Karl Marx nasceu na cidade de Traves, Alemanha, em 1813, e morreu em Londres no ano de 1883. Ele era filho de um advogado judeu que se tornou cristão, e por isso foi batizado como protestante. Aos 17 anos de idade ingressou na universidade de Direito de Bonn, transferindo-se para a Universidade de Berlim, e depois na de Berlim, onde estudou Poesia, Literatura, Jurisprudência e História, dedicando-se, por fim, à Filosofia. Formou-se nessa matéria em 1842, na Universidade de Iena, com a tese Sobre as Diferenças entre a Filosofia Natural de Demócrito e Epícuro. .
No mesmo ano tornou-se editor de um jornal punlicado em Colônia (Rheinnische Zeitung), mas pouco depois viajou para Paris a fim de evitar que o prendessem por suas opiniões radicais. Na capital francesa passou a estudar Sociologia e Economia Política, entrando em contato com os mais famosos personagens liberais e radicais da época, inclusive Frederico Engels, de quem se tornaria amigo íntimo e colaborador durante toda a vida. Já então aderira totalmente ao socialismo.
Com Engels escreveu nessa época A Santa Família, atacando o cristianismo crítico de alguns hegelianos (seguidores de Hegel, filósofo alemão) de Berlim. Durante o tempo que passou em Paris tornou-se também grande amigo do poeta Heinrich Heine Expulso da França no início de 1845, a pedido do governo prussiano, refugiou-se na Bélgica, onde durante três anos ensinou Economia a trabalhadores. Em 1847 publicou seu primeiro livro importante, A Miséria da Filosofia, uma réplica sarcástica à Filosofia da Miséria, do seu ex-amigo Proudhon.
Em Bruxelas, com a colaboração de Engels, publicou um semanário em alemão (Brüsseler Deutsche Zeitung), ingressando numa organização internacional secreta, A Liga dos Justos, cujo nome, mais tarde, passou a ser Liga dos Comunistas. Para essa organização Marx escreveu, em 1848, ainda com Engels, um panfleto publicado em fevereiro de 1848, intitulado Manifesto Comunista. Esse folheto divulgava o conceito dos autores sobre o papel revolucionário das classes trabalhadoras, com tal ênfase e clareza que, mais de um século depois, continua a ser um dos materiais básicos do marchismo-leninismo.
A agitação revolucionária da Alemanha, em 1848, fez com que Marx voltasse a Colônia, onde fundou o Neue Rheiniische Zeitung. Tendo, porém, se recusado a pagar impostos e sendo acusado de resistência armada, foi preso por alta traição e absolvido por um júri composto por elementos da burguesia. Todavia, obrigado a deixar a terra Natal, partiu para Londres, cidade em que permaneceu o resto da vida.
Nos primeiros dias em Londres, viveu ao lado da família, em extrema pobreza, amenizada apenas pela generosidade de Engels e pelas retribuições recebidas por uma série de cartas escritas a pedido do jornal Tribune, de Nova York. Ao aparecimento, em 1859, de sua Contribuição à Crítica da Economia Política, seguiu-se, em 1862, a publicação do primeiro volume de O Capital, a sua obra máxima, em que analisa em várias centenas de páginas a era capitalista de desenvolvimento econômico e, particularmente, seus efeitos sobre os trabalhadores (na ilustração ao lado, Marx e Engels)..
No prefácio Marx afirmava estar preocupado em “descobrir a lei econômica que rege o movimento da sociedade”. E na obra expôs as principais críticas à sociedade gerada pelo modo de produção capitalista e às suas contradições. Nesse nessa época o movimento operário ganhava força em países europeus.
Marx considerou o momento propício para fundar uma associação que reunisse operários da América e da Europa. Segundo ele, tal associação devia “encarnar aos olhos dos operários e dos burgueses, bem como dos governos, o caráter internacional do movimento socialista e, dessa forma, encorajar e fortalecer o proletariado, ao mesmo tempo em que devia assustar os seus inimigos”.
Em 1864, Marx foi um dos principais componentes do Conselho Geral da Primeira Internacional (Associação Internacional dos Trabalhadores), fundada em Londres. Assim, redigiu quase todos os documentos publicados pelo órgão, desde o Manifesto Inaugural até o Manifesto Sobre a Guerra Civil na França, em 1870, treze anos antes de morrer.
Após a sua morte, Engels, aproveitando os diversos manuscritos e notas deixadas pelo amigo, publicou mais dois volumes do O Capital, o primeiro em 1885, e o segundo em 1894.1
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