quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

ABELARDO FIGUEIREDO

Abelardo Figueiredo foi produtor, diretor, empresário e figurinista.
Nasceu em Niterói, no bairro de Icaraí, em 27 de novembro de 1931. O pai Paulo Américo e a mãe Elza Green. A mãe filha de ingleses, era professora. O pai era comerciante de café. Mas a família gostava de música e arte. A avó e as irmãs tocavam instrumentos musicais e apresentavam-se. Abelardo diz que foi inspirando-se nas histórias que essa avó lhe contava, que se encaminhou, mais tarde, na organização de espetáculos musicais.
Sendo muito despachado, desde garoto, conheceu Maria Jacinta Trovão, que era autora teatral. E conheceu também Nicete Bruno, que era sua vizinha, e que estava começando em teatro. Abelardo a acompanhava. E ele, que inicialmente pensava ser embaixador, de pronto trocou o Itamaraty, pela carreira teatral. Foi ser secretário no Teatro de Arte do Rio de Janeiro. Ali conheceu Fernanda Montenegro. Nessa época o desejo de Nicete era montar o Teatro de Alumínio no Rio de Janeiro, mas não conseguiu e veio para São Paulo montá-lo. Abelardo veio junto. Juntaram-se a eles vários expoentes da época, como Margarida Rey, Gerval Santos, e outros. Foi criado o Balé do 4o Centenário e toda a “inteligência” brasileira de artes foi chamada para colaborar. Artes plásticas, música, guarda-roupa, tudo de primeira. Abelardo na coordenação.
E daí para a televisão foi um passo. Fernando Severino, diretor comercial da TV Tupi e Cassiano Gabus Mendes, diretor artístico, o convidaram para fazer espetáculos musicais na televisão. Foi tudo certinho. Abelardo adorou a nova e decisiva fase da vida. Chamou para colaborar com ele artistas de várias áreas, como Darcy Penteado, Ismael Guinzer e outros. Fez programas de enorme sucesso e muita grandiosidade, como “Folias Philips”, “Noite de Gala”. Foi também reproduzir seu sucesso no Rio de Janeiro. E depois foi para a noite. Montou o show “Skindô”, sempre com dança, canto, grandes guarda-roupas, grandes espetáculos. Foi para a Argentina. O mesmo sucesso. Foi considerado “O Rei da Noite”.
Dirigiu várias casas noturnas, todas por muitos anos. São elas: “O Urso Branco”, “O Beco”, “O Paladium”, e por fim o “Studium”. Nessas casas lançou e apresentou grandes artistas como Rosemary, Noite Ilustrada, Tony Ramos, Célia, Pery Ribeiro, e vários outros. Foi ele também que lançou na televisão o programa “Revista Feminina” , no horário vespertino, dedicado à mulher, e que até então não existia e depois foi constantemente imitado.
Em Curitiba, nos últimos anos de sua vida, montou um espetáculo na Pedreira Paulo Limynski para 180 mil pessoas. Um delírio. De suas temporadas internacionais, ele próprio destacava a de Cuba.
Em 2008, lançou o livro “O Show Não Pode Parar”, editado por sua filha Mônica Figueiredo com a jornalista Helô Machado.
O rei da noite morreu aos 77 anos, em 13 de Fevereiro de 2009, vítima de falência múltipla dos órgãos, causada por isquemia cerebral.

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