quarta-feira, 20 de junho de 2018

FRANCISCO SOLANO LÓPEZ


solano lopes 1
O ditador paraguaio nasceu em Assunção, em 24/7/1826, e morreu junto ao riacho Aquidabã, em território do seu país, no dia 1º de março de 1870. Regressando da Europa, para onde fora a fim de completar os estudos, ele começou a participar dos negócios públicos ao lado do pai, Carlos Antônio López, então presidente da república paraguaia, retornando ao continente europeu em 1853, para ratificar tratados de comércio com a França, Inglaterra e Sardenha.
Depois disso, desempenhou as funções de ministro da Guerra e da Marinha, e foi nessa época que passou a alimentar a idéia de criar um poderoso império na América do Sul. Para esse fim organizou um forte exército composto por 80.000 homens, ao mesmo tempo em que preparava secretamente a anexação de algumas regiões do Brasil, Argentina e Bolívia.
Com a morte de seu pai, em 16/09/1862, assumiu a presidência provisória do país em decorrência da vontade manifestada pelo falecido em testamento, o que foi confirmado pelo congresso convocado especialmente para esse fim, que lhe outorgou um mandato de 10 anos. Dono do poder, Solano López deu sequência à política praticada pelos seus antecessores, transformando-se então em um ditador despótico cuja vontade predominava de forma absoluta em todas as esferas administrativas.
Em 1864 interferiu como mediador em uma pendência territorial entre o Brasil e o Uruguai, usando, então, o fato das sugestões por ele apresentadas não terem sido ouvidas, como pretexto para capturar em novembro do mesmo ano, no rio Paraguai, um navio brasileiro. Em seguida, invadiu as províncias de Mato Grosso, no Brasil, e Corrientes, na Argentina, agressões essas que deram início a uma luta sangrenta que se prolongou por cinco anos e que ficou conhecida como Guerra do Paraguai.
No prolongamento desse conflito armado López se viu obrigado a convocar todos os cidadãos paraguaios com idade entre 15 a 60 anos, oferecendo, dessa forma, enorme e heróica resistência às tropas inimigas que avançavam pelo país com efetivos numericamente bem maiores. Porém, de derrota em derrota ele acabou sendo obrigado a fugir de Assunção, retirando-se para o interior do seu país com seu exército já reduzido a pequenos contingentes. Até que sendo batido pelas tropas aliadas na batalha de Cerro Corá, foi surpreendido em sua fuga por um grupo de soldados brasileiros quando tentava transpor com alguns homens o riacho Aquidabã. Foi lá, segundo a tradição, que ele morreu com um golpe de lança desferido pelo cabo José Francisco Lacerda, conhecido como Chico Diabo.
Educado na França do imperador Napoleão III, Solano Lopes freqüentou a corte local e lá adquiriu forte formação militarista. Aos 18 anos de idade foi nomeado general de brigada de seu país, e ministro das pastas de Guerra e da Marinha. Em Paris ele conheceu a irlandesa Elisa Lynch, originalmente Elisabet Alícia Lynch (03/06/1835 – 27/07/1886), com quem passou a viver maritalmente.  Forte apoiadora das estratégias de guerra, ela insistia na posição paraguaia contrária a Tríplice Aliança. Certas fontes sustentam que todos os saques contendo objetos de valor ficavam em seu poder., enquanto outras sugerem que era implacável com os inimigos.
SOLANO LOPES 2Desde sua independência o Paraguai fora governado por ditadores que procuraram se isolar dos conflitos platinos. Isso até a morte de Carlos Antonio López. Em 16 de outubro de 1862, Solano López convocou o congresso para elegê-lo presidente do Paraguai por um período de 10 anos. Assumindo o cargo, Solano López continuou a política econômica nacionalista dos seus antecessores, que não admitia submissão ao capital estrangeiro, especialmente ao inglês.
O Paraguai conseguiu, então, ter uma moeda extremamente forte. Construiu siderurgia, fábrica de armas e pólvora, de materiais de construção, de tecido, tinta, papel, estradas de ferro, telégrafos, entre outras. Caracterizado como uma ditadura nacionalista, a produção nacional era protegida. Solano López criou uma balança comercial favorável, concedeu terras aos camponeses, e acabou com o analfabetismo infantil.
Mas ele alimentava o sonho expansionista e militarista de formar o Grande Paraguai, que abrangeria as regiões argentinas de Corrientes e Entre Rios, o Uruguai, o Rio Grande do Sul, o Mato Grosso e o próprio Paraguai. A conquista do Uruguai e do Rio Grande do Sul seria fundamental para López porque daria ao seu país uma saída para o mar, livrando-o do pagamento das altas taxas alfandegárias cobradas no porto de Buenos Aires.
Objetivando a expansão imperialista, Solano López instalou o serviço militar obrigatório, organizou um poderoso exército, fortaleceu a Marinha e criou indústrias bélicas.
A intervenção brasileira que derrubou Aguirre, no Uruguai, logo acompanhada pela não aceitação da intermediação de Solano López no conflito, serviu como pretexto para o início da “Guerra do Paraguai”, iníciada em novembro de 1864 quando o presidente paraguaio mandou aprisionar o navio brasileiro Marquês de Olinda, que navegava pelo rio Paraguai. Logo em ,seguida atacou Dourados, no Mato Grosso. Mas como seu objetivo era o de ganhar uma saída para o oceano Atlântico, ele atacou também a Argentina, mas com a intenção pré-determinada de se apossar, em seguida, do Rio Grande do Sul e o Uruguai.
No dia 01 de maio de 1865, o Brasil, a Argentina e o Uruguai firmaram um tratado criando a “Tríplice Aliança”, xom a finalidade de oposição a López. Várias batalhas se sucederam. A Argentina e o Uruguai tiveram problemas internos e retiraram-se do conflito, deixando ao Brasil a responsabilidade de combater Lopez.
Caxias reorganizou o Exército, comprando armamentos e aperfeiçoando as operações militar. Tais medidas proporcionaram inúmeras vitórias militares, até que em janeiro de 1869. Assunção, a capital paraguaia, foi finalmente conquistada. Iniciou-se, então, com a “Campanha das Cordilheiras”, insistente e determinada perseguição a Solano Lopez. Que terminou com a morte do presidente paraguaio.na batalha de Cerro-Corá, em 01 de março de 1870.

Nenhum comentário:

Postar um comentário