Tales, matemático e astrônomo grego, nasceu em Mileto (atual Yeniköy, Turquia), por volta de 640 a.C., e morreu aproximadamente em 546 a.C. Filho de uma família de Tebas, da estirpe de Cadmo, era comerciante bem sucedido nos ramos de azeite e sal, mas foi, também, o mais antigo e ilustre dos sete sábios da Grécia.
Atribui-se a ele a fundação da escola jônica, ponto de partida para a criação do pensamento filosófico da Grécia antiga – de cujas obras subsistem apenas fragmentos transmitidos por escritores posteriores, mas nos quais se encontra o germe de muitas idéias que exerceriam influência decisiva sobre todo o pensamento ocidental -, e ainda a criação de uma federação composta por doze cidades jônicas (Focéia, Clazômena, Eritréia, Teos, Lébedo, Cólofon, Éfeso, Priene, Mios, Mileto, e as cidades-ilhas Quios e Samos) que formavam um corpo unitário político denominado Confederação da Jônia, cujo objetivo principal era a defesa conjunta contra o império persa (Mileto foi destruída por Dario, rei da Pérsia, em 494 a.C.).
Tales de Mileto foi o primeiro geômetra grego e pai da matemática dedutiva, mas as realizações que lhe são atribuídas baseiam-se apenas em relatos de historiadores como Diógenes, Heródoto e Aristóteles, ou em lendas mantidas pela tradição. É o caso, por exemplo, da descoberta de algumas propriedades do triângulo esférico, ou a demonstração de que dois ângulos opostos pelo vértice são iguais em um triângulo. Os registros históricos revelam que Tales estudou geometria nos santuários egípcios (onde mediu a altura das pirâmides pela sombra projetada por elas), e astronomia na Babilônia, tornando-se famoso por haver predito um eclipse total do Sol (que computações astronômicas revelam ter acontecido no ano de 610 a.C.), ao constatar que a Lua era iluminada por esse astro.
Ainda no campo da astronomia, ele dividiu o céu em cinco zonas (ártica, trópico de verão, equador, trópico de inverno e antártica), defendeu o conceito de que a Terra era plana, sugeriu o ano solar com 365 dias, descreveu a constelação boreal da Ursa Menor, aconselhando aos marinheiros que se servissem dela como guia para navegação, calculando, ainda, a duração dos intervalos entre solstícios e equinócios, que são, respectivamente, os períodos em que o Sol mais se distancia da linha do equador, ou se mantém sobre ela.
Ele defendeu o conceito de que a Terra era plana e o ano solar durava 365 dias. Introduziu, também, uma revolucionária teoria cosmológica sobre a constituição do Universo e da Terra, na qual a água era o elemento do qual o mundo se originara e ao qual estava destinado a retornar. Segundo esse pensamento, a água, o ar, o fogo e a terra eram os elementos primários da natureza, sendo a água a parte fundamental do universo e de toda a constituição da matéria, ou seja, todas as coisas eram feitas de água e seus diferentes aspectos resultavam de suas diferentes concentrações. Tales de Mileto foi o primeiro geômetra grego e pai da matemática dedutiva, mas as realizações que lhe são atribuídas baseiam-se apenas em relatos de historiadores como Diógenes, Heródoto e Aristóteles, ou em lendas mantidas pela tradição. É o caso, por exemplo, da descoberta de algumas propriedades do triângulo esférico, ou a demonstração de que dois ângulos opostos pelo vértice são iguais em um triângulo.
Os versos que escreveu, e que se perderam no decorrer do tempo, tratavam de questões morais ou políticas, e a nova concepção de mundo estabelecida por ele e seus seguidores, segundo a qual o primordial não era o que sabemos, mas como o sabemos, pode ser entendida como a primeira tentativa para explicar racionalmente o universo, sem necessidade de que, para isso, fosse preciso recorrer a entidades sobrenaturais. Tales de Mileto faleceu quase centenário, e é considerado como um dos criadores da Física, da Astronomia e da Geometria.
Considerado o “pai da filosofia grega”, Tales nada deixou escrito, mas suas teorias se tornaram conhecidas graças a diversos pensadores, entre eles Aristóteles, que o tinha como o fundador da filosofia porque foi ele que concebeu a idéia de que o princípio das coisas estava naquilo que procedia da natureza da matéria, e por isso citava a água como exemplo, afirmando que a terra flutua sobre ela, que o alimento de todas as coisas é úmido, pois até o quente é gerado e vive no úmido. E concluía: ora, aquilo de que todas as coisas se geram é, exatamente, o princípio de tudo.
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