecionar português para estrangeiros no Berlitz, curso que havia frequentado por quatro anos. Era a forma de obter alguma remuneração, já que o trabalho na Rádio nem sempre era remunerado.[25]

Casamento e filhos[editar | editar código-fonte]

Casou-se civilmente em 6 de abril de 1953, aos 23 anos, com Fernando Torres, que tinha 26. O casal comemorou a união em uma pequena igreja católica de São Cristóvão. Seu vestido de noiva fora emprestado de sua melhor amiga, recém casada, pois a atriz não tinha condições financeiras para comprar um modelo novo.[26] O casal, após passar bastante tempo tentando ter filhos de forma natural, iniciou um tratamento de fertilização, conseguindo ter dois filhos. Em 1962 nasceu o diretor Cláudio Torres, de parto normal, e em 1965 deu à luz a atriz Fernanda Torres, nascida de cesariana. Suas duas gravidez foram consideradas difíceis, obrigando a atriz a se afastar da carreira para fazer repouso.[26] Seu sobrenome Torres não é de nascimento, tendo sido adquirido devido ao seu casamento.[27]

Carreira[editar | editar código-fonte]

1950–62: Pioneirismo e primeiros trabalhos[editar | editar código-fonte]

Fernanda Montenegro na peça teatral “A mulher de todos nós”, 1967. Arquivo Nacional.
Iniciou sua carreira no ano de 1950, na peça Alegres Canções nas Montanhas, ao lado de seu marido, Fernando Torres.[28] Foi a primeira atriz contratada pela recém-criada TV Tupi do Rio de Janeiro, em 1951. Seu nome, Arlette, foi considerado muito comum para uma atriz e lhe pediram para escolher um nome mais forte, mais chamativo, e por gostar do nome, escolheu Fernanda.[29] Na emissora, entre 1951 e 1953, participou de cerca de 80 peças, exibidas nos programas Retrospectiva do Teatro Universal e Retrospectiva do Teatro Brasileiro. Sob a direção de Jacy Campos, Chianca de Garcia e Olavo de Barros, atuou ao lado de Paulo PortoHeloísa HelenaGrande OteloFregolente e Colé. Participou também de programas policiais escritos por Jacy Campos e Amaral Neto. No teatro, Fernanda Montenegro ganhou o prêmio de atriz revelação da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, em 1952, por seu trabalho nas peças Está lá fora um inspetor, de J.B. Priestley, e Loucuras do Imperador, de Paulo Magalhães. Ainda na década de 1950, fez parte da Companhia Maria Della Costa e do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC).[30]
Em 1954 interpretou sua primeira protagonista na telenovela A Muralha, de Ivani Ribeiro na RecordTV, sendo a primeira telenovela da emissora.[31] Entre 1956 e 1963, a atriz participou de diversos teleteatros na TV Tupi de São Paulo, apresentados no Grande Teatro Tupi, totalizando cerca de 160 peças apresentadas naquele programa. Em 1959 formou sua própria companhia teatral, a Companhia dos Sete, com Sérgio BrittoÍtalo RossiGianni Ratto, Luciana Petruccelli, Alfredo Souto de Almeida e Fernando Torres.[32] A atriz é considerada uma das grandes damas do teatro brasileiro, tendo recebido diversos prêmios ao longo da carreira, por espetáculos como A Moratória (1955), de Jorge AndradeNossa Vida com Papai (1956); Vestir os Nus (1958); O Mambembe (1959), com direção de Gianni RattoMary, Mary (1963), dirigido por Adolfo CeliMirandolina (1964), de Carlo GoldoniA mulher de todos nós (1966), dirigida pelo marido, Fernando TorresAs lágrimas amargas de Petra von Kant (1982); Dona Doida, Um Interlúdio (1987), entre muitas outras peças.[33]

1963–80: Protagonistas e cinema[editar | editar código-fonte]

