Prefácio
Falar da vida de Adolf Hitler sem associá-lo a Segunda Guerra Mundial é como falar de Sigmund Freud sem citar a Psicanálise, ou seja, a narrativa terá grandes lacunas. Assim, ler a biografia do antigo ditador alemão é uma forma direta de entender a maior guerra da era moderna.
Apontado como o responsável direto pelo conflito, Hitler em defesa de suas revoltas e crenças pessoais, convenceu e mobilizou uma nação inteira contra a maior parte do mundo.
Seus colaboradores diretos agiram em torno das intuições doentias de Hitler e promoveram a propaganda mítica do Führer que libertaria a Alemanha da humilhação.
Sufocado pelas diversas sanções impostas pelo Tratado de Versalhes, o povo alemão não teve dificuldade de apoiar um indivíduo que com palavras fervorosas, prometia trazer glórias e bonança a toda nação.
Podemos definir Adolf Hitler como um dos homens mais odiado, porém interessante, da história; pois apesar da responsabilização pela morte de milhões de pessoas, a saga de sua vida conturbada nos mostra uma mistura intrigante de propaganda política – pró e contra – e misticismo que faz parecer fruto da ficção.
Infância de Hitler e juventude em Linz
Adolf Hitler nasceu em Braunau-am-Inn, Áustria, em 20 de Abril de 1889. Cresceu numa pequena localidade aos arredores de Linz, na província da Alta – Áustria, próxima da fronteira alemã, sendo na época território integrante do Império Austro-Húngaro.
O seu pai, Alois Hitler era funcionário da alfândega. Até aos seus quarenta anos, o pai de Adolf Hitler, chama-se Alois Schicklgruber, pois nascera de um relacionamento extraconjugal.
A partir de 1876, passou a usar o sobrenome do seu pai adotivo, Johann Georg Hiedler, mas por erro de um escrivão o sobrenome foi alterado para “Hitler”. Tal fato ocorreu quando Alois solicitou junto a um sacerdote responsável pelos registros de nascimento para que fosse declarada a paternidade de seu padrasto já falecido.
Os inimigos políticos de Adolf Hitler usaram, depois, esse fato para denegrir sua imagem, afirmando que ele não era um Hitler e sim um Schicklgruber. Os Aliados, inclusive, durante a Segunda Guerra lançaram diversos panfletos sobre cidades alemãs com os dizeres: “Heil Schicklgruber”. Porém os Hiedler estavam relacionados à sua mãe de qualquer modo.
A mãe de Hitler, Klara Hitler – nome de solteira Klara Polzl -, era prima de segundo grau de Alois, seu pai. Este a levara para sua casa a fim de cuidar dos seus filhos, pois a sua outra mulher, doente e moribunda, era cuidada por outra pessoa. Quando, então a doente faleceu, Alois casou-se com Klara, após esperar por meses uma permissão especial da Igreja Católica. Klara teve seis filhos de Alois, mas apenas Adolf, o quarto, e a caçula, Paula, sobreviveram à infância.
Adolf era um rapaz inteligente e mal-humorado. Boêmio desde a juventude foi reprovado em duas ocasiões no exame de admissão à escola secundária de Linz. E foi ali, que começou a assimilar as idéias pangermânicas, influenciadas pelas leituras que o seu professor, Leopold Poetsch, um anti-semita muito admirado pelo jovem Hitler, lhe recomendou animadamente.
Hitler era muito ligado à sua mãe e, não alimentava afeto ao pai, que o educava severamente, além de não terem as mesmas visões políticas.
Em seu livro “Mein Kampf”, Hitler demonstra respeito à figura de seu pai, mas não deixa de mencionar as discussões irreconciliáveis que tiveram sobre sua decisão de se tornar artista. Interessado por pintura e arquitetura, o pai opunha-se fortemente a tais planos, desejando que o filho fizesse carreira no serviço público.
Em Janeiro de 1903, Alois Hitler morreu vítima de apoplexia. Em Dezembro de 1907 morreu Klara, de câncer, fato que atingiu Adolf duramente.
Mudança para Viena
Aos 19 anos de idade Adolf era órfão, assim partiu para Viena, onde alimentava uma pequena expectativa de se tornar um artista. Possuía direito a uma ajuda governamental para órfãos que perderia aos 21 anos, em 1910.
No ano de 1907 prestou exames à academia das artes de Viena, mas foi reprovado duas vezes seguidas. Nos anos que seguiram Adolf Hitler permaneceu em Viena sem emprego fixo, vivendo no começo do apoio financeiro de sua tia Johanna Pölzl, de quem recebeu herança. Chegou até mesmo dormir num asilo para mendigos na zona de Meidling no outono de 1909.
Teve então a ideia de copiar postais e pintar paisagens de Viena – uma atividade com a qual conseguiu pagar o aluguel de um apartamento, na Rua Meldemann. Pintava cenas de cartões postais e vendia-as a comerciantes, apenas pelo dinheiro, não visando em suas pinturas uma forma de arte.
