Patrick Swayze não foi o galã que Hollywood esperava, mas deixou alguns personagens marcantes e fez filmes desacreditados que se tornaram fenômenos de bilheteria. Dirty Dancing, lançado em 1987, esteve prestes a ser cancelado e o sucesso ao redor do mundo certamente deu um nó na cabeça dos executivos da indústria.
Em 1989, Patrick Swayze deixa a dança de lado e leva a carreira para outro rumo ao fazer Matador de Aluguel. O filme, que pegou carona na moda Jean-Claude Van Damme, fez grande sucesso nas locadoras brasileiras. Swayze conseguiu equilibrar uma boa atuação com cenas de luta bem coreografadas. O veterano Sam Elliot, uma belíssima Kelly Linch e um roteiro enxuto fizeram um filminho de ação virar uma diversão interessante. Outro ponto positivo para o ator que mostrou ser possível misturar artes marciais com uma história certinha.
Os anos 90 foram os melhores da carreira do ator. Quem não se lembra de Ghost – Do outro lado da vida? A história do casal formado por Swayze e Demi Moore, no auge da beleza, rendeu milhões de dólares e o Oscar de melhor atriz coadjuvante para Whoopi Goldberg. Após dois filmes leves e românticos que renderam boas críticas e bilheterias estrondosas, o ator parecia ter encontrado um lugar na indústria cinematográfica.
Apostando na diversidade de papéis e com ótimo feeling para farejar novos sucessos, Swayze embarca em outro projeto fadado a ser apenas mais um filminho de ação. Caçadores de Emoção reuniu um elenco afinado, encabeçado por Patrick Swayze, Keanu Reeves e Gary Busey, um roteiro interessante e uma fotografia de cair o queixo! Tudo isso combinado a boa direção de Kathryn Bigelow resultou em novo sucesso para Swayze e um grande empurrão para Keanu Reeves que começaria a escrever seu nome nos projetos de ação.
Em 1992 estrelou A cidade da esperança, de Roland Joffé, e esse talvez seja seu último bom papel nos cinemas. Swayze é Max Lowe um jovem médico norte-americano, atormentado pela culpa após perder um paciente na mesa de cirurgia, que parte para a Índia buscando conforto para suas angústias. O filme não obteve grande êxito comercial, mas fez uma considerável carreira nas locadores de vídeo e merece uma olhada mais atenta.
Professor de dança, leão-de-chácara, executivo, surfista e médico, personagens distintos e que possuíam um carisma marcante. Não gosto de rotular ou empregar termos de forma exagerada, mas acompanhando cinco momentos de Swayze, o termo cult veio à tona.
Patrick Swayze não foi o galã ou o ator que a indústria do entretenimento almejava, mas foi, sem dúvida, um ícone dos anos 80 e 90. Para a geração que cresceu com os esquecidos VHS e que fazia da ida à locadora uma verdadeira festa, Patrick Swayze e seus filmes foram exatamente o que eles estavam procurando. Swayze encantava as meninas sem enciumar os namorados, “Ora, o cara é mesmo maneiro”, era a frase comum para definir o galã.
Pois é, vale a pena rever esses cinco filmes. O cara é mesmo maneiro.
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