Fernanda Montenegro em “Oh! Que belos dias”, 1970. Arquivo Nacional.
Em 1963, contratada pela TV Rio, atuou nas novelas Pouco Amor Não É Amor e A Morta Sem Espelho, ambas de Nélson Rodrigues, com direção de Fernando Torres (ator) e Sérgio Britto, respectivamente. Em 1964, na RecordTV, fez mais duas novelas dirigidas por Sérgio BrittoVitória e Sonho de Amor, esta última uma adaptação feita por Nélson Rodrigues do romance O Tronco do Ipê, de José de Alencar, produzida pela TV Rio e exibida também em São Paulo pela TV Record. Em 1965, na recém-criada TV Globo, Fernanda Montenegro participou do programa 4 no Teatro, que apresentou uma série de teleteatros sob a direção de Sérgio Britto. Em sua estreia na emissora, a atriz atuou nas peças Massacre, de Emanuel Robles, e As três faces de Eva, de Janete Clair. Sua estreia em cinema se deu na produção de 1964 para a tragédia de Nelson RodriguesA Falecida, sob direção de Leon Hirszman.[34]
No ano seguinte, na TV Tupi, interpretou a personagem Amália, na novela Calúnia, de Talma de Oliveira. Em 1967, estreou na TV Excelsior como Lisa, em Redenção, novela de Raimundo Lopes. Dirigida por Reynaldo Boury e Waldemar de Moraes, Redenção foi um grande sucesso, atingindo 596 capítulos e se tornando um marco na história das telenovelas brasileiras. Ainda na TV Excelsior, em 1968, Fernanda Montenegro viveu a Cândida em A muralha, adaptação de Ivani Ribeiro da obra de Dinah Silveira de Queiroz. Com direção de Sérgio Britto e Gonzaga Blota, a novela foi considerada uma superprodução em sua época. Na mesma emissora, em 1969, a atriz viveu a personagem Júlia Camargo, de Sangue do Meu Sangue, escrita por Vicente Sesso, novamente dirigida por Sérgio Britto, com elenco composto por Francisco CuocoCláudio Correa e CastroNicete Bruno e Tônia Carrero.
Fernanda Montenegro e Bibi Ferreira, 1972. Arquivo Nacional.
Fernanda Montenegro deixou a falida TV Excelsior em 1970 e manteve-se afastada da televisão durante nove anos, intervalo quebrado apenas pela realização de dois trabalhos: o teleteatro A Cotovia, de Jean Anouilh, para a TV Tupi, em 1971, e um Caso Especial da TV Globo, em 1973. Este Caso Especial estrelado pela atriz era uma adaptação da tragédia Medeia, de Eurípedes, feita por Oduvaldo Viana Filho. Levado ao ar no mesmo dia e horário da estreia do Cassino do Chacrinha, na TV Tupi, o especial da TV Globo surpreendeu conseguindo 20 pontos de vantagem sobre o concorrente, segundo as pesquisas do Ibope.
Ainda na década de 1970, a atriz integrou o elenco da novela Cara a Cara (1979), de Vicente Sesso, na TV Bandeirantes. Na trama, dirigida por Jardel Mello e Arlindo Barreto, a atriz viveu a personagem Ingrid Von Herbert, egressa de um campo de concentração nazista.

1981–97: Reconhecimento nacional[editar | editar código-fonte]

