segunda-feira, 11 de junho de 2018

Hernan Cortês


IND144080Mais conhecido como Hernan Cortês, este conquistador espanhol (1485-1547) que dava a si mesmo o nome de Hernando Cortês, ou Fernando Cortês, iniciou aos dezenove anos uma viagem ao redor do mundo, chegando a São Domingos em 1504. (São Domingos, antiga Hispaniola, segunda maior ilha do Caribe, depois de Cuba, divide-se atualmente entre dois países: a República Dominicana, a leste, e o Haiti, que ocupa o terço ocidental da ilha). . .
Em 1511 ele participou da expedição chefiada por Diogo Velasquez, administrador local incumbido da conquista da Cuba, e indicado por este para organizar uma expedição ao Iucatan (península ao sul do México), em busca das riquezas que lá se dizia existirem, mas foi logo depois afastado da missão em virtude das suspeitas surgidas sobre suas verdadeiras intenções.
Alguns anos depois o mesmo Diogo Velásquez, inconformado com o fracasso em duas incursões anteriores ao território hoje mexicano, determinou que uma terceira expedição fosse organizada para chegar ao Iucatan, tendo nomeado Cortês como comandante de uma frota formada por onze navios lotados com homens bem armados, cavalos e artilharia. Porém, como novas suspeitas sobre o aventureiro espanhol haviam sido levantadas por seus invejosos opositores, Velasques tentou impedir a partida das embarcações, mas não conseguiu evitar que elas zarpassem no dia 10 de fevereiro de 1519, em busca de seu objetivo maior, que era a conquista do México.
Hernan Cortês alcançou seu destino quatro meses depois, fundando no local de desembarque a cidade de Vila Rica de Veracruz, nome esse dado em razão da existência de ouro na região, e também porque a chegada dos espanhóis àquelas terras acontecera em uma sexta-feira santa.
A presença de Cortês em território mexicano coincidiu com a data do calendário maia que previa a vinda do deus Quetzalcóati naquele mesmo período, e certamente por isso uma das representações deste deus, segundo tradições orais, é a de um homem branco, barbado e com olhos claros, e seria uma das justificativas da teoria de que os povos indígenas, durante a conquista da Nova Espanha, acreditaram que Hernán Cortez fosse Quetzalcóati.
Analisando as crônicas do século XVI sobre a conquista do México, historiadores compartilham da crença de que os astecas realmente acharam que Cortez era a representação humana do deus Quetzalcóatl , e essa é uma das razões pela qual os espanhóis dominaram tão facilmente a América Central.
Ao tomar conhecimento das riquezas de Montezuma II, chefe dos astecas, Hernán Cortês partiu à sua procura depois de destruir a própria esquadra, a fim de prevenir motins e revoltas. Alcançando Tenochtitlan, capital do império, localizada onde hoje se situa a cidade do México, ele aprisionou o imperador, exigindo dele pesado resgate.
Ao saber que Diogo Velasquez enviara uma expedição para capturá-lo, foi ao seu encontro e convenceu seu comandante, Panfilo de Narváez, navegador espanhol que já havia visitado várias ilhas do Caribe após a descoberta de Cristovão Colombo, a ajudá-lo na busca dos tesouros indígenas. Mas ao retornar a Tenochtitlan constatou que a guarnição que ali deixara havia assassinado diversos nobres locais, e na luta que se seguiu Montezuma foi morto por membros de sua própria tribo, sendo os espanhóis obrigados a deixar a cidade em 30.06.1520, no episódio conhecido como Noche Triste, em que aconteceu o massacre asteca.
Reorganizando suas tropas, Fernando Cortés aliou-se aos tlascalans, inimigos dos astecas, e marchou contra estes, capturando sua capital em agosto de 1521. Nomeado governador do México, ocupou-se da construção da colônia em meio às lutas contra índios e oficiais espanhóis contrários ao seu governo, mas forçado a regressar à Espanha para defender-se das acusações que lhe eram feitas, acabou sendo agraciado com os títulos de marquês Del Valle de Oáxaca capitão-general da Nova Espanha.
Retornando ao México (1530), descobriu que o poder já estava em outras mãos, razão pela qual realizou dali em diante diversas expedições infrutíferas que lhe consumiram grande parte da fortuna. Voltando à Espanha (1539) para apresentar uma série de reclamações ao rei Carlos V, não foi atendido em nenhuma delas. O aventureiro Cortés morreu na Espanha alguns anos depois, perto da cidade de Sevilha.

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