Imperador romano de 98 a 117, Marcus Ulpius Trajanus Trinitus, cognominado Dácico e Pártico, era natural de Itálica, na Espanha, onde nasceu em 52 da nossa era, tendo morrido em Selinonte, na Cilícia, parte da Turquia Asiática, em julho ou agosto de 117. Filho de um cônsul protegido por Vespasiano, iniciou em sua companhia os primeiros treinamentos militares, vindo a ser também cônsul e comandante das legiões romanas na Baixa Germânia.
Em 96, Marcus Cocceius Nerva, nascido em 08/11/30, assumiu o comando do império romano. Pouco tempo depois, convencido da necessidade de colocar um homem bastante forte no governo, ele adotou Trajano como colega e sucessor, governando o império juntamente com ele até a data de sua morte, em 25 de janeiro de 98. Nessa época o novo imperador encontrava-se no vale alemão do Reno, rio que nasce na Suíça e vai desaguar no mar do Norte, na Holanda, depois de atravessar França e Alemanha.
Trajano seguiu para Roma apenas no ano seguinte, onde conquistou grande popularidade. Ele organizou a instituição alimentar, ou serviço de assistência para as crianças pobres, que graças a um engenhoso mecanismo de empréstimos foi, ao mesmo tempo, um incentivo à agricultura. Mas mostrou-se impiedoso com os delatores, conservando no trono, porém, a afabilidade que o caracterizara na vida particular. Sua correspondência com Plínio, o Moço, demonstra a maneira criteriosa pela qual estudava as questões que lhe eram apresentadas. Mas apesar disso, perseguiu rigorosamente os cristãos.
Em seu governo foram construídas grandes obras, como o fórum que recebeu o seu nome, duas bibliotecas, uma basílica e a coluna que recordava as expedições que liderou na Dácia (território correspondente à Romênia e Moldávia atuais). Também mandou construir um porto próximo ao de Cláudio (o de Óstia, feito em semicírculo, com dois diques e um farol na sua boca. A nova construção também permitiu reduzir os casos de inundações em Roma), além dos de Centum Cellae (Civitavecchia) e de Ancona, e a ponte do Alcântara, sobre o rio Tejo. Grande administrador, Trajano não foi, porém, menos hábil como guerreiro.
Para acabar com o receio continuado que os dácios (povo que vivia na parte central da Europa, às margens do Danúbio) inspiravam ao império, resolveu mudar a fronteira para a outra margem do rio, além de assegurar a paz pela conquista da Dácia. Uma primeira expedição teve lugar em 101 e 102, e outra em 105. O imperador comandou pessoalmente suas forças militares, procedendo, depois da conquista, a organização do país. O cunho romano que imprimiu aos conquistados permaneceu indelevelmente na România, ou Romênia, caracterizando não apenas a língua e o nome do país, mas um tipo de seus habitantes.
No Oriente criou, durante essa época, uma província na Arábia, e empreendeu uma expedição contra os partos, povo de origem indo-européia do qual pouco se sabe além de que eram nômades e falavam a língua iraniana. Mas esta precisou ser interrompida ameaçava seus exércitos no Ocidente e no Oriente. Mas não conseguiu regressar, morrendo na costa da Cilícia, quando tentava fazê-lo. depois de grandes sucessos, devido aos indícios de uma insurreição geral que
Apesar de ter recebido do Senado o nome de Optimus, sua vida particular caracterizou-se, porém, pela devassidão de costumes.
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