Fernanda Montenegro na cerimônia na Sala Cecília Meireles em comemoração aos 50 anos do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro.
Fernanda Montenegro estreou em novelas da TV Globo em 1981, em Baila comigo, de Manoel Carlos. Sua personagem, Sílvia Toledo Fernandes, foi escrita especialmente para a atriz, que foi dirigida por Roberto Talma e Paulo Ubiratan. No mesmo ano, viveu a milionária Chica Newman de Brilhante, novela de Gilberto Braga. Na trama, Luísa (Vera Fischer) é escolhida por Chica Newman para se casar com seu filho Ignácio (Dennis Carvalho), que é homossexual. Mas a moça acaba se envolvendo com Paulo César (Tarcísio Meira), homem de origem humilde, casado com Isabel (Renée de Vielmond), filha de Chica. Em 1983, Fernanda Montenegro protagonizou cenas hilariantes ao lado de Paulo Autran, como os primos Charlô e Otávio de Guerra dos Sexos, novela escrita por Sílvio de Abreu e dirigida por Jorge Fernando e Guel Arraes.
Obrigados a conviver na mesma casa e na mesma empresa devido ao testamento de um tio, os dois empreendiam "batalhas" diárias, numa verdadeira guerra. A censura impôs mudanças em personagens, diálogos e cenas. Ainda assim, a novela foi um sucesso e recebeu diversos prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte, entre eles o de melhor atriz para Fernanda Montenegro. Em 1986, a atriz participou de Cambalacho, outra comédia de Silvio de Abreu, dirigida por Jorge Fernando. Como o título sugere, o ponto de partida da trama eram os trambiques armados por Leonarda Furtado, a "Naná", personagem de Fernanda Montenegro, e Jerônimo Machado, o "Gegê", interpretado por Gianfrancesco Guarnieri. Quatro anos depois, Fernanda Montenegro fez uma participação especial, no papel de Salomé, em Rainha da Sucata, novela de Silvio de AbreuAlcides Nogueira e José Antônio de Souza. Ainda em 1990, interpretou a Vó Manuela na minissérie Riacho Doce, de Aguinaldo Silva e Ana Maria Moretzsohn.
A minissérie se passa em uma cidade do nordeste liderada por Vó Manuela, uma mulher mística e poderosa que exerce total domínio sobre seu neto Nô (Carlos Alberto Riccelli). Em 1991, na novela O Dono do Mundo, de Gilberto Braga, Fernanda Montenegro foi Olga Portela, uma requintada cafetina que, apesar de picareta, conquistou a simpatia do público. Dois anos depois, apresentou uma atuação marcante como Jacutinga, a dona de um bordel no interior da Bahia, na primeira fase da novela Renascer, de Benedito Ruy Barbosa. Ainda em 1993, participou – como Madalena Moraes – da novela O mapa da mina, a última de Cassiano Gabus Mendes. Em 1994, como Quitéria Campolargo, a atriz integrou o elenco estelar de Incidente em Antares, que reuniu nomes como Marília PêraRegina DuarteGianfrancesco GuarnieriPaulo GoulartNicette BrunoFlávio MigliaccioBetty Faria e Diogo Vilela. A minissérie era uma adaptação de Nelson Nadotti e Charles Peixoto do livro homônimo de Érico Veríssimo. Em seguida, em 1997, Fernanda Montenegro viveu o papel-título de Zazá, novela de Lauro César Muniz. Sua personagem é uma mulher idealista, que tenta buscar uma solução para a vida medíocre dos sete filhos, ao mesmo tempo em que enfrenta várias adversidades para fazer seu projeto de avião atômico – o BR-15 – sair do papel, e provar que não é louca quando afirma ser filha de Santos Dumont.

1998–04: Reconhecimento internacional[editar | editar código-fonte]

