terça-feira, 12 de junho de 2018

Daniel Gabriel Fahrenheit


FAHRENHEITO físico Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736) nasceu no dia 24 de maio na cidade polonesa de Gdansk, localizada na foz do rio Vístula, para onde seu avô levara a família em 1650. Sua cidade natal esteve durante muitos anos sob domínio alemão (1793-1945), tendo recebido nesse período o nome de Danzig.
Filho mais novo do casal Daniel e Concórdia, Fahrenheit, foi educado para trabalhar no comércio, já que seu pai e avô exerciam essa atividade. Em Amsterdã, cidade holandesa onde trabalhou e estudou, o jovem conheceu o físico Willen Jacob’s Gravesande (1688-1742), natural daquele país, que o convenceu a deixar o comércio e dedicar-se à física experimental, e que nessa atividade desse atenção especial ao aperfeiçoamento das técnicas de fabricação de termômetros, barômetros, higrômetros e aerômetros, a fim de possibilitar leituras mais precisas de temperatura, pressão atmosférica, umidade nos gases e densidade de sólidos e líquidos, respectivamente.
Foi em virtude desse encaminhamento e de sua aptidão natural para a pesquisa, que Fahrenheit, ainda relativamente novo quanto à idade, inventou o termômetro a álcool em 1709. Poucos anos depois, em 1714, criou o termômetro por dilatação de mercúrio, e em 1724 a escala Fahrenheit, cujo símbolo é ºF. Nessa nova escala uniforme de leitura de temperatura, o ponto de fusão da água é de 32 ºF e o ponto de ebulição é de 212 ºF. Embora a criação do termômetro seja atribuída ao Galileu Galilei (1564/1642), físico, matemático e astrônomo italiano, e que além disso outros modelos tenham surgido depois do dele, o de Daniel Gabriel Fahrenheit foi o primeiro a superar todas as dificuldades relativas à precisão das medidas.
FAHRENHEIT 2No ano de 1714 o álcool era utilizado para medições de temperatura, mas esta não poderia ser muito alta em virtude da facilidade de ebulição do líquido. Misturando-o com água, superava-se em parte esse problema, mas a dilatação não uniforme desse material impedia que a escala pudesse ter subdivisões muito pequenas. Já o emprego de mercúrio evitava todos esses problemas (na ilustração, comparativo entre a escala Celsius – de 0 a 50 – e a Fahrenheit – de -10 a 120)
Mais de uma década antes o cientista Isaac Newton (1643-1727) havia sugerido que se utilizassem duas temperaturas de referência para a construção de uma escala termométrica: a do corpo humano e a da solidificação da água. Propôs ainda que o intervalo da escala situado entre esses dois  pontos fosse subdividido em 12 unidades. Partindo dessa idéia, Fahrenheit acrescentou sal à água para obter um ponto de solidificação mais baixo, ao qual atribuiu o valor zero. A seguir, deu à temperatura do organismo humano o valor 96. Depois, preferiu adaptar esses dois pontos, de modo a obter o valor exato – 32 e 212 – para a solidificação e ebulição da água pura. A escala resultante, que tem o nome de seu inventor, pareceu bastante conveniente a seus contemporâneos, a ponto de ser hoje utilizada, no dia-a-dia, em países de língua inglesa.
As pesquisas de Fahrenheit com termômetros lhe permitiram confirmar que cada líquido apresentava um ponto de ebulição fixo. Também constatou que o ponto de ebulição variava com a pressão. Em 1724, pelo sucesso de seus trabalhos, ele foi eleito membro da Royal Society, passando a ser reconhecido como um cientista notável. Ele faleceu em 16 de setembro de 1736, aos cinqüenta anos de idade, vitimado por uma intoxicação com mercúrio. Apesar das muitas descobertas que fez, não se tornou conhecido por suas pesquisas, e sim pela escala termométrica batizada com seu nome.

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