Contrariando as estórias populares, Hitler fez uma boa vida como pintor, ganhou mais dinheiro do que se tivesse um emprego regular como bancário ou professor do liceu, e trabalhando menos horas. Quando tinha tempo livre frequentava a ópera de Viena, principalmente quando havia óperas relacionadas com a mitologia nórdica, de Richard Wagner, e cujas produções viriam, futuramente, exaltar o nacionalismo germânico. Muito de seu tempo era ocupado com leituras.
Foi em Viena que Hitler começou a elucidar suas ideias anti-semitas. O anti-semitismo estava fortemente enraizado na cultura católica do sul da Alemanha e na Áustria, onde Hitler cresceu.
Viena tinha uma vasta comunidade judaica, incluindo Judeus Ortodoxos do leste europeu. Hitler, então, teve contato com os judeus ortodoxos, que, ao diferentes dos judeus de Linz, eram identificados por suas vestes. Surpreso, buscou informações sobre os judeus através da leitura, tendo comprado em Viena os primeiros panfletos declaradamente anti-semitas que leu na vida, como relata em Mein Kampf.
Em Viena, o anti-semitismo era desenvolvido em suas origens religiosas numa doutrina política, divulgadas por pessoas como Jörg Lanz von Liebenfels, cujos panfletos foram lidos por Hitler; políticos como Karl Lueger, o presidente da câmara de Viena, e Georg Ritter von Schönerer, criador do partido Pan-Germânico. Destes homens, Hitler converteu-se à crença da superioridade da “Raça Ariana” que dirigia suas visões políticas e à inimizade natural dos judeus e os “arianos”, atribuindo-lhes todos os problemas econômicos alemães.
Mudança para Munique e a Primeira Guerra Mundial
Em Maio de 1913, com uma pequena herança recebida do seu pai, mudou-se para Munique. Como em suas próprias palavras em “Mein Kampf“, “sempre desejei viver numa cidade alemã”. Em Munique devotou-se especialmente por arquitetura e pelos escritos de Houston Stewart Chamberlain.
A mudança também proporcionou a oportunidade de fugir do serviço militar no exército Austro-Húngaro, que o capturou pouco depois e o fez passar por um exame físico – pelo qual sabemos que Adolf Hitler media 1,73 m. Considerado inapto ao serviço militar, regressou a Munique, onde continuou com sua atividade de pintor, vendendo seus quadros pela rua.
Porém em Agosto de 1914, quando a Alemanha entrou na Primeira Guerra Mundial, voluntariou-se vivamente ao exército bávaro. Serviu na França e Bélgica, como mensageiro, uma designação extremamente perigosa, que o expunha ao fogo inimigo, ao invés da proteção das trincheiras.
A folha de serviço de Adolf Hitler foi exemplar, porém nunca teve promoção além do posto de cabo, por razões desconhecidas, fato que seria visto como mais uma humilhação em sua vida. O seu cargo, de baixa hierarquia militar, refletia a sua posição na sociedade quando se alistou no exército. Não tinha autorização para comandar nenhum agrupamento de soldados. Recebeu condecorações em duas ocasiões por coragem em combate.
Sua primeira medalha foi a Cruz de Ferro de Segunda Classe em Dezembro de 1914. E, em Agosto de 1918, recebeu a Cruz de Ferro de Primeira Classe, uma distinção raramente dada a não oficiais. Em Outubro de 1916, no norte da França, Hitler foi ferido numa das pernas, mas retornou à frente de batalha em Março de 1917. Recebeu a Das Verwundetenabzeichen – condecoração por ferimentos de guerra – nesse mesmo ano, pois o ferimento foi consequência do fogo direto do inimigo.
Durante a guerra, Hitler cultivou um patriotismo alemão apaixonado, apesar de não ser cidadão alemão: um detalhe que não mudaria antes de 1932. Ficou chocado com a rendição alemã em Novembro de 1918, afirmando que o exército alemão não tinha sido, de fato, derrotado. Como diversos nacionalistas alemães, culpou os políticos civis – os “criminosos de Novembro” – pela rendição.
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, Adolf Hitler continuou no exército, ativo no combate de revoltas socialistas que surgiam pela Alemanha, incluindo Munique, para onde Hitler voltou em 1919. Com um salário baixo, Hitler permaneceu ligado ao exército.
Fez parte dos cursos de “pensamento nacional” montados pelos departamentos da Educação e propaganda (Dept Ib/P) do grupo da Reichswehr da Baviera, Quartel-General IV sob o comando do capitão Mayr. Uma das principais metas deste grupo foi a criação de um bode expiatório para os resultados da Guerra e a derrota da Alemanha. Este bode expiatório foi estabelecido no “judaísmo internacional”, nos comunistas, e nos políticos de todos os setores.
Para Hitler, que tinha sentido n pele os horrores da guerra, arranjar um culpado era essencial. Influenciado pela ideologia anti-semita, acreditava fervorosamente na responsabilidade dos judeus, tornando-se rapidamente propagandista eficiente da idéia criada por Mayr e seus superiores.
A Entrada para o Partido dos Trabalhadores Alemães
Em Julho de 1919, Adolf Hitler, reconhecido em sua inteligência e dotes oratórios, foi nomeado líder e elemento de ligação do “comando de esclarecimento” sob o objetivo de influenciar outros soldados com as mesmas ideias.