Fernanda Montenegro em 2014.
Em 1999, por sua atuação no filme Central do Brasil, de Walter Salles em 1998, foi a primeira artista brasileira a ser indicada para o Óscar de melhor atriz. Um ano antes, ainda por sua atuação naquele filme, recebeu o Urso de Prata do Festival de Berlim. Ainda em 1999, a atriz fez o papel de Nossa Senhora na minissérie O Auto da Compadecida, adaptação da premiada peça de Ariano Suassuna feita por Guel ArraesAdriana Falcão e João Falcão, e transformada em filme no ano seguinte. Em 2001, viveu a Lulu de Luxemburgo de As filhas da mãe, de Silvio de AbreuAlcides Nogueira e Bosco Brasil. Fernanda Montenegro participou da primeira fase de Esperança (2002), novela de Benedito Ruy Barbosa, em que fez o papel da italiana Luiza, a avó da protagonista Maria, interpretada por Priscila Fantin. Em 2005, na premiada minissérie Hoje É Dia de Maria, dirigida por Luiz Fernando Carvalho, a atriz interpretou a madrasta, voltando a atuar na segunda jornada da série como Dona Cabeça, narradora da trama. Em 2006, brilhou na novela Belíssima como a vilã Bia Falcão, matriarca da família Assumpção. A trama de Sílvio de Abreu prendeu a atenção dos telespectadores até o último capítulo, quando a personagem de Fernanda Montenegro, em vez de receber a esperada punição, terminou numa suíte em Paris ao lado do jovem Matheus (Cauã Reymond). Um de seus mais recentes trabalhos na TV Globo foi a minissérie Queridos amigos (2008), de Maria Adelaide Amaral, como intérprete de Iraci.
Foi convidada para ocupar o Ministério da Cultura no governo dos presidentes José Sarney e Itamar Franco, porém apesar do grande apoio da classe artística e intelectual, recusou ambas as ofertas.[29] Em 1985, ao recusar o convite de Sarney afirmou em carta ao então representante do governo que não estava preparada para abandonar a carreira artística, não por medo ao desafio que lhe era oferecido, mas sim por entender que seria muito melhor no palco do que no ministério.[35] Recebeu em 1999 do então presidente Fernando Henrique Cardoso a Ordem Nacional do Mérito Grã-Cruz, "pelo reconhecimento ao destacado trabalho nas artes cênicas brasileiras".[36] Na época, uma exposição realizada no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, comemorou os 50 anos de carreira da atriz. Em 2004, foi escolhida melhor atriz da terceira edição do Festival de TriBeCa. Ela foi premiada por sua atuação em "O Outro Lado da Rua", único filme da América Latina a participar da competição de longas de ficção.[37]
Entre os filmes em que atuou no cinema estão A Falecida (1964) e Eles Não Usam Black-Tie (1980), ambos de Leon Hirszman. E, mais recentemente, Olga, de Jayme Monjardim, onde interpretou Leocádia Prestes, mãe do líder comunista Luís Carlos PrestesRedentor (2004), dirigido por seu filho, Cláudio TorresCasa de Areia (2005), filme dirigido pelo genro Andrucha Waddington, marido de sua filha, a atriz Fernanda Torres; e Love in the Time of Cholera (br: O Amor nos Tempos do Cólera), de Mike Newell, lançado em 2007, onde fez a personagem Tránsito Ariza, mãe do personagem do ator espanhol Javier Bardem. Em 2010 viveu a protagonista Bete em Passione, de Sílvio de Abreu. Em 2012 protagonizou o último episódio da minissérie As Brasileiras como a artista decadente Mary Torres no episódio Maria do Brasil, e no especial de fim de ano Doce de Mãe em que interpretou Dona Picucha, personagem principal onde foi premiada com o Emmy Internacional de melhor atriz.[9] Pelo Twitter, a presidente do país Dilma parabeniza Fernanda Montenegro pelo Emmy dizendo que Fernanda:"é um orgulho do Brasil".[38] Carlos Henrique Schroder diretor-geral da Rede Globo festejou o prêmio de Fernanda dizendo: "É o reconhecimento de uma estrela maior da nossa cultura. É a nossa dama maior do teatro, da TV e do cinema brasileiro. E justamente recebeu essa homenagem e reconhecimento internacional".[38]

2009–presente: Trabalhos recentes[editar | editar código-fonte]

Em 22 de junho de 2009, foi agraciada com a Ordem do Ipiranga, no grau de Cavaleiro, pelo Governo do Estado de São Paulo, na pessoa do então governador José Serra.[39]Em 2013, deu vida a Dona Cândida Rosado (Candinha) no remake de Saramandaia escrito por Ricardo Linhares.[40][41] Em 2014, viveu novamente Dona Picucha na série Doce de Mãe.[42] No mesmo ano é anunciado que a atriz fará Babilônia, novela de Gilberto Braga, no papel da homossexual Teresa, que mantém um relacionamento com a personagem de Nathália Timberg, Estela.[43][44][45][46][47]
Em 2017, após a polêmica de seu papel na trama de Babilônia, inicia uma parceria com o autor Walcyr Carrasco aceitando o convite para atuar em sua novela do horário nobre O Outro Lado do Paraíso, onde tem seu retorno triunfal ao gênero, atuando como a mística "Mercedes", uma senhora humilde e generosa, mas que carrega o dom da vidência consigo, tendo alta ligação com a luz através de vozes e enxerga nisso a sua missão de caridade de ajudar o mundo ao seu redor, sendo um dos destaques centrais no folhetim. Em 2019, após o sucesso, retoma a sua parceria com Walcyr e atua na novela A Dona do Pedaço, participando da primeira fase do folhetim, como a matriarca de uma família de justiceiros no interior do Estado do Espírito Santo.
Em setembro de 2019, lançou sua autobiografia Prólogo, ato, epílogo pela editora Companhia das Letras, em parceria com Marta Góes. Durante a campanha, para a revista 451 da Folha de São Paulo, Fernanda se vestiu de bruxa prestes a ser queimada como bruxa e disse que "prefere entrar para a História do lado das bruxas". [48] [49]

