Maria da Conceição Bueno (Morretes, 8 de dezembro de 1854 - Curitiba, 29 de janeiro de 1893) é considerada uma "santa popular" no Estado do Paraná.[1][2][3] Maria Bueno foi brutalmente assassinada por um soldado em um local próximo a atual Rua Vicente Machado, no centro de Curitiba.
Conta-se que no local de sua morte foi colocada uma cruz de madeira, tornando-se um lugar de preces onde devotos afirmavam ter seus pedidos atendidos por Maria. A sua sepultura, no Cemitério São Francisco de Paula, recebe um grande número de visitantes, no feriado de Finados (2 de novembro).[4][5]
Assassinato de Maria Bueno[editar | editar código-fonte]
Sua história é cercada de lendas e mitos e foi, recentemente, contada numa minissérie de quatro capítulos da Rede Paranaense de Comunicação.
Maria Bueno gostava de dançar e frequentar bailes. E em um desses bailes conheceu Inácio Diniz, anspeçada do Exército, com quem passou a viver em concubinato.[6]
Em um certo dia haveria um grande baile na cidade e ela queria participar. Porém, Diniz não queria permitir, pois na ocasião ele estaria em serviço no quartel. Os dois discutiram fortemente e Diniz foi para o aquartelamento.
Mais tarde, contrariando Diniz, Maria Bueno foi ao baile. E de madrugada, desconfiado, Diniz saiu escondido do quartel e foi espionar se Maria Bueno realmente havia ido ao baile; permanecendo de tocaia no caminho que ela teria de fazer para voltar para casa. Quando Maria Bueno passou, matou-a com um punhal desferindo-lhe grande quantidade de golpes pelo corpo.
O crime abalou a pequena Curitiba da época. Diniz foi preso e levado a julgamento, mas foi absolvido devido seu álibi, por constar como em serviço no quartel e ninguém ter testemunhado sua ausência. O que então gerou grande indignação popular.
Durante a Revolução Federalista, Diniz, então fora do Exército, foi apanhado com algumas mulas roubadas. Preso, foi sumariamente fuzilado pelos federalistas. O que na voz do povo passou a representar como um castigo divino.
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