Foi, então, destinado pelo quartel-general a se infiltrar num pequeno partido nacionalista, o Partido dos Trabalhadores Alemães (DAP). Hitler associou-se ao partido sob o número de membro 555 – a numeração iniciou em 500, por orientação do próprio Hitler, para causar a impressão de que o partido tinha uma dimensão maior que realmente possuía -, em Setembro de 1919. Foi ali que Hitler conheceu entre outros, Dietrich Eckart, um dos primeiros membros do partido. Assim, tornou-se rapidamente chefe do partido.
Naquele mesmo mês, Hitler redigiu aquele que é aceito como o seu primeiro escrito anti-semita, um “relatório sobre o Anti-Semitismo” solicitado por Mayr para Adolf Gemlich, que tinha participação nos mesmos “cursos educacionais” em que Hitler havia participado. Neste relatório ao seu superior, Hitler fez menção de um “Anti-semitismo racional” que ao invés de recorrer ao massacre, “se emprenharia de forma legal para retirar os privilégios gozados pelos judeus em relação a outros estrangeiros convivendo entre nós. A sua meta final, no entanto, será a remoção irrevogável dos próprios judeus“.
Provavelmente neste ponto todos entenderam que Hitler citava um êxodo forçado. Porém, se o próprio Hitler assim quis dizer é menos claro, se tomarmos por base o genocídio que ele ordenaria 22 anos depois.
O Nascimento do Partido Nazista
Hitler permaneceria no exército até 1920. A partir daí, tornou-se assíduo às atividades do partido. Tornou-se líder do partido e mudou o seu nome para Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei – NSDAP (Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães), mais conhecido como partido Nazi, ou Nazista, que tem origem nas palavras “National Sozialistische“, contrastando com os Sozi, um termo utilizado para citar os sociais democratas. O partido adotou a suástica – supostamente um símbolo do “Arianismo” – assim como a saudação romana, também comum entre os fascistas italianos.
Teve o apoio da Sturmabteilung (SA), uma milícia paramilitar de homens, trajando comumente camisas castanhas, que circulavam pelas ruas atacando esquerdistas e minorias religiosas e gritando slogans propagandistas.
Por volta de 1923, Hitler conheceu Julius Streicher, o editor de um jornal fortemente anti-semita chamado Der Stürmer, que assimilaria a sua propaganda de promoção pessoal e de ódio anti-semita.
O partido Nazi era, então, formado por um pequeno número de extremistas de Munique. Mas Adolf Hitler, logo descobriu que possuía dois talentos: oratória pública e Inspiração de lealdade pessoal. A sua oratória nas esquinas, maldizendo os judeus, os socialistas e os liberais, os capitalistas e os comunistas, começou a ganhar simpatizantes. Alguns de seus seguidores desde o início foram Rudolf Hess, Hermann Göring, e Ernst Röhm, o líder da SA. Outro admirador foi o marechal de campo Erich Ludendorff.
O Putsch da Cervejaria – O Primeiro degrau rumo ao Poder
O Putsch da Cervejaria foi uma infeliz tentativa de golpe aplicado por Adolf Hitler e seu Partido Nazista contra o governo da região alemã da Baviera, no dia 9 de novembro de 1923. O objetivo do líder Nazista era controlar o governo bávaro, para em seguida, tentar assegurar o poder por todo o país. Mas a infrutífera ação foi rapidamente dominada pela polícia bávara, assim Hitler e vários companheiros – entre eles Rudolf Hess – foram presos.
A obra de Hitler: Mein Kampf
Hitler aproveitou-se do seu julgamento para espalhar a sua mensagem por toda a Alemanha. Em Abril de 1924 foi condenado a 5 anos de prisão – porém recebeu anistia após 6 meses de confinamento – na cadeia de Landsberg. Foi onde ele redigiu o livro chamado “Mein Kampf” – Minha Luta. O livro foi redigido entre 1923 e 1924 na prisão.
O Mein Kampf retrata de forma detalhado a juventude de Adolf Hitler, os primeiros dias do partido nazi, planos futuros para a Alemanha e o ideal sobre política e raça. O título seria “Quatro anos e meio de luta contra mentiras, estupidez e cobardice”. O seu editor nazi orientou-o a encurtar para “Mein Kampf”, simplesmente a minha luta ou a minha batalha. Hitler aprovou.
Hitler apresentou em sua escrita a aversão pessoal contra aquilo que ele tinha como os dois males gêmeos do mundo: Comunismo e Judaísmo, e declarou seu objetivo de extinguir ambos da face da terra. Ele afirmou que a Alemanha precisava obter novo terreno que chamou de “Lebensraum” – espaço vital – que iria nutrir necessariamente o “destino histórico” do povo alemão. Objetivo que explica a invasão da Europa, a Leste e a Oeste, antes de atacar a Rússia. Hitler apresentou-se em Mein Kampf como o “Übermensch”, ou “Super-homem”, do qual falava Friedrich Nietzsche em seus escritos, principalmente no seu livro, “Assim falou Zaratustra”.
Hitler culpava o presente governo parlamentar por diversos problemas, desta forma, anunciou que destruiria completamente esse tipo de governo.