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Televisão[editar | editar código-fonte]

AnoTítuloPersonagemNotas
1951–54Retrospectiva do Teatro UniversalVários personagens
Retrospectiva do Teatro Brasileiro
1954A MuralhaAna Cardoso
1956–61Grande Teatro TupiVários personagens
1963A Morta Sem EspelhoHeloísa
Pouco Amor Não É AmorMarília
1964Sonho de AmorCamila Mariano
VitóriaVitória Campello
1966CalúniaAmália Linares-Castellanos
RedençãoLisa
1968A MuralhaCândida Olinto
1969Sangue do Meu SangueJúlia
1973Caso EspecialMedeiaEpisódio: "Medeia"
1979Cara a CaraIngrid Von Herbert
1981Baila ComigoSílvia Toledo
BrilhanteFrancisca Newman (Chica)
1983Guerra dos SexosCharlotte de Alcântara Pereira Barreto (Charlô)
1986CambalachoLeonarda Furtado Machado (Naná)
1988SassaricandoEla mesmaEpisódio: "10 de março"
1990Rainha da SucataSalomé SzimanskiEpisódio: "27 de maio"
Riacho DoceVó Manuela
1991O Dono do MundoOlga Portela
1993O Mapa da MinaMadalena Moraes
RenascerJacutingaEpisódio: "14 de novembro"
1994Incidente em AntaresQuitéria Campolargo (Dona Quita)
1995A Comédia da Vida PrivadaOtáviaEpisódio: "A Casa dos Trinta"
1996DoraEpisódio: "As Idades do Amor"
1997ZazáMarisa Dumont (Zazá)
1999O Auto da CompadecidaNossa Senhora
O Belo e as FerasClotildeEpisódio: "Sermão é Padecer no Paraíso"
Você DecideLourdesEpisódio: "Assim é se lhe Parece"
2001As Filhas da MãeLucinda Maria Barbosa Cavalcante
(Lulu de Luxemburgo)
2002Pastores da NoiteTibéria
EsperançaLuiza FrateschiEpisódios: "17–25 de junho"
2003CelebridadeEla mesma[50]Episódio: "19 de dezembro"
2004Um Só CoraçãoEla mesmaEpisódio: "8 de abril"
2005Hoje É Dia de MariaMadrasta
Hoje É Dia de Maria:
Segunda Jornada
Dona Cabeça
BelíssimaBeatriz Falcão (Bia)
2008Queridos AmigosIraci
O Natal do Menino ImperadorNarradoraEspecial de fim de ano
2009Som & FúriaEla mesmaEpisódio: "24 de julho"
2010PassioneElizabete Monteiro Gouveia (Bete)
2012As BrasileirasMaria TorresEpisódio: "Maria do Brasil"
2012Doce de MãeMaria Izabel de Souza (Dona Picucha)Especial de fim de ano
2013SaramandaiaCândida Rosado (Dona Candinha)
2014Doce de MãeMaria Izabel de Souza (Dona Picucha)14 episódios
2015BabilôniaTeresa Petrucceli[51]
2016–18Mister BrauRosita Gomes[52]Temporadas 2–4
2017Nelson: Por Ele MesmoNarradora
2017O Outro Lado do ParaísoMercedes Santos Tavares
2019Tá no Ar: A TV na TVEla mesma[53]Episódio: "12 de fevereiro"
A Dona do PedaçoDulce Ramirez[54]Episódios: "20–24 de maio"

Cinema[editar | editar código-fonte]

