
Desde menino, sonhava em ser um jornalista, porém seus professores dos tempos escolares o persuadiram para se alistar no Exército Imperial japonês. Kuribayashi graduou-se na escola secundária de Nagano em 1911 e a na 26ª turma do da academia do Exército Imperial japonês, em 1914.
No início de 1928, foi para um centro militar em Washington como adido militar, onde permaneceu por 2 anos. Onde pôde observar o poder industrial dos Estados Unidos.
Quando retornou a Tóquio, foi nomeado como o primeiro adido militar japonês ao Canadá em 1931. Ele foi promovido a tenente-coronel em 1933.
Durante os seus serviços no Estado-Maior do Exército Imperial japonês em Tóquio, de 1933 a 1937, escreveu letras para várias músicas militares. Em 1940 foi promovido a general.
Guerra do Pacífico
Em dezembro de 1941, Kuribayashi foi a campo como o Chefe do Estado-Maior do 23º Exército japonês na Invasão de Hong Kong. Em 1943, foi promovido a tenente-general, e designado para o cargo de comandante da 2ª Divisão da Guarda Imperial, que era essencialmente uma divisão de reserva e de formação.
Em 27 de maio 1944, ele se tornou o comandante da 109ª Divisão IJA. Apenas duas semanas depois, em 8 de junho, ele recebeu ordens assinadas pelo primeiro-ministro Hideki Tojo para defender um ponto estratégico: a ilha de Iwo Jima.
Kuribayashi conduziu uma força de 21.000 homens, sem apoio aéreo ou naval contra os Estados Unidos, numa invasão que empregou 3 divisões de fuzileiros, num total de 100.000 homens.
Kuribayashi reconheceu desde o inicio que, sem possibilidade de re-abastecimento, reforço, o apoio naval e aéreo, não seria capaz de proteger Iwo Jima da esmagadora superioridade das forças dos Estados Unidos. Mas a perda de Iwo Jima colocaria todo o Japão dentro do alcance dos bombardeiros estadunidenses. Desta forma, Kuribayashi estava determinado a retardar a queda de Iwo Jima o máximo possível e causar o maior número de baixas possíveis aos soldados estadunidenses.
Kuribayashi conhecia o modo de lutar dos estadunidenses e ao invés de lutar pelo espaço das praias, preferiu deixar o inimigo penetrar os domínios da ilha, antes de abrir fogo. Para isso, foram construídos mais de 18 km de túneis e 5000 cavernas e bunkers, por toda a ilha. A ordem do general à sua tropa era de que cada soldado japonês deveria abater 10 soldados estadunidenses ou um tanque, antes de ser abatido. Também proibiu os ataques suicidas, pois os considerava ineficazes.

A morte de Kuribayashi permanece um mistério. Seus homens deram relatos contraditórios e seu corpo nunca foi encontrado. Acredita-se que ele tenha sido morto ao liderar um ataque final. E que seu corpo não fora identificado devido a seu ato de ter retirado suas divisas militares e lutado como um soldado raso. Poucos crêem na teoria de que tenha cometido suicídio.
Os Estados Unidos declararam Iwo Jima segura a 26 de Março, 1945. 6821 soldados estadunidenses foram mortos e 19.189 feridos. Apenas 216 dos cerca de 21000 defensores japonês sobreviveu à invasão.
Kuribayashi escreveu diversas cartas para sua família. Estas se tornaram valiosas crônicas de seu tempo.
No Cinema

No cinema, a história do General Kuribayashi ganhou destaque mundial no filme Cartas de Iwo Jima. O Ator japonês Ken Watanabe interpretou o general no filme de Clint Eastwood. O filme narra as batalhas, os momentos vividos pelos soldados na ilha com base nas centenas de cartas encontradas nas cavernas da ilha anos após o conflito. Cartas escritas por praças e oficiais, as quais nunca foram enviadas aos seus destinos.
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