Em Mein Kampf podemos observar a verdadeira natureza do caráter de Adolf Hitler. Ele separa os humanos se baseando em atributos físicos e psicológicos. Hitler afirma que os “arianos” ocupavam a hierarquia máxima dos humanos, e no pó, na última escala estavam os judeus, polacos, russos, checos e ciganos.
Para ele tais povos se beneficiam pela aprendizagem com os superiores arianos. Assim como que os judeus tramavam conspirar para impedir que a raça ariana se imponha ao Mundo que é seu direito, ao desfazer a sua pureza racial e cultural, assim como convencer os arianos da igualdade em vez da superioridade e inferioridade. Ele ilustra a luta pela dominação do mundo como uma batalha racial, cultural e política travada entre arianos e judeus.
A suposta luta pela dominação mundial entre estas duas etnias foi incorporada pela população quando Hitler ascendeu ao poder.
Ascensão ao poder
Depois de sua prisão por causa do seu comando no Putsch da Cervejaria, Adolf Hitler foi considerado inofensivo e anistiado, sendo posto em liberdade no mês de Dezembro de 1924. Em sua ausência, o partido nazista quase que se desintegrou por completo e Hitler precisou de um grande esforço para reconstruí-lo.
Nestes anos, ele criou um grupo que mais tarde tornou-se um dos seus instrumentos fundamentais na conquista de seus objetivos. Por não confiar nas Sturmabteilung (“Tropas de choque” ou SA), de Röhm, que formavam uma base separada de poder dentro do partido, ele constituiu uma guarda pessoal, a Schutzstaffel – “Unidade de Proteção” – ou mais conhecida como “SS”. Esta tropa de elite em seu tradicional uniforme preto teria o comando de Heinrich Himmler, que se tornaria o principal executor dos objetivos relacionados à “Questão Judia” durante a Segunda Guerra Mundial.
Criou também outras organizações de filiação – Juventudes Hitleristas, associações de mulheres, etc. O Partido nazi obteve em 1929 um crescimento semelhante à do partido fascista de Benito Mussolini, beneficiando-se do mal-estar econômico, político e social advindas da derrota na Primeira Guerra Mundial e, em seguida, da crise de 1929.
O elemento vital que garantia atenção ao apelo de Adolf Hitler era o sentimento de orgulho nacional dilacerado pelo Tratado de Versalhes imposto ao Império Alemão pelos vencedores da Primeira Guerra. O Império Alemão foi obrigado a ceder território para a França, Polônia, Bélgica e Dinamarca e além de admitir a responsabilidade única pela guerra, desistir de suas colônias e da sua marinha e arcar com uma grande dívida em reparações de guerra – um total de $6.600.000 ou 32 bilhões de marcos.
A maioria dos alemães não tinha fé que o Império Alemão tivesse iniciado a guerra e menos ainda, que haviam sido derrotados, por tanto o sentimento da população era amargurado em relação a estas questões. As tentativas iniciais de ganhar votos culpando o “judaísmo internacional” por todas estas humilhações não foram bem sucedidas com o eleitorado; porém o partido nazi assimilou rapidamente e em seguida criou uma propaganda mais sutil – combinando o Anti-semitismo com um forte ataque aos erros do “sistema Weimar” e aos partidos que o apoiavam. Desta forma começou obter atenção dos eleitores.
O ponto crucial em benefício de Hitler aconteceu quando estourou a Grande Depressão que atingiu a Alemanha em 1930. A democracia estabelecida na Alemanha em 1919, sob o regime chamado República de Weimar, nunca foi aceita completamente pelos conservadores e tinha a oposição declarada dos fascistas.Os sociais democratas e os partidos tradicionais de centro e direita não podiam lidar com o impacto da depressão e estavam envolvidos no sistema de Weimar.
As eleições de Setembro de 1930 trouxeram uma vitória para o partido Nazi, que da obscuridade saltou para abocanhar mais de 18% dos votos e 107 lugares no “Reichstag” – parlamento alemão -, transformando-se no segundo maior partido. A sua ascenção foi ajudada pelo império de mídia controlado por Alfred Hugenberg, de direita.
Hitler recebeu, principalmente, votos entre a classe média alemã, que havia sido atingida fortemente pela inflação dos anos 20 e o desemprego originário da grande depressão. Agricultores e veteranos de guerra também apoiaram em especial os nazistas. As classes trabalhadoras urbanas não deram atenção aos apelos de Hitler, em especial nas cidades de Berlim e Bacia do Ruhr.
Eleições de 1930
A eleição de 1930 foi desastrosa para o governo de centro-direita de Heinrich Brüning, que ficou impossibilitado de obter qualquer maioria no Reichstag, e precisou contar com a tolerância dos sociais democratas – esquerda – e o uso de poderes presidenciais de emergência para continuar no poder. Com as medidas austeras de Brüning snedo infrutíferas diante da depressão, o governo receou pelas eleições presidenciais de 1932 e tentou apoio dos nazis para estender o termo presidencial de Paul von Hindenburg, mas Adolf Hitler rejeitou qualquer acordo, e competiu com Hindenburg na eleição presidencial, ficando em segundo lugar na primeira e segunda fase da eleição, e recebendo mais de 35% dos votos na segunda fase – mesmo sob as investidas do ministro do interior Wilhelm Gröner e do governo social-democrata prussiano para reduzir as atividades públicas nazistas, incluindo firmemente a proibição das SA.