AnoTítuloPersonagemNotas
1954Mãos Sangrentas
1965A FalecidaZulmira
1970Em FamíliaAnita
Pecado MortalFernanda
Minha NamoradaCarminha
1971A Vida de Jesus CristoSamaritana
1973Missa do GaloDona Conceição[55]
1976Marília e MarinaD. Glória
1978Tudo BemElvira Barata
1981Eles Não Usam Black-TieRomana
1985A Hora da EstrelaMadame Carlota
1986Trancado por DentroIvette
1988Fogo e PaixãoRainha do castelo
1994Veja Esta CançãoMulher da voz
1997O Que É Isso, Companheiro?Dona Margarida
1998Central do BrasilDora
TraiçãoMulher no bar
1999GêmeasMãe
2000O Auto da CompadecidaNossa Senhora Virgem Maria (A Compadecida)
2004O Outro Lado da RuaRegina
OlgaLeocádia Prestes
RedentorDona Isaura
Nem Que a Vaca TussaSra. Caloway (voz)Dublagem
2005Tudo AzulEla mesmaDocumentário
A Mochila do Mascate
Casa de AreiaD. Maria / Áurea
2007O Amor nos Tempos do CóleraTránsito Ariza
2008A Paixão Segundo CalladoEla mesmaDocumentário
2012As Aventuras de Agamenon, o RepórterNarradora
A Dama do EstácioZulmira [56]
2013O Tempo e o VentoBibiana Terra Cambará [57][58]
A Igreja do Diabo [59]
A Primeira Missa [60]Nossa Senhora
2014Rio, Eu Te AmoDona Fulana[61]
Infância[62]Dona Mocinha
Boa SorteCélia[63]
2016Silêncio No EstúdioEla mesmaDocumentário
2017Todos os Paulos do Mundo
2018Corredor Polonês
PiedadeCarminha
2019
O JuízoMarta Amarantes[64]
Dona VitóriaDona Vitória
A Vida Invisível de Eurídice GusmãoEurídice Gusmão[65][66]

Teatro[editar | editar código-fonte]

Em mais de cinquenta anos de carreira, participou de dezenas de espetáculos teatrais, interpretando de tudo: da clássica tragédia grega à comédia de boulevard, do musical brasileiro a espetáculos de vanguarda. Sempre ao lado de grandes nomes, do elenco à direção. A seguir, alguns de seus grandes sucessos:

Literatura[editar | editar código-fonte]

AnoLivroEditoraNotas
2019Prólogo, ato, epílogoCompanhia das Letras

Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

Cinema[editar | editar código-fonte]

AnoPremiaçãoCategoriaTrabalhoResultadoRef.
1964Brasil Festival Internacional do RioMelhor AtrizA FalecidaVenceu
1965Brasil Troféu Candango do Festival de BrasíliaMelhor AtrizVenceu
Brasil Prêmio Governador do Estado de São PauloMelhor AtrizVenceu
1970Festival de Cinema de MoscouMelhor AtrizEm FamíliaVenceu[69]
1978Itália Taormina Film FestMelhor AtrizTudo BemVenceu
Brasil Prêmio MolièreMelhor Atriz de CinemaVenceu
1998Alemanha Urso de PrataMelhor AtrizCentral do BrasilVenceu
Estados Unidos Ft. Lauderdale International Film Festival AwardMelhor AtrizVenceu
Cuba Festival de HavanaMelhor AtrizVenceu
Estados Unidos Los Angeles Film Critics Association AwardMelhor AtrizVenceu
Estados Unidos National Board of Review AwardsMelhor AtrizVenceu
Estados Unidos National Society of Film Critics AwardsMelhor AtrizVenceu (3º lugar)
Estados Unidos New York Film Critics Circle AwardMelhor AtrizVenceu (2º lugar)
Brasil Troféu APCAMelhor AtrizVenceu
Estados Unidos Chlotrudis AwardsMelhor AtrizIndicada
Estados Unidos Satellite AwardMelhor Atriz em filme dramáticoIndicada
1999Estados Unidos Online Film & Television AssociationMelhor Atriz em filme dramáticoIndicada
Estados Unidos OscarMelhor AtrizIndicada
Estados Unidos Globo de OuroMelhor Atriz em filme dramáticoIndicada
Brasil Festival SESC de CinemaMelhor AtrizVenceu
Brasil Prêmio Guarani de Cinema BrasileiroMelhor AtrizTraiçãoVenceu
2004Brasil Grande Prêmio do Cinema BrasileiroMelhor AtrizO Outro Lado da RuaVenceu
Espanha Concha de Prata do Festival de San SebastiánHorizons AwardVenceu
Estados Unidos Festival de Cinema de TribecaMelhor AtrizVenceu
Brasil Troféu Calunga do Festival de Cinema do RecifeMelhor AtrizVenceu
2005Brasil Prêmio ACIE de CinemaMelhor AtrizVenceu
México Festival Internacional de Cinema de GuadalajaraMelhor AtrizCasa de AreiaVenceu
Brasil Grande Prêmio do Cinema BrasileiroMelhor AtrizIndicada
2006Brasil Prêmio Contigo! de CinemaMelhor AtrizIndicada
Brasil Prêmio Qualidade BrasilMelhor AtrizIndicada
Brasil Prêmio 100%VídeoMelhor AtrizOlgaVenceu[70]
2007Brasil Festival Internacional do RioCaráter latino-americano da culturaVenceu
2008Estados Unidos AARP Movies for Grownups AwardsMelhor Atriz CoadjuvanteO Amor nos Tempos do CóleraIndicada
2009Brasil Prêmio Contigo! de CinemaPrêmio My FavoriteVenceu
2011Brasil Festival de GramadoPrêmio OscaritoVenceu[71]
2012Canadá Brazilian Film Festival of TorontoMelhor Atriz em curta e média-metragemA Dama do EstácioVenceu[72]
Brasil FestCine São GonçaloMelhor AtrizVenceu
2013Brasil Curta Canoa – Festival Latino Americano de CinemaMelhor AtrizVenceu
Brasil Festival de Cinema Itinerante da Língua PortuguesaMelhor Atriz em curta e média-metragemVenceu
Brasil Prêmio ACIE de CinemaConjunto da obraVenceu[73]
Brasil Grande Prêmio do Cinema BrasileiroMelhor AtrizO Tempo e o VentoIndicada
2014Brasil Prêmio CinEuphoriaMelhor Atriz em curta e média-metragemA Dama do EstácioVenceu
Brasil Festival Brasil de Cinema InternacionalMelhor AtrizVenceu
Brasil Festival de GramadoPrêmio Especial do JúriInfânciaVenceu[74]
2015Brasil Prêmio Fiesp/Sesi de CinemaMelhor Atriz CoadjuvanteBoa SorteIndicada[75]
2016Brasil Grande Prêmio do Cinema BrasileiroMelhor AtrizInfânciaIndicada[76]
2018Brasil Grande Prêmio do Cinema BrasileiroPrêmio Especial do JúriHomenagemVenceu[77]

