Apesar de ser mais lembrada por sua carreira pornô, Camila foi uma
subcelebridade que conseguiu fazer sucesso na
televisão brasileira ao participar de um quadro no
Superpop só podia ser lá mesmo em que estava à procura de um namorado
Sendo uma trap, é claro que Camila nasceu sendo homem, e foi batizada com o nome de Alessandro. Porém, já na infância sua
transexualidade começou a se manifestar, e ao invés de ser um menino normal que curtisse brincar de carrinho, sua brincadeira favorita era de
ser comidinha. Em princípio, seus pais nem se preocuparam, contando para si mesmos aquela velha mentira manjada de que o filho estaria apenas passando por uma fase, e logo iria endireitar e ficar macho. Porém, o que aconteceu foi justamente o contrário: quanto mais o tempo passava e Alessandro ia crescendo, mais feminino ficava.
Na adolescência, quando seus pais já estavam conformados em ter um filho viado, Alessandro resolveu que na verdade era mulher, mesmo tendo uma tremenda piroca entre as pernas que alegasse o contrário. Por ser de origem pobre, sua família não tinha dinheiro para pagar uma cirurgia de
mudança de sexo, ou "readequação de gênero", como os adeptos de tal prática preferem chamar. Alessandro tentou inúmeras vezes remover por conta própria seu órgão genital, recorrendo a produtos milagrosos da
Polishop como as
facas ginsu e o
lico de cair pinto. Fracassou em todas as tentativas e quase morreu devido a uma hemorragia pirocal, mas ele era tão burro que isso o deixou feliz, fazendo com que pensasse estar menstruando e virando uma mulher de verdade. De tanto desgosto, não somente pela viadagem mas também pela imbecilidade do filho, seus pais preferiram fugir para a
Puta que Pariu e abandonaram Alessandro em um
puteiro gay orfanato. Dificilmente um marmanjo afetado daqueles seria adotado, mas como existe mau gosto para tudo nesse mundo, um casal de tiazonas sapatas identificou-se com sua trajetória e o adotou.
Alessandro morou com suas tias lésbicas até os dezenove anos de idade, quando foi expulso de casa pelas mesmas ao perceberem que ele ficava usando sua história de vida para se martirizar e ficar vagabundeando sem trabalhar. Como de fato não tinha aptidão para fazer
porra nenhuma, o travecão decidiu então mudar-se de
Santo André, onde nasceu e morava até então, para a capital de
São Paulo, onde pretendia tentar a sorte fazendo
book rosa e rodando bolsinha pela
Rua Augusta.
Alessandro mudou de identidade e assumiu-se de vez como Camila em
1998. Identificava-se profissionalmente como modelo, mas nem era preciso ter uma capacidade de dedução lógica das melhores para concluir que na verdade tratava-se de prostituição.
Cansada daquela vida profana, Camila retornou ao
Brasil em busca de uma carreira mais digna em
2004. Fez teste para ser
panicat e quase passou, mas como a etapa final de seleção era o
teste do sofá, o segredo que ela escondia entre as pernas veio à tona e ela foi reprovada. Mesmo sendo
shemale, Camila ainda conseguia ter uma aparência mais feminina que a da maioria das putas anabolizadas que rebolavam no
Pânico na TV, então chegou a iniciar um processo judicial contra a
RedeTV! alegando que foi vítima de
transfobia por parte da emissora. O canal mal tinha dinheiro para pagar os pseudoatores do
Teste de Fidelidade, que diria então para indenizar uma travesti revoltada. Ironicamente, a solução foi encontrada pela anta humana
Luciana Gimenez, que teve a brilhante ideia de criar para Camila um quadro no seu programa de baixa qualidade. Surgiu assim o
Camila Quer Casar, um rascunho de
reality show cuja proposta era arrumar namorado para a trap.
Camilinha um dia antes de morrer
O quadro de Camila no Superpop durou apenas dois meses, mas foi o suficiente para alavancar os números de audiência negativos do programa. Viadões enrustidos do país inteiro inscreviam-se para cortejar a pseudomoça, mas suas verdadeiras intenções não eram de namorá-la, e sim matar a curiosidade de comer e ser comido por um traveco sem ter que pagar por isso. Quando percebeu quais eram os reais objetivos de seus pretendentes, Camila entrou em depressão e escreveu uma carta de suicídio que foi publicada na íntegra por um blog sensacionalista que pertencia a um amigo seu. Sua intenção na verdade nem era se matar, apenas dar uma de
attwhore e chamar atenção para o preconceito amoroso contra travestis.
Na noite de
26 de julho de
2005, enquanto degustava uma taça de esperma, digo, espumante na sacada de seu apartamento, Camila acabou desequilibrando-se, pois já estava bêbada e tinha o péssimo hábito de andar pelada dentro de casa, exibindo sua bela piroca aos vizinhos tarados e pervertidos. Acidentalmente, tropeçou em seu instrumento de trabalho e caiu sacada abaixo, despencando do sétimo andar. Se o caralho estivesse duro, talvez pudesse até ter amortecido a queda e impedido que o resto do seu corpo chegasse lá embaixo, mas como ela recém havia batido punheta e gozado, morreu broxa e com a jereba enrolada no pescoço.
Os laudos da perícia realizada no dia seguinte, quando seu cadáver esmagado foi encontrado no meio da rua, alegaram que o motivo de sua morte era incerto, pois talvez ela estivesse apenas querendo se divertir enquanto realizava alguma fantasia sexual doentia, o que sempre fez parte de sua rotina. Mas como a imprensa adora um sensacionalismo barato, a tragédia foi noticiada como suicídio em todo lugar, principalmente na RedeTV!, onde o Superpop dedicou um programa inteiro a ela para continuar lucrando com audiência às suas custas mesmo após morrer.