Os problemas na eleição culminaram o fim dos ânimos de Hindenburg para com Brüning, e o velho marechal-de-campo destituiu o governo e nomeou um novo sob o comando do antidemocrático Franz von Papen, que rapidamente revogou a proibição das SA e convocou novas eleições do Reichstag.
Nas eleições de Julho de 1932, os nazistas conseguiram o seu melhor resultado até então, conquistando 230 lugares no parlamento e conseqüentemente o maior partido alemão. Com os nazistas e comunistas possuindo a maioria do Reichstag, a criação de um governo estável era impossível e no seguimento do voto de desconfiança no governo Papen, apoiado por 84% dos deputados, o parlamento recém-eleito foi desfeito e foram convocadas novas eleições.
Papen e o Partido do Centro quiseram, então, abrir negociações sustentando a participação no governo, mas Hitler exigiu grandes cessões, que incluíam o posto de Chanceler e o acordo com o presidente para poder utilizarem poderes de emergência segundo o artigo 48 da Constituição de Weimar.
Este fracasso em formar um governo, unido aos esforços dos Nazis de conquistar o apoio da classe trabalhadora, influenciaram negativamente parte dos apoiadores, fazendo com que nas eleições de Novembro de 1931, o partido nazista perdesse votos, ainda que se mantivesse como o maior partido do Reichstag.
Já que Papen falhou na sua iniciativa de assegurar uma maioria através da negociação e trazer os nazistas para o governo, Hindenburg o destituiu e nomeou para o seu lugar o General Kurt von Schleicher, uma figura influente, até então, Ministro da Defesa, e que prometeu criar um governo majoritário negociando quer com os sindicatos sociais democratas quer com os dissidentes do partido nazi comandada por Gregor Strasser.
Hitler é Nomeado Chanceler da Alemanha
Simultaneamente a difícil missão de Schleicher; Papen e Alfred Hugenberg, – presidente do partido nacional do povo alemão (DNVP), o maior partido de direita alemão antes da ascensão de Hitler – conspiravam para persuadir Hindenburg a nomear Adolf Hitler Chanceler numa coligação com o DNVP, sob a promessa de que eles o iriam controlar.
Quando Schleicher admitiu falhar em seus esforços, e solicitou a Hindenburg a dissolução do Reichstag, Hindenburg o destituiu do cargo e pôs o plano de Papen em execução, nomeando Hitler Chanceler, Papen como Vice-Chanceler e Hugenberg Ministro das Finanças, num gabinete que ainda só havia três Nazis – Hitler, Göring e Wilhelm Frick.
No dia 30 de Janeiro de 1933, Adolf Hitler fez o juramento oficial como Chanceler na Câmara do Reichstag, sob aplausos de milhares de simpatizantes nazistas.
A esta altura Hitler ainda não era uma unanimidade na Alemanha. O futuro Führer foi nomeado Chanceler numa indicação legal pelo presidente Hindenburg, um fato histórico irônico, já que os partidos do centro apoiaram o presidente por ele ser a única alternativa viável a Hitler, jamais tendo previsto que seria o próprio Hindenburg que traria o fim República.
Porém, nem o próprio Adolf Hitler nem o seu partido conseguiram em algum momento uma maioria absoluta. Nas últimas eleições livres, os nazis conquistaram 33% dos votos, angariando 196 lugares num total de 584. Mesmo nas eleições de Março de 1933, foram realizadas após o terror e violência terem corrido no Estado, os nazis tiveram 44% dos votos. O partido conseguiu o controle da maioria dos lugares no Reichstag pela coligação formal com o DNVP.
No final, os votos adicionais exigidos para defender a lei de aprovação do governo – que proporcionou a Hitler à autoridade ditatorial – foram adquiridos pelos nazistas com a expulsão de deputados comunistas e da intimidação de ministros dos partidos do centro. Sob diversos decretos sucessivos, pouco depois, outros partidos foram aniquilados e toda a oposição proibida. Em poucos meses, Hitler adquiriu o controle autoritário da Alemanha e suprimiu definitivamente os últimos rastros de democracia.
O Regime Nazista
Depois de ter assegurado o poder político sem ganhar o apoio da maioria dos alemães, Hitler buscou reparar essa questão, e conseguiu – permaneceu com a popularidade em alta até ao fim do seu regime. Por sua oratória e por controlar todos os meios de comunicação alemães com seu chefe de propaganda, o Dr. Joseph Goebbels, Hitler convenceu a maioria dos alemães de que ele os salvaria da Depressão, dos Comunistas, do Tratado de Versalhes, e, claro, dos judeus.
Para aqueles que não ficaram convencidos, Hitler remediava com as SA, a SS e Gestapo – Polícia secreta do Estado – que se encarregavam de encaminhar milhares de pessoas para campos de concentração, como o Campo de Concentração de Dachau, criado em 1933 – o primeiro de todos e um modelo para os demais. Milhares de pessoas fugiram da Alemanha, incluindo cerca da metade dos Judeus, que foram para a Inglaterra, Palestina – na época, sob domínio Inglês – e EUA.