Televisão[editar | editar código-fonte]

AnoPremiaçãoCategoriaTrabalhoResultado
1967Brasil Troféu Roquete Pinto.Melhor AtrizRedençãoVenceu
1969Brasil Troféu ImprensaMelhor AtrizA MuralhaVenceu
1970Brasil Troféu ImprensaMelhor AtrizSangue do Meu SangueIndicada
1979Brasil Troféu APCAMelhor AtrizCara a CaraVenceu
1981Brasil Troféu APCAMelhor AtrizBrilhanteVenceu
1982Brasil Troféu ImprensaMelhor AtrizVenceu
1983Brasil Troféu ImprensaMelhor AtrizIndicada
Brasil Troféu APCAMelhor AtrizGuerra dos SexosVenceu
1984Brasil Troféu ImprensaMelhor AtrizVenceu
1987Brasil Troféu ImprensaMelhor AtrizCambalachoVenceu
1992Brasil Troféu ImprensaMelhor AtrizO Dono do MundoVenceu
1994Brasil Troféu ImprensaMelhor AtrizRenascerIndicada
2001Brasil Melhores do AnoMelhor AtrizAs Filhas da MãeIndicada
2002Brasil Prêmio Contigo! de TVMelhor AtrizIndicada
2005Brasil Troféu APCAMelhor AtrizBelíssimaVenceu
Brasil Troféu Leão LoboMelhor AtrizVenceu
2006Brasil Prêmio Contigo! de TVMelhor Atriz de NovelaVenceu
Brasil Prêmio Qualidade BrasilMelhor AtrizVenceu
Brasil Prêmio Extra de TVMelhor AtrizIndicada
2007Brasil Troféu ImprensaMelhor AtrizIndicada
Brasil Prêmio Globo de Melhores do AnoMelhor AtrizIndicada
Brasil Prêmio Contigo! de TVMelhor AtrizHoje É Dia de MariaIndicada
2010Brasil Prêmio Qualidade BrasilMelhor AtrizPassioneIndicada
2011Brasil Troféu ImprensaMelhor AtrizIndicada
Brasil Prêmio Contigo! de TVMelhor Atriz de NovelaIndicada
2013Estados Unidos Emmy InternacionalMelhor AtrizDoce de MãeVenceu
Brasil Troféu Mário LagoConjunto da ObraVenceu[78]
Brasil Prêmio Contigo! de TVMelhor Atriz de Série ou MinissérieAs BrasileirasIndicada
2014Brasil Prêmio Extra de TVPrêmio Especial do JúriVenceu
Brasil Prêmio Contigo! de TVMelhor Atriz de Série ou MinissérieDoce de MãeVenceu[79][80]
2015Estados Unidos Emmy InternacionalMelhor AtrizIndicada
2018Brasil Melhores do AnoPersonagem do AnoO Outro Lado do ParaísoVenceu
Brasil Prêmio Contigo! de TVPersonagem do AnoPendente

