Delfim Moreira da Costa Ribeiro (Cristina, 7 de novembro de 1868 – Santa Rita do Sapucaí, 1 de julho de 1920)
Delfim Moreira | |
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10.º Presidente do Brasil | |
Período | 15 de novembro de 1918 até 28 de julho de 1919[nota 1] |
Antecessor(a) | Venceslau Brás |
Sucessor(a) | Epitácio Pessoa |
8.º Vice-presidente do Brasil | |
Período | 15 de novembro de 1918 até 16 de janeiro de 1919 (1º período)[ nota 2] 28 de julho de 1919 até 1º de julho de 1920 (2º período) |
Presidentes | Rodrigues Alves (1918–1919) (licenciado) Epitácio Pessoa (1919–1920) |
Antecessor(a) | Urbano Santos |
Sucessor(a) | Bueno de Paiva |
11.º Presidente de Minais Gerais | |
Período | 7 de setembro de 1914 até 7 de setembro de 1918 |
Antecessor(a) | Júlio Bueno Brandão |
Sucessor(a) | Artur Bernardes |
Deputado federal por Minas Gerais | |
Período | 3 de maio de 1909 até 7 de setembro de 1910 |
Deputado estadual de Minas Gerais | |
Período | 1894 até 1902 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Delfim Moreira da Costa Ribeiro |
Nascimento | 7 de novembro de 1868 Cristina, Minas Gerais |
Morte | 1 de julho de 1920 (51 anos) Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais |
Alma mater | Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo |
Cônjuge | Francisca Ribeiro (1891–1920) |
Partido | Republicano Mineiro |
Profissão | advogado |
Assinatura |
Delfim Moreira da Costa Ribeiro (Cristina, 7 de novembro de 1868 – Santa Rita do Sapucaí, 1 de julho de 1920)[1] foi um advogado e político brasileiro, servindo como o 8.º vice-presidente do Brasil, de sua posse em 15 de novembro de 1918 até sua morte em 1 de julho de 1920. Nesse período, entre 15 de novembro de 1918 e 28 de julho de 1919, foi o 10.º presidente do Brasil.
Seu pai, Antonio Moreira da Costa Pinto, era português nascido na Junqueira, no município de Vila do Conde, distrito do Porto. Do lado materno, é descendente de famílias brasileiras bem antigas, como a família Moraes de Antas.[2] Estudou no seminário de Mariana e cursou direito na Faculdade de Direito de São Paulo, diplomando-se em 1890. Pertencente à geração de republicanos históricos mineiros, foi deputado estadual de 1894 a 1902, sendo nomeado secretário do interior de Minas Gerais. Delfim Moreira também foi governador do estado de Minas Gerais, de 1914 a 1918.[3]
Eleito vice-presidente na chapa de Rodrigues Alves durante as eleições, assumiu a presidência em virtude do falecimento daquele, vítima da Gripe Espanhola, até que fossem convocadas novas eleições (à época a Constituição previa que o vice-presidente só assumiria definitivamente caso o presidente morresse depois de decorridos dois anos de sua posse, ou seja, a metade de seu mandato), tornando-se presidente interino do Brasil.[4]
Presidência Interina
No seu governo, o Brasil se fez representar na Conferência de Paz em Paris, pelo senador Epitácio Pessoa, eleito presidente em 13 de maio, em disputa com Rui Barbosa. Logo após a volta do novo presidente do exterior, Delfim Moreira passou-lhe o cargo, voltando à vice-presidência. Seu curto mandato foi um período assinalado por vários problemas sociais.
Com a crise orçamentaria decorrente da Primeira Guerra Mundial, promoveu o aumento das tarifas alfandegarias, emitiu títulos de dívida e reduziu os gastos públicos, afetou os trabalhadores de várias categorias, causando mais revolta e greves pelo país.[3]
Reformou a administração do território do Acre, republicou o Código civil brasileiro com várias correções ao texto original de 1916.
Decretou intervenção no estado de Goiás. Delfim Moreira sofreu durante sua presidência de uma doença, arteriosclerose precoce,[3] que o deixava totalmente desconcentrado e desligado de suas tarefas, sendo que, na prática, quem tomava as decisões era o ministro Afrânio de Melo Franco.[5]
Quando morreu, logo após deixar a presidência, ainda ocupava a vice-presidência do governo de Epitácio Pessoa. Francisco Álvaro Bueno de Paiva o substituiu. Delfim e Augusto Rademaker (presidente da Junta Militar de 1969) são os únicos a terem exercido primeiro a Presidência para depois a Vice-presidência.
Ministros
- Agricultura, Indústria e Comércio: Antônio de Pádua Sales
- Fazenda: Amaro Bezerra Cavalcanti de Albuquerque, João Ribeiro de Oliveira e Sousa
- Guerra: general-de-brigada Alberto Cardoso de Aguiar
- Justiça e Negócios Interiores: Amaro Bezerra Cavalcanti de Albuquerque - interino, Urbano Santos da Costa Araújo
- Marinha: vice-almirante Antônio Coutinho Gomes Pereira
- Relações Exteriores: Domício da Gama, Augusto Cochrane de Alencar - interino
- Viação e Obras Públicas: Afrânio de Melo Franco
Notas
- ↑ Com a enfermidade de Rodrigues Alves, seu vice Delfim Moreira assumiu interinamente a presidência em 15 novembro de 1918. Continuou como interino depois da morte de Rodrigues Alves, em 16 de janeiro de 1919, até a posse de novo presidente eleito. A Constituição vigente na época previa que se o mandato do presidente fosse interrompido antes da metade do tempo previsto seriam convocadas novas eleições.
- ↑ Nesse período, era vice-presidente e presidente em exercício ao mesmo tempo.
Referências
- ↑ «Delfim Moreira». Presidência da República do Brasil. Arquivado do original em 11 de abril de 2008
- ↑ «AntasMoraes.pdf» (PDF)
- ↑ ab c «Delfim Moreira: biografia, governo e greve geral». Guia Estudo. Consultado em 29 de junho de 2021
- ↑ Tales Pinto. «Regência republicana de Delfim Moreira». alunosonline.uol.com. Consultado em 12 de fevereiro de 2017.
- ↑ «Biografia». Biblioteca. Consultado em 29 de junho de 2021
Bibliografia
- KOIFMAN, Fábio, Organizador - Presidentes do Brasil, Editora Rio, 2001.
- SILVA, Hélio, Os Presidentes - Rodrigues Alves/ Delfim Moreira , Editora Três, 1983.
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