Paris - FrançaGodard passou a infância e juventude na Suíça e depois estudou etnologia na Sorbonne. Filho de um médico francês e de uma herdeira de banqueiros suíços, Godard rompeu com os pais na juventude depois de se decidir pela crítica de cinema e descobrir o passado anti-semita de parte da família. Ao lado de um grupo de resenhistas ferinos que virariam cineastas (François Truffaut, Eric Rohmer, Claude Chabrol, Jacques Rivette), esteve na linha de frente da nouvelle vague, a renovação do cinema francês. A partir de 1952 colaborou na revista Cahiers du Cinéma e, depois de vários curta-metragens, fez em 1959 seu primeiro filme longo, "À bout de souffle" (Acossado). Esse filme foi um dos primeiros da Nouvelle Vague, movimento que se propunha renovar a cinematografia francesa e revalorizava a direção, reabilitando o filme dito de autor.
Os filmes seguintes confirmaram Godard como um dos mais inventivos diretores da Nouvelle Vague: Vivre sa vie (1962; Viver a vida), Bande à part (1964), Alphaville (1965), Pierrot le fou (1965; O demônio das 11 horas), Deux ou trois choses que je sais d'elle (1966; Duas ou três coisas que eu sei dela), La Chinoise (1967; A chinesa) e Week-end (1968; Week-end à francesa). O cinema de Godard nessa fase caracteriza-se pela mobilidade da câmera, pelos demorados planos-seqüências, pela montagem descontínua, pela improvisação e pela tentativa de carregar cada imagem com valores e informações contraditórios.
Após o movimento estudantil de maio de 1968, Godard criou o grupo de cinema Dziga Vertov — assim chamado em homenagem a um cineasta russo de vanguarda — e voltou-se para o cinema político. Pravda (1969) trata da invasão soviética da Tchecoslováquia; Le vent d'Est (1969; Vento do Oriente), com roteiro do líder estudantil Daniel Cohn-Bendit, desmistifica o western e Jusqu'à la victoire (1970; Até a vitória) enfatiza a guerrilha palestina. Mais uma vez, Godard procurou inovar a estética cinematográfica com Passion (1982), reflexão sobre a pintura. Os filmes seguintes, como Prénom: Carmen (1983) e Je vous salue Marie (1984), provocaram polêmica e o último deles, irreverente em relação aos valores cristãos, esteve proibido no Brasil e em outros países.
Companheira: Anne-Marie Miéville
Cônjuge: Anne Wiazemsky (de 1967 a 1979), Anna Karina (de 1961 a 1967)
Irmãos: Véronique Godard, Rachel Godard, Claude Godard
Cônjuge: Anne Wiazemsky (de 1967 a 1979), Anna Karina (de 1961 a 1967)
Irmãos: Véronique Godard, Rachel Godard, Claude Godard
Nenhum comentário:
Postar um comentário