Teatro[editar | editar código-fonte]

AnoPremiaçãoCategoriaTrabalhoResultado
1955Brasil Prêmio SaciMelhor AtrizA MoratóriaVenceu
1956Brasil Prêmio APCTMelhor AtrizNossa Vida com PapaiVenceu
1958Brasil Prêmio Governador do Estado de São PauloMelhor AtrizVestir os NusVenceu
Brasil Prêmio APCTMelhor AtrizVenceu
1959Brasil Prêmio Padre Ventura do Círculo Independente de Críticos de ArteMelhor AtrizO MambembeVenceu
1963Brasil Prêmio ABCTMelhor AtrizMary, MaryVenceu
1964Brasil Prêmio Governador do Estado de São PauloMelhor AtrizMirandolinaVenceu
1966Brasil Prêmio MolièreMelhor AtrizA Mulher de Todos NósVenceu
1967Brasil Prêmio MolièreMelhor AtrizO Homem do Princípio ao FimVenceu
1970Brasil Golfinho de OuroPersonalidade do teatroVenceu
1976Brasil Prêmio Governador do Estado de São PauloMelhor AtrizSeria Cômico ... Se Não Fosse SérioVenceu
Brasil Prêmio da Associação dos Críticos Teatrais de São PauloMelhor AtrizVenceu
Brasil Prêmio MolièreMelhor AtrizA Mais Sólida MansãoVenceu
1977Brasil Associação que vende ingressos de teatro a assinantesPrêmio EspecialVenceu
1980Brasil Prêmio APTRPrêmio EspecialVenceu
1982Brasil Prêmio MolièrePrêmio EspecialAs Lágrimas Amargas de Petra Von KantVenceu
Brasil Troféu MambembeMelhor AtrizVenceu
1983Brasil Prêmio MolièreMelhor AtrizVenceu
1987Brasil Prêmio MolièreMelhor AtrizDona Doida, Um InterlúdioVenceu
1998Brasil Prêmio MolièreMelhor AtrizDa GaivotaVenceu
2009Brasil Prêmio Faz Diferença do jornal O GloboPrêmio EspecialViver Sem Tempos MortosVenceu
Brasil Prêmio Contigo!Melhor AtrizVenceu
2010Brasil Prêmio Shell de Teatro de São PauloMelhor AtrizVenceu
2013Brasil Prêmio Cenym de Teatro Melhor AtrizIndicada[81]
Brasil Prêmio APTRPrêmio EspecialVenceu
2016Brasil Prêmio Shell de Teatro do RioVenceu[82]
Brasil Prêmio Referência Nacional & Qualidade EmpresarialTroféu Nelson RodriguesVenceu[83]
2018Brasil Mérito Cultural da PUCRSTroféu AplausoVenceu[84]
2019Brasil Prêmio Cesgranrio de TeatroPrêmio EspecialVenceu[85]

Comendas[editar | editar código-fonte]

AnoPremiação
1971Brasil Comenda da Ordem do Cruzeiro do Sul, outorgada pelo governo Brasileiro, pelos serviços prestados à cultura do país.
1983França Chevalier des Arts et des Lettres (França).
1984Brasil Grande Medalha da Inconfidência (Governo Tancredo Neves).
1985Brasil Comendador da Ordem de Rio Branco - Grau de Cavaleiro.
Brasil Medalha Maria Quitéria - Salvador.
1992Portugal Medalha de Mérito Cultural - Portugal.
1993Brasil Ordem do Mérito da Bahia no grau Comendador - Salvador.
1999Brasil Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito.
2018Brasil Municipal da Ordem da Luz dos Pinhais de Curitiba

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