Na noite de 29 para 30 de Junho de 1934, aconteceu a chamada “Noite das facas longas“, quando Hitler autorizou a prisão de Röhm, o líder das S.A., que acabou sendo assassinado. Himmler conspirou contra Röhm, apresentando ao Chanceler “provas” manipuladas de que o líder das S.A. planejava o matar Hitler. No dia 2 de Agosto de 1934, Hindenburg, o presidente alemão morreu. Adolf Hitler, então, ocupa seu lugar, unindo as funções de Presidente e de Chanceler, se auto-intitulando Führer -líder – da Alemanha e exigindo um juramento de lealdade a cada membro das forças armadas.
Tal união dos cargos, aprovada pelo parlamento poucas horas após a morte de Hindenburg, foi mais tarde confirmada pela maioria de 89.9% do eleitorado no plebiscito de 19 de Agosto de 1934. Os judeus que até o momento permaneciam na Alemanha, em breve, se arrependeriam da sua hesitação.
Com as Leis de Nuremberg de 1935, os judeus perderam o seu estatuto de cidadãos alemães e foram banidos de toda a função pública, seja exercendo profissões, seja tomando parte na atividade econômica. Receberam sobre si uma nova e violenta força propagandista difamatória.
Poucos alemães se manifestaram contra essas medidas. A Igreja Católica, impregnada de séculos de anti-semitismo, permaneceu silenciosa. Estas restrições foram cresceram absurdamente, após a operação anti-semita de 1938, conhecida como Kristallnacht – Noite dos Cristais. Entre Novembro de 1938 e Setembro de 1939, mais de 180.000 judeus conseguiram fugir da Alemanha; e os Nazistas confiscaram toda a propriedade que ficou para trás.
A partir de 1941, os Judeus foram obrigados a fazer uso da estrela amarela em público, para serem facilmente reconhecidos e considerados “inferiores”.
A Economia durante o Regime
Com o controle ditatorial em mãos, Adolf Hitler iniciou a grandes transformações econômicas. Nem todas as suas medidas foram saudáveis a médio e longo prazo. As políticas econômicas do governo anterior, cautelosas e fiscalistas, estavam sanando as finanças e organizando o Estado alemão. Hitler contrariou esses princípios e pôs em funcionamento um vasto programa de intervencionismo econômico.
O número de desempregados na Alemanha em 1933 era de aproximadamente 6 milhões. Esse número regrediu para 300.000 em 1939. Mas essa regressão fabulosa, só foi possível por diversos motivos, como alterações estatísticas e projetos governamentais:
- – As mulheres foram ignoradas na contagem de desemprego a partir de 1933
- – Judeus, a partir de 1935, foram retirados da condição de cidadãos do Reich, não sendo contados mais como desempregados.
- – Ao desempregado eram oferecidas duas opções: trabalhar para o governo, recebendo baixíssimos salários ou permanecer fora da esfera governamental, sem suas obrigações, mas também sem as vantagens, como saúde, lazer, etc.
- – As convocações para o exército aceleraram. Até 1939, 1,4 milhões de alemães foram convocados. Para dar armamento a esse contingente, a produção industrial cresceu e a procura por mão-de-obra cresceu proporcionalmente.
- – Criação da Frente Alemã de Trabalho, comandada por Robert Ley, que pôs em funcionamento programas governamentais de trabalho que incorporaram boa parte da mão-de-obra disponível, ora empregando-a na melhoria da infra-estrutura da nação, ora nas indústrias e na produção bélica.
Essas medidas aconteceram sobre grande investimento estatal, comprometendo em longo prazo as finanças. Gerando um déficit crescente. De 1928 até 1939, a arrecadação do Estado subiu de 10 bilhões de Reichsmarks para 15 bilhões, porém os gastos, no mesmo espaço de tempo, subiram de 12 bilhões de Reichsmarks para 30 bilhões. Em 1939, o déficit era de 40 bilhões de Reichsmarks.
A inflação, cresceu absurdamente, e em 1936 foi decretado o congelamento de preços. O governo alemão não pôde lidar com o controle de preços e sua interferência constante engessou a economia e complicou o aumento gradual e equilibrado da produção.
Hitler era completamente ignorante em Teoria Econômica, assunto que o entediava profundamente, política fiscal e monetária só tinha sentido em função das necessidades de rearmamento da Alemanha e como integrante de um projeto político que, em médio prazo, aspirava a hegemonia alemã na Europa continental e a colonização da Rússia, através de despojos que garantiriam acesso a matérias-primas a preço baixo e mão-de-obra escrava.
A Política de Hitler
Em Março de 1935, Adolf Hitler negou abertamente o Tratado de Versalhes ao reinstituir o serviço militar obrigatório na Alemanha. A sua meta era construir uma enorme máquina militar, incluindo nova marinha e força aérea – a Luftwaffe. Esta última colocada sob o comando de Göring, um oficial veterano da Primeira Guerra Mundial. O alistamento em grande escala aparentou solucionar o problema do desemprego, mas também distorceu a economia.
