Nascido na localidade de Tavistock, Inglaterra, em 1540, e falecido próximo à cidade de Puerto Bello, nas Antilhas, em 1596, Francis Drake, que em vida foi corsário, explorador e almirante inglês, ingressou cedo na marinha, tendo sido comissário de bordo aos dezoito anos de idade e capitão aos 22, quando combateu os espanhóis no México.
Durante os anos de 1570-71 visitou as Índias Ocidentais (possessões e colônias inglesas no mar nas Antilhas) por duas vezes, estudando o ataque que realizou em 1573, com três navios, saqueando a cidade de Nombre de Dios, capturando alguns navios espanhóis com cargas valiosas e incendiando a cidade de Santa Cruz. Depois de carregar as suas embarcações com o produto das pilhagens, ele regressou à Inglaterra.
Meses depois ajudou o conde de Essex em um ataque frustrado à Irlanda, e ao retornar apresentou à rainha Isabel I seu plano de viagem aos mares do sul, através do estreito de Magalhães. Em 1577, financiado por ela, Francis Drake reuniu uma frota de cinco navios pequenos, com 166 tripulantes, pôs-se ao mar e penetrou no estreito de Magalhães, extremo sul da América, numa travessia que durou dezesseis dias e foi tumultuada por vários incidentes, ao final da qual dois veleiros se desgarraram, não conseguiram reencontrar as outras embarcações e retornaram à Inglaterra.
Em virtude dessa temerária e bem-sucedida jornada em águas temidas por todos os marinheiros, a ligação entre os oceanos Atlântico e Pacífico, no extremo-sul do continente americano, passou a ser conhecida como passagem de Drake.
Com os navios restantes Francis Drake saqueou estabelecimentos espanhóis em diversos pontos do Pacífico e depois acompanhou a costa americana na direção norte – quando tomou posse da Califórnia, à qual deu o nome de Nova Albion – procurando uma forma de chegar ao Atlântico novamente, mas não a encontrando rumou então para oeste, contornou o cabo da Boa Esperança e chegou à Inglaterra com apenas 57 homens a bordo, completando assim a primeira viagem inglesa em volta da terra.
A história registra que no dia 26 de setembro de 1580, o navio de Drake, o Golden Hind, (A Corsa Dourada) ancorou próximo a Plymouth, mas antes de entrar no porto o capitão procurou saber primeiramente se a rainha Elizabeth I estava viva, pois do contrário ele fugiria da Inglaterra para não ser preso e executado, levando consigo a preciosa carga guardada nos porões da embarcação.
Tranqüilizado pela resposta afirmativa dos informantes, Drake ancorou próximo a Ilha de Nicholas e ficou aguardando confirmação de que a rainha o receberia em seu palácio. Porém, em sinal de aprovação a seus atos, a rainha foi a bordo de seu navio e o armou cavaleiro, recebendo, também, ouro, prata e jóias tiradas dos tesouros dos navios espanhóis. O capitão ainda a presenteou com seu diário de viagem e com um mapa do mundo, recebendo, na ocasião, um prêmio no valor de 10 mil libras.
Em 1585, Isabel I e Felipe II, da Espanha, romperam suas relações amistosas e por isso sir Francis Drake se pôs novamente ao mar e rumou para as Antilhas, onde tomou as cidades de Santiago, nas ilhas do Cabo Verde, São Domingos, Cartagena e Santo Agostinho, afundando ainda diversos navios na baía espanhola de Cádiz, próxima ao estreito de Gibraltar.
Promovido a vice-almirante em 1588, participou das operações navais que provocaram a derrota da até então Invencível Armada espanhola, tida como a maior força naval da Europa da época, fazendo naufragar 23 de seus barcos e assinalando dessa forma a soberania naval britânica. Tornou-se, depois, membro do Parlamento em 1592-93, quando embarcou mais uma vez para lutar contra os espanhóis, nas Ilhas Ocidentais.
Nessa viagem ele acabou morrendo a bordo do seu navio, depois de ter amargado alguns insucessos.
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