quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Delfim Moreira da Costa Ribeiro (Cristina, 7 de novembro de 1868 – Santa Rita do Sapucaí, 1 de julho de 1920)

 Delfim Moreira da Costa Ribeiro (Cristina7 de novembro de 1868 – Santa Rita do Sapucaí 1 de julho de 1920)


Delfim Moreira
10.º  Presidente do Brasil
Período15 de novembro de 1918
até 28 de julho de 1919[nota 1]
Antecessor(a) Venceslau Brás
Sucessor(a)Epitácio Pessoa
8.º Vice-presidente do Brasil
Período15 de novembro de 1918
até 16 de janeiro de 1919
(1º período)[ nota 2]
28 de julho de 1919
até 1º de julho de 1920
(2º período)
PresidentesRodrigues Alves (1918–1919) (licenciado)
Epitácio Pessoa (1919–1920)
Antecessor(a)Urbano Santos
Sucessor(a)Bueno de Paiva
11.º Presidente de Minais Gerais
Período7 de setembro de 1914
até 7 de setembro de 1918
Antecessor(a)Júlio Bueno Brandão
Sucessor(a)Artur Bernardes
Deputado federal por Minas Gerais
Período3 de maio de 1909
até 7 de setembro de 1910
Deputado estadual de Minas Gerais
Período1894 até 1902
Dados pessoais
Nome completoDelfim Moreira da Costa Ribeiro
Nascimento7 de novembro de 1868
CristinaMinas Gerais
Morte1 de julho de 1920 (51 anos)
Santa Rita do SapucaíMinas Gerais
Alma materFaculdade de Direito da Universidade de São Paulo
CônjugeFrancisca Ribeiro (1891–1920)
PartidoRepublicano Mineiro
Profissãoadvogado
AssinaturaAssinatura de Delfim Moreira

Delfim Moreira da Costa Ribeiro (Cristina7 de novembro de 1868 – Santa Rita do Sapucaí1 de julho de 1920)[1] foi um advogado e político brasileiro, servindo como o 8.º vice-presidente do Brasil, de sua posse em 15 de novembro de 1918 até sua morte em 1 de julho de 1920. Nesse período, entre 15 de novembro de 1918 e 28 de julho de 1919, foi o 10.º presidente do Brasil.

Seu pai, Antonio Moreira da Costa Pinto, era português nascido na Junqueira, no município de Vila do Conde, distrito do Porto. Do lado materno, é descendente de famílias brasileiras bem antigas, como a família Moraes de Antas.[2] Estudou no seminário de Mariana e cursou direito na Faculdade de Direito de São Paulo, diplomando-se em 1890. Pertencente à geração de republicanos históricos mineiros, foi deputado estadual de 1894 a 1902, sendo nomeado secretário do interior de Minas Gerais. Delfim Moreira também foi governador do estado de Minas Gerais, de 1914 a 1918.[3]

Eleito vice-presidente na chapa de Rodrigues Alves durante as eleições, assumiu a presidência em virtude do falecimento daquele, vítima da Gripe Espanhola, até que fossem convocadas novas eleições (à época a Constituição previa que o vice-presidente só assumiria definitivamente caso o presidente morresse depois de decorridos dois anos de sua posse, ou seja, a metade de seu mandato), tornando-se presidente interino do Brasil.[4]

Presidência Interina

No seu governo, o Brasil se fez representar na Conferência de Paz em Paris, pelo senador Epitácio Pessoa, eleito presidente em 13 de maio, em disputa com Rui Barbosa. Logo após a volta do novo presidente do exterior, Delfim Moreira passou-lhe o cargo, voltando à vice-presidência. Seu curto mandato foi um período assinalado por vários problemas sociais.

Com a crise orçamentaria decorrente da Primeira Guerra Mundial, promoveu o aumento das tarifas alfandegarias, emitiu títulos de dívida e reduziu os gastos públicos, afetou os trabalhadores de várias categorias, causando mais revolta e greves pelo país.[3]

Reformou a administração do território do Acre, republicou o Código civil brasileiro com várias correções ao texto original de 1916.

Decretou intervenção no estado de Goiás. Delfim Moreira sofreu durante sua presidência de uma doença, arteriosclerose precoce,[3] que o deixava totalmente desconcentrado e desligado de suas tarefas, sendo que, na prática, quem tomava as decisões era o ministro Afrânio de Melo Franco.[5]

Quando morreu, logo após deixar a presidência, ainda ocupava a vice-presidência do governo de Epitácio PessoaFrancisco Álvaro Bueno de Paiva o substituiu. Delfim e Augusto Rademaker (presidente da Junta Militar de 1969) são os únicos a terem exercido primeiro a Presidência para depois a Vice-presidência.

Ministros

Notas

  1.  Com a enfermidade de Rodrigues Alves, seu vice Delfim Moreira assumiu interinamente a presidência em 15 novembro de 1918. Continuou como interino depois da morte de Rodrigues Alves, em 16 de janeiro de 1919, até a posse de novo presidente eleito. A Constituição vigente na época previa que se o mandato do presidente fosse interrompido antes da metade do tempo previsto seriam convocadas novas eleições.
  2.  Nesse período, era vice-presidente e presidente em exercício ao mesmo tempo.

Referências

  1.  «Delfim Moreira». Presidência da República do Brasil. Arquivado do original em 11 de abril de 2008
  2.  «AntasMoraes.pdf» (PDF)
  3. ↑ Ir para:a b c «Delfim Moreira: biografia, governo e greve geral»Guia Estudo. Consultado em 29 de junho de 2021
  4.  Tales Pinto. «Regência republicana de Delfim Moreira». alunosonline.uol.com. Consultado em 12 de fevereiro de 2017.
  5.  «Biografia»Biblioteca. Consultado em 29 de junho de 2021

Bibliografia

  • KOIFMAN, Fábio, Organizador - Presidentes do Brasil, Editora Rio, 2001.
  • SILVA, Hélio, Os Presidentes - Rodrigues Alves/ Delfim Moreira , Editora Três, 1983.

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