Em Março de 1936, Hitler viola o Tratado de Versalhes mais uma vez ao reocupar a zona desmilitarizada na Renânia, sob olhares omissos de França e Inglaterra. Em Julho de 1936, a Guerra Civil Espanhola estoura, com a rebelião militar, liderada pelo General Francisco Franco, contra o governo eleito de forma democrática da Frente Popular. Rebelião que contou com o apoio do Vaticano. Hitler, não só apoiou como enviou tropas para ajudar Franco.
A Espanha tornava-se então um campo de teste para as novas tecnologias e métodos militares criados na Alemanha. Em Abril de 1937, os aviões alemães da Legião Condor bombardeiam e destroem pela primeira vez na história uma cidade a partir do ar. A cidade de Guernica, na província espanhola do País Basco, foi arrasada. No dia 25 de Outubro de 1936, Adolf Hitler alia-se ao ditador italiano Benito Mussolini, com a aliança eixo Roma-Berlim.
Esta aliança se expandiria para incluir também o Japão, Hungria, Romênia e Bulgária, bloco conhecido como as potências do eixo. Em 5 de Novembro de 1937, na Chancelaria do Reich, Hitler presidiu a um encontro secreto onde apresentou os seus planos para a aquisição do “espaço vital” ao povo alemão. Já em12 de Março de 1938, Hitler pressionou a Áustria para unir-se com a Alemanha. Suas tropas ocuparam a Áustria e o Führer discursou triunfalmente em Viena na Praça dos Heróis, onde foi saudado fervorosamente por uma legião de austríacos simpatizantes, muitos com a saudação romana adotada pelos nazistas. O próximo passo a solicitação dos Sudetos, território de língua alemã, pertencente a Checoslováquia.
Isto levou resultou no acordo de Munique de Setembro de 1938 onde a Inglaterra e a França passivamente cederam às exigências de Hitler, tentando evitar a guerra. Em conseqüência ao acordo de Munique, Hitler foi indicado como Homem do Ano de 1938. Alegou-se também que a autora de origem judaica Gertrude Stein defendeu no mesmo ano a entrega do Prêmio Nobel da Paz a Adolf Hitler. No dia 10 de Março de 1939, o Führer alemão ordenou a ocupação da Tchecoslováquia. Somente neste episódio, os ingleses e franceses se deram conta de que deveriam resistir. Negaram às demais exigências de Hitler, que se voltava para a Polônia.
Hitler solicitava a devolução dos territórios perdidos para a Polônia com o Tratado de Versalhes. As potências ocidentais barraram as exigências de Hitler, mas não tiveram acordo com a União Soviética para aliar-se contra a Alemanha. O ditador alemão aproveitou desse fato e no dia 23 de Agosto de 1939, Hitler concluiu o pacto Molotov-Ribbentrop com Stalin, uma aliança que secretamente dividiu a Polônia a cada uma das duas nações. Já em primeiro de Setembro de 1939, a Alemanha invade a Polônia – seguida pela União Soviética. A Inglaterra e a França reagem rapidamente, declarando guerra à Alemanha. Dando início a Segunda Guerra Mundial.
A Segunda Guerra Mundial
Vitórias iniciais
Nos três anos seguintes, Adolf Hitler saborearia uma série quase inabalada de vitórias militares. A Polônia foi rapidamente vencida e partilhada com os soviéticos. Em Abril de 1940, a Alemanha invadiu a Dinamarca e a Noruega. Em maio, a Alemanha ocupou a Holanda, Bélgica, Luxemburgo e França – esta última rendeu-se em 6 semanas. Em Abril de 1941, a Iugoslávia e a Grécia foram atacadas pelas forças alemãs. Forças ítalo-alemãs avançavam também pelo norte africano em direção ao Egito.
A única derrota de Adolf Hitler neste período foi ter que retrair ao seu plano de bombardear e invadir a Inglaterra. A Força Aérea Inglesa – RAF – venceu no ar a Batalha da Inglaterra. A incapacidade de adquirir superioridade nos céus britânicos significou que a “Operação Leão Marinho”, o plano de invasão à Grã-Bretanha, foi cancelada. A 22 de Junho de 1941 foi posta em prática a Operação Barbarossa. As forças de Hitler invadiram a União Soviética, rapidamente ocupando a terça parte da Rússia Européia, cercando Leningrado e ameaçando Moscou.
No inverno, as tropas alemãs foram barradas às portas de Moscou com o rompimento da frente pelos russos, porém no verão seguinte, a ofensiva continuou. Em Julho de 1942, os exércitos de Hitler alcançariam rio Volga. Neste local, os alemães foram derrotados em 2 de fevereiro de 1943 na Batalha de Stalingrado, a primeira grande derrota nazista na Guerra e que seria o marco decisivo inicial da derrota do III Reich. No norte de África, os ingleses venceram os alemães na batalha de El Alamein, aniquilando o plano de Adolf Hitler de tomar o Canal do Suez e o Oriente Médio.
A derrota da Alemanha na Segunda Guerra
A partir de 1943, a queda alemã tornou-se certa e o atentado de Julho de 1944 contra Hitler expôs a força da oposição interna.
Nessa época a saúde de Hitler estava debilitada, com problemas cardíacos, hipocondria, insônia e envelhecimento precoce. Após outra derrota – ofensiva das Ardenas, em Dezembro de 1944 -, Hitler e sua noiva Eva Braun foram para um grande bunker na cidade de Berlim. No dia 30 de abril de 1945, Adolf Hitler e sua esposa Eva Braun – se casaram na madrugada do dia anterior – se recolheram para seus aposentos no bunker e alguns minutos depois o som de um tiro anunciava o suicídio do Führer e o fim do Terceiro Reich.
Animação de como teria sido a morte de Adolf Hitler
Os corpos foram cremados num buraco de bomba no jardim da chancelaria alemã a mando de Hitler, que antes do suicídio solicitou o sumiço de seu corpo, talvez com receio de que acontecesse o mesmo que sucedeu a Benito Mussolini – os corpos de Mussolini e de sua esposa foram expostos em praça publica.
Controvérsia sobre sua Morte
Uma quantidade esmagadora dos relatos históricos sustenta a tese do suicídio de Hitler. Porém, vertentes na América Latina, defendem que Hitler teria fugido para a Argentina onde teria falecido de uma doença incurável, e que o indivíduo morto no bunker em Berlim foi um sósia. Uma terceira corrente de historiadores acredita Adolf Hitler teria morrido quando o bunker foi destruído por um grande ataque aéreo dos aliados no fim da Segunda Guerra.
Defendem ainda que, após este ataque, os corpos de Eva Braun e do seu braço direito, Heinrich Himmler, tenham sido encontrados, mas em melhores condições que o do próprio Hitler. Tinha em seu corpo queimaduras e marcas das ferragens, e o de Adolf estava violentamente carbonizado, sendo reconhecido apenas por sua vestimenta e seu bigode. O reconhecimento do corpo de Adolf Hitler foi realizado por seus próprios comandantes e soldados capturados.
Como os corpos foram encontrados carbonizados, os aliados anunciaram que seus corpos não foram encontrados, mas se sabe, via relatos, que motivo para que os mesmos tiverem sido localizados carbonizados não foi em conseqüência da ordem direta de Hitler, mas sim devida a explosão de uma bomba que teria destruído o bunker onde ele e seus homens de confiança se encontravam.
A autópsia realizada nos corpos encontrados no bunker mostrou que em num desses corpos havia uma munição de pistola Luger. Boatos afirmam que era a arma com a qual Hitler havia se suicidado antes da bomba atingir o bunker, ou ainda que um dos seus colaboradores houvesse atirado em Hitler para que ele não fosse capturado com vida pelos aliados.
O Testamento de Adolf Hitler
No dia 29 de dezembro de 1945, em Nuremberg, foram anunciados a existência de diversos documentos secretos achados numa casa de campo, situada em Tegernsee, a 48 km de Munique. Eram quatro documentos que foram chamados de testamento de Adolf Hitler. Foram considerados na época como prova definitiva da morte de Hitler, – já que seus corpos foram queimados no bunker e o local foi ocupado pelas tropas russas que atrapalharam as investigações e isso gerou dúvidas sobre a morte do Führer.
O achado veio pelas mãos dos britânicos da contra-espionagem e estadunidenses. Os documentos tinham data de 29 de abril de 1945, remetendo a pouco antes do colapso da resistência alemã, e tinha como testemunhas Joseph Goebbels, ex-Ministro da Propaganda do Reich do ex-Vice-“Führer” do Reich, Martin Bormann, do ex-representante de Himmler na Tchecoslaváquia, Hans Krebs, e de Wilhelm Bergdorf. No mesmo local foi encontrado o contrato de casamento original de Hitler com Eva Braun, testemunhado por Martin Barmann e por Goebbels. Junto ao contrato havia um documento anexo, redigido pelo realizador da cerimônia.
Alguns trechos do documento dizia:
“As pessoas que vão ser casadas declararam ser de pura descendência ariana e não estar infetadas de doenças hereditárias, o que se excluiria do matrimônio. Considerando a situação da guerra e as especiais circunstâncias, requerem o matrimônio conforme as leis especiais de guerra. Também requerem a publicação oral dos proclamas seja suprimida, assim como as delongas legais. O requerimento é aceito. A parte oral do proclama foi conferida e encontrada em ordem.”
“Vamos iniciar a cerimônia do matrimônio. Em presença das testemunhas, pergunto-vos, meu “Führer”, Adolf Hitler: “Aceitais a Srta. Eva Braun como vossa espôsa? Se a aceitais, responde: “aceito”.
Agora pergunto-vos, Srta. Eva Braun: “Aceitais nosso “Führer” Adolf Hitler, como vosso espôso? Se aceitas, respondei “aceito”.
Depois de os dois nubentes terem manifestado suas intenções, declarei ser legal este matrimônio perante a lei”.
Hitler, Goebbels e Burmann assinaram a ata matrimonial. Quando Eva assinou, usou pela primeira vez seu nome de casa, “Senhora Hitler”.
Outro documento achado, além do testamento político Hitler, foi o seu testamento particular distribuindo sua fortuna pessoal que tem como testemunhas Martin Bormann, Goebbles e Nikolaus von Below, ajudante de